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🏂 Alexsander

Já faz um mês que voltamos da cidade de lucas, e a cada dia mais ele fica mais triste, acabamos que deixamos nosso numero com sua sobrinha mas não pegamos o dela, ele se sente abalado por ela ainda não ter ligado, continuamos nesse nosso rolo que parece mais um casamento, não namoramos ainda mas somos fieis um ao outro, e em um belo dia o meu celular toca.

- Alô?

- Alô, o lucas está? – pergunta uma voz doce que eu conhecia muito bem.

- Está sim, sou eu elisa, Alê – digo risonho após ouvir sua risadinha.

- A oi Alê, desculpa pela demora de ligar, eu não sabia se era sério esse lance de ligar quando eu precisar – diz ela timida.

- Claro que era, só um minuto, vou chamar o lucas – digo e subo as escadas correndo.

Cheguei no banheiro onde ele tomava banho e tampo o celular com a mão.

- Amor, é a elisa – digo sorrindo grande, e na mesma hora vejo ele sair correndo de dentro do box e quase escorregar, ele pega o celular da minha mão e me dá um selinho.

- Oi elisa – diz ele claramente animado, ele me vendo ali coloca no alto-falante.

- Oi lucas, como vai? To com saudade do melhor casal – diz ela na mesma animação, não consigo explicar, naquele unico dia que passamos com ela os dois criaram uma amizade maravilhosa, essa conexão que eles tinham era surreal.

- Ué, porque não vem nos visitar? – pergunta ele deixando sua tristeza falar.

- Era nesse ponto que eu queria chegar, eu vou fazer um vestibular pra uma faculdade ai da sua cidade, e mesmo não passando no vestibular eu quero me mudar praí mesmo assim, tem como vocês me buscarem no aeroporto e me levar pro apatarmento? Eu não sei andar por ai – disse ela tudo em um folêgo só – se não for encomodo claro.

- Não acredito! Mas é claro que a gente vai te buscar – diz ele olhando pra mim com os olhos arregalados.

- Ai que bom, já tava ficando desesperada – disse rindo – meu avó está no fim da vida e me fez prometer que não estaria lá quando acontecer, depois daquele dia eu consegui ir ver ele mais uma vez, ele me pediu pra levar um advogado, colocou tudo no meu nome, casa, carro e varias açoes em empresas, a qualquer momento ele pode falecer – dessa vez disse ela chorosa, vejo o olho de lucas marejar, não por ter um afeto por ele, mas sim por ouvir que sua querida sobrinha estava prestes a chorar – e eu vou chegar ai na segunda, antes de ir eu vou me despedir dele.

- Eu sinto muito alisa, eu e o Alê estamos aqui, e se quiser nós seremos sua familia – diz ele me abraçando.

- Obrigada gente, eu gosto muito mesmo de vocês – depois disso eles falaram coisas aleatorias e depois eu conversei mais com ela pra ele terminar o banho.

Estavamos na sexta feira, então em dois dias ela chegaria, faltava um mês pro vestibular que tanto ela, eu e lucas fariamos, nossa rotina de estudo estava seria e minha mão está muito orgulhosa, a cada dia ela o trata cada vez melhor, como se fosse um filho, ela não de importou de perguntar o porque de ele estar morando com a gente, eu sei que se eu contasse a verdade ninguem acreditaria, então deixei pra lá.

E novamente em plena sexta feira lá vamos nós estudar de novo, estamos focados e não iremos desistir, renato havia chamado a gente pra sair mais cedo, mas como sempre eu estava o evitando, e vocês sabem o motivo.

Sentamos os dois na sala de jantar já que não tinhamos uma mesa propria pra isso, ele mantinha uma mão anotando as coisas que o video aula falava e a outra alisando delicadamente minha coxa, e do nada a campainha toca.

- Olá – diz renato sorridente – não vou aceitar não como resposta.

- Não – digo sorrindo, não queria ser assim mas se eu tivesse que aguentar o Otávio eu não iria mesmo, eu entendo que renato é amigo dos dois por isso não farei ele escolher, no dia que ele quisesse sair apenas comigo eu iria ir de bom grado.

- Ah vai, por favorzinho, tem mais de um mês que a gente não sai junto – diz ele, e de longe eu vejo Otávio sair de seu carro e vir em nossa direção.

- E ai, vamos? – perguntou ele cinico.

- Não – continuo a dizer mas dessa vez mais sério.

- Sabe Alê, desde quando lucas veio pra cá você ta assim – assim que renato diz isso eu desvio meu olhar de Otávio e olho pra ele – esquecendo os amigos, eu sempre estive do seu lado e na primeira oportunidade você me deixa de lado, legal em, grande amigo – diz ele de um jeito magoado, vejo Otávio dar um sorriso escondido.

- Oque?! Você não disse isso – digo perplexo e pronto pra jogar tudo pro alto de uma vez.

Entre dois mundos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora