Daegu Boy Narrativas • y.min

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O pensamento que pairava na mente de Park Jimin naquele momento era se aquele encontro traria coisas diferentes ou se tudo iria continuar do mesmo jeito que já estava. Devagar, abriu a porta do carro e se deslocou para fora deste, ficando parado diante do prédio que já havia ido outras vezes. Fitou o enorme prédio e atirou a cabeça para o lado antes de andar para dentro do lugar, passando pelas portas de vidro e indo até o elevador, o qual já estava acostumado. Seus dedos se prenderam com firmeza no ferro grudado à parede do elevador e o menino suspirou, um suspiro longo e que esteve preso durante toda a viagem. Não sabia bem o que esperar daquilo e tinha, talvez, um pouco de medo de que tudo desse errado.

Escutou o "trin" do elevador e assim soube que havia chego no andar desejado, não se demorando a sair de lá e caminhar até a porta de Daeguboy. Ergueu a mão e a levou até a porta, batendo duas vezes e aguardando. Não sabia se iria ser atendido e também não queria bancar o doido desesperado, mesmo que talvez estivesse. Sentia falta do garoto,  de seus toques, seu beijo e seu jeito. Não sabia o que faria caso a reação dele fosse negativa e acabasse sendo mandado embora. Apertou a manga da blusa que usava e respirou fundo, erguendo novamente a mão para bater na porta mais duas vezes.

Do outro lado da porta, Yoongi encarava Jimin pelo olho mágico enquanto mordia com força o lábio inferior, se questionando se deveria abrir aquela porta ou fingir que não estava em casa, fazendo assim Jimin ir embora. Seu coração lhe mandava abrir a porta e tomar o menino para si, entretanto, sua mente apenas lhe dizia para deixar aquele menino de lado, afinal, não era Daegu que ele amava. Park Jimin tinha se apaixonado por Min Yoongi e, apesar de ambos serem a mesma pessoa, ainda doía. Apoiou a cabeça na porta e fechou os olhos com força, cravando as unhas na própria mão para descontar o que sentia. Sem saber o que fazer e tomado pelas emoções, Yoongi puxou a máscara de cima da mesinha que havia ao lado da porta e a colocou, girando a maçaneta logo em seguida e encarando Jimin, seus olhos marcando o garoto com intensidade.

Park se viu pego de supresa quando a porta foi finalmente aberta, revelando o rapaz já de máscara. Sorriu pequeno e coçou a nuca, não sabendo ao certo o que dizer ao outro, entretanto, isso nem foi preciso. Daegu estendeu a mão ao Park e o trouxe para dentro, devolvendo o sorriso de canto do menor.

— Desculpa pela demora em abrir a porta. Eu estava buscando pela máscara. — mentiu, agradecendo por estar de costas para o Park e por não vacilar na hora de falar. Nunca teria coragem de dizer a verdade.

Park apenas assentiu e abaixou a cabeça, sorrindo bobo. Enquanto estava do lado de fora, pensava apenas que sua ida até alí havia sido uma total perda de tempo. Seu peito doía após todas aquelas batidas e nada da porta ser aberta. Ele já estava ao ponto de entrar em uma crise de ansiedade e começar a chorar enquanto desistia e retornava para casa, fracassado. Mas, ao ver a porta sendo aberta seu peito aqueceu e tudo se esvaiu. Era ótimo sentir toda a insegurança e desespero irem embora e só restarem coisas boas. Apertou a mão de Daegu com um pouco mais de intensidade enquanto era levado ao quarto deste.

Percebendo que a intensidade do toque de Jimin aumentou, Yoongi se virou para o menor num ato rápido e segurou em sua cintura, subindo o olhar até que se conectasse ao do mais jovem. Ambos se encararam por poucos segundos antes que Park tivesse o corpo empurrado contra a parede e a boca atacada pela do Min.  Jimin teve o lábio inferior preso pelos dentes branquinhos do mais velho e ofegou, subindo as mãos para seus ombros e apertando com força a região. Vendo o ato do menor, Yoongi não tardou em agarrar ambos os pulsos de seu garoto e os prender contra a parede junto ao corpo do mesmo. Sorriu sacana e aproximou os lábios finos do pescoço alvo de Jimin, atrevendo-se em lamber a região com apenas a ponta da língua, deixando Jimin desorientado.

— Hyung... — murmurou, sentindo a língua quentinha passar por si e deixar-lhe duro e com formigamento pelo corpo.

— Sh. Não diga nada. Me deixe aproveitar um pouco do pecado que Park Jimin é. — sussurrou ao pé do ouvido de Jimin, a voz rouca e sensual.