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( se puderem comecem o capítulo ouvindo essa música que eu coloquei aqui.)

John disse que deixaria um cartão de passagem para a sala onde o grupo se encontrará na sala de equipamentos, era tarde agora e o trabalho foi puxado demais, agora era hora do lanche, peguei uma maçã na cantina e fui comendo fazendo o percuso até a sala de equipamentos, e lá encontrando o Luke:

- Hey Brian! Deu um sorriso largo. - Está gostando daqui? Sei que estou exigindo demais, só que precisamos arrumar isso tudo.

- Eu concordo, estou gostando sim.
Dei um sorriso também.

- Bem diferente de onde você estava né? Por que você veio para cá?

Respirei fundo tentando não lembrar do motivo de me trazer aqui.

- Eu só quis experimentar algo novo.
Olhei para o chão, tentando não demonstrar muita expressão.

- Ok, preciso ir lanchar agora, até mais.
Bateu no meu ombro.

- Até mais.
Dei um sorriso rápido.

Indo na prateleira de pás, embaixo de uma delas tinha o cartão de passagem, sorri quando vi, finalmente iria poder conversar sem ser julgado.
O caminho era longo, tive que pegar dois elevadores o que isso me deixava mais ansioso ainda, tentava ficar tranquilo mas a cada barulhinho no elevador meu coração disparava.
Saindo do elevador e seguindo o longo corredor até a porta final, pus a mão na maçaneta e respirei fundo antes de abrir.
Olhei para tudo, eles estavam de pé conversando entre si, talvez eu tivesse chegado atrasado, John ao perceber minha presença veio até mim:

- Brian, você veio. Deu um sorriso. - Isso é ótimo, estou feliz que veio. Pessoal esse é o Brian de quem já lhes falei. Brian, esse é o Freddie, David, Peter, Max, Alice e Gilead.

- Olá todo mundo.
Dei um sorriso rápido, não era muito bom em conhecer pessoas.

- Venha, vamos sentar.
John encaminhou todos nós para uns bancos fazendo um círculo, me acomodei esperando alguém começar a falar, minhas mãos estavam frias de nervosismo.

- …e, então, após o almoço ele fica me encarando como se soubesse que não tomei meus remédios, queria dizer algo a ele, mas então penso, e se eu estiver imaginando? Então me viro e saio andando. Tudo o que posso pensar é que ele sabe.

Ouvindo a história do Max notei que de vez enquando o Freddie me olhava simpático, ele tinha os cabelo na altura do ombro, o maxilar bem definido e os olhos escuros.

- E tudo o que eu consigo pensar é que ele vai me denunciar e eu serei pego, não consigo parar de pensar nisso.
Falou Max, com a voz nervosa.

- É normal. Falou Freddie agora. - Acontece com todos nós.

- É, mas só consigo pensar que irei para o Antro. Acabou…e eles estão…

Houve um silêncio da parte de todos no círculo, e eu só ouvia tudo aquilo, perplexo que eu não era o único confuso com os sentimentos.

- O que acontece no Antro?
Perguntei, todos se entreolharam.

- Metade das pessoas que são levadas lá comete suicídio, o pessoal de lá encoraja isso, fica ao lado enquanto acontece.
Falou Freddie me olhando.

- Seja como for, essa é a opção preferível comparada aos choques elétricos e outros métodos de tratamento.
Falou o John.

- Mas há um valor em viver. Começou o Freddie. - Ser um "escondido" faz lembrá-lo disso.

𝘦𝘲𝘶𝘢𝘭𝘴 ─ maylor Onde histórias criam vida. Descubra agora