Quando já é Ano novo

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Quinze anos antes

- Sra. Elizabeth Anderson. - Disse Jack me puxando lentamente para seus braços, beijando lentamente entre meu pescoço e orelha - Você sabe que quando terminarmos a faculdade isso vai acontecer não é? Não vejo a hora de dividir a cama com você todas as noites. O dia todo.

Sorri alto.

- Nunca vi um engenheiro ganhar a vida deitada com sua esposa na cama.

- É porque você ainda não viu nada.

- Pago para ver!

***

Faltavam apenas três dias para o ano novo e decidi tentar começar o próximo ano, fazendo exercícios. Eu precisava ocupar minha mente de alguma forma. Só ficar em casa e no computador não estava me ajudando. Eu corri para academia porque sempre precisei me exercitar, fazer pilates e yoga para me sentir equilibrada e assim que comecei a fazer pilates naquela manhã, cheguei em casa já me sentindo melhor. Mas assim que viro a esquina para casa da minha mãe, reconheço o carro de Jack bem na porta de casa. O carro está vazio, e me pergunto o que ele estava fazendo aqui. Nós estamos voltando a nossa amizade, mas ainda não somos o tipo que fazem visitas sem aviso prévio ou um convite. Desde a noite de natal, exatamente há quatro dias atrás, não nos falamos mais. Abro a porta e entro, ninguém na sala. Mas escuto risos, e sigo. Estão na cozinha. Assim que entro os dois estão olhando para mim, ambos sentados e cada um com uma xícara de café na mão.

- Olha ela aí! Você chegou! - Minha mãe fala.

- Oi. - Olhei para Jack, que estava sentado com os olhos apertados olhando para mim.

- Oi Beth!

Olho o relógio e vejo que são nove horas da manhã e me pergunto o que ele faz na cozinha da minha mãe tão cedo assim?

- Jack deu uma passada por aqui, eu e Kate nos encontramos após o natal para tomarmos um café e conversar. E falei para ela que o avião de Samuel havia quebrado. Ela logo falou para Jack. E Jack veio aqui para pegar o avião.

- Jack, não precisava se incomodar com ...

- É um prazer! - Ele falou, rapidamente me cortando.

- Está bem! - Sorri e me virei - Vou subir. Preciso de um banho.

Assim que volto do banho, fico surpresa por ele está ali, ainda. Dessa vez, sozinho.

- Cadê minha mãe?

- Ela disse que ia ao supermercado, faltava algumas coisas para o almoço.

- Hum ... Sei! - Falei me aproximando devagar e sentando a mesa. Me servi com o meu leite e olhei para ele. - E então Jack, o que está fazendo aqui?

- Acho que sua mãe já explicou.

- Não Jack. Falo a versão verdadeira!

- Vim pegar o avião. - Ele falou apontando para o avião, já dentro de uma caixa, ao lado da mesa. Eu olho e começo a beber o meu leite. Dou um leve gole e quase me queimo, está bastante quente.

- Me desculpe por aquela noite. - Falei ainda com a boca colada na xícara, olhando para ele.

- Tudo bem! - Ele se apoiou na mesa com seus braços, olhando para mim. - Me desculpe também.

Concordei com a cabeça deixando a xícara.

- Quando Samuel volta? - Ele pergunta.

- Amanhã bem cedo!

- Certo! O que vai fazer hoje?

- Trabalhar?

- Certo. Eu estive pensando .... - Ele se encosta na cadeira, me olhando, dando aquele leve sorriso dele - Eu nunca tiro férias, e você me disse que também não - Ele apontou para mim.

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