Sarah, conquest and broken things.

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Chegamos em poucos minutos a escola pelo fato de eu conhecer o caminho, mas também por eu ter dirigido relativamente rápido, Acho que posso ter recebido algumas multas por excesso de velocidade. Velocidade nunca foi um problema para mim, na adolescência Gus e eu andávamos com companhias não muito boas antes do Padrinho nos fazer sair dessa vida, resumo da ópera, nós participávamos de corridas ilegais, entre outros coisa, até bem.. até tudo sair dos eixos, mais do que pudemos lidar.

Assim que estacionei Allyson praticamente pulou do carro em direção a entrada sendo seguida rapidamente por mim. Encontramos com uma mulher na entrada que nos tranquilizou sobre a menininha, eu ainda não sabia o que havia acontecido e nem havia mencionado saber da existência da menina. No que dependesse de mim, Ally nunca saberia sobre eu tê-la seguido.

Assim que chegamos ao que parecia ser a enfermaria, Allyson correu e abraçou a garotinha que não parecia muito machucada, assustada e chateada, mas não machucada.

- O que aconteceu? Você me assustou, querida. - demorou alguns segundos para eu começar a registrar o que Allyson disse. 

- Não foi nada grave Srtª Allyson, ela estava brincando no playground e na hora de voltar para sala ela tropeçou e caiu. Ela teve apenas um pequeno arranhão no joelho, mas como ela não parava de chorar e chamar pela senhora, achamos melhor chamá-la. 

- Muito obrigado Srª Harrison... vou leva-la para casa tudo bem?

- Não vejo problema algum Srtª Allyson... fique bem pequena Sarah. -  depois que a Harrison foi embora, fiquei observando as duas e Ally não reparou muito na minha presença até a menininha, mais calma, me ver.

- Mamãe quem é a moça bonita?

Allyson me olhou como se eu fosse uma bomba prestes a explodir, tinha um misto de medo, espanto e sei lá mais o que. Por dentro eu realmente me sentia uma bomba, eu queria fazer mil perguntas e claro, ainda precisava convencê-la a voltar a cantar com as outras garotas mas agora não era a hora, então apesar de quase impossível consegui me conter. 

- Eu sou amiga - era tão estranho o que eu estava prestes a dizer - da sua mãe. 

Não sei que parecia mais deslocada eu ou Allyson. A menininha parecia me avaliar e eu, sinceramente, fiquei com medo. Ela tinha uma expressão pensativa, Porra eu fiquei com medo de uma criança de, oque? 4 anos? Deuses! 

- Qual seu nome? - Oh, Deuses! 

- Clarisse, Clarisse Miller. E você? - Eu claramente não sabia o que fazer e nem como lidar com uma criança, mas no ruim de tudo eu sorri, porque na duvida SORRIA.

- Sarah, Sarah Brooke. Igual ao da mamãe. - Sarah parecia não ter decidido se eu merecia que ela gostasse de mim ou não.

- Oh! Claro, eu já ouvi sua mãe dizer seu nome só não tinha ideia de que você era tão bonita. - Eu não sabia manter uma conversa com uma criança, isso era claro. Conquistar essa criança de primeira não rolou. 

- Mamãe não falou de mim? - Oh, puta merda.

- Na ver-verdade, bem eu, olha.. eu conheci sua mãe a pouco tempo e não tivemos tempo de conversar muito. - PELOS DEUSES DE TODAS AS CULTURAS, essa criança me deixa nervosa num nível que eu mal sei o que fazer.

- É... filha quando a mamãe estava contando de você recebi a ligação falando que você tinha se machucado, bebe.  - Ally estava adoravelmente vermelha tentado se explicar, nervosa, para uma criança de 4 anos.  - Enfim, vamos? - disse beijando a testa de Sarah.

Me adiantei ajudando-a descer Sarah da maca, pegamos sua mochila e andamos lentamente até a saída. 

- Nós vamos pegar o ônibus... 

A Herança - (Escrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora