2 - Não brinque comigo moça

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Lili Reinhart

KJ's party, 9:15 pm, tuesday

Depois de uma tarde se entupindo de sorvete e vendo vários filmes com Mad, nós decidimos que precisávamos ir à alguma festa para descontrair daquele clima de "desilusão amorosa"

Mandei mensagem para um dos meus parceiros de festa, Keneti James. Mais conhecido como KJ

Ele era dois anos mais velhos, com 19 anos já era bem rico, uma casa grande, já quase formado e claro, dava as melhores festas

Nos conhecemos quando eu fui visitar uma das faculdades de Nova York, encontrando ele em uma delas. Ele foi meu guia e tivemos um bom papo

Me contou sobre suas inúmeras festas, pedi seu número e assim fomos conversando, até virarmos bons amigos

Todas as festas de KJ são muito badaladas. Muitas luzes, som bem alto, bebidas escondidas e as vezes, maconha

Sempre bebi nas festas dele, mas fumar ou ingerir qualquer tipo de droga, nunca. Já estou errada em beber, imagina se eu fizesse mais que isso

Enfim, agora estávamos eu e Mad, eu bebâda e ela quase. Mad não é acostumada ao álcool pois quase nunca bebe, mas hoje ela fez esse favor para ela mesma, para poder esquecer um pouco dos problemas

Fui ao balcão da cozinha buscar mais cerveja para mim e quando voltei a sala, onde a festa mais acontecia, Madelaine havia sumido
Como não pensei nisso?

Ela deve ter ido se pegar com uma qualquer por ai, para esquecer de Vanessa. E eu não a culpo de fazer isso

Não hoje

Observo o movimento da festa, percebo como já estou completamente bebâda, como as coisas rodopiam a minha volta, como mais nada faz sentido

De repente, começa a tocar Love Lies [Play em Love Lies, Khalid ft. Normani]

Coloco o copo de cerveja em um lugar qualquer da sala e me dirijo ao centro da sala, onde há pessoas dançando como uma pista de dança

Começo a rebolar meu corpo sensualmente, passo a mão por meus cabelos e começo a dança. Sem me ligar com quem me via ou não, eu só queria dançar

Meu quadril bate no ritmo da música, onde fica cada vez mais rápido. Eu estava tão bebâda, nem sabia o que estava fazendo

E então o refrão começa. Desço até o chão, passando a mão por todo meu corpo, pois agora eu só quero esquecer de tudo

Vejo um homem de longe me observando. É bonito, um pouco maior que eu e ele sorria de uma forma divertida, como quem me comia com os olhos

Rebolo sensualmente de novo, em sua direção da sua vez. Gostei dele e vou gostar mais ainda de provocá-lo

Ele vem até mim e me abraça por trás. Eu não paro de me mecher, eu não quero parar

Eu desço até o chão novamente, fazendo questão de subir de frente para ele agora

- O que uma menina tão jovem como você faz aqui? - ele me pergunta, com o rosto a centímetros do meu

- E o que alguém tão velho como você faz aqui? - retruco na mesma moeda. Devo ter ferido seu ego, pois nesse momento seu sorriso se abre mais e ele me aperta contra seu corpo

- Não brinque comigo moça - ele diz segurando minha cintura, enquanto meus braços estão pelo seu pescoço. Ele morde meus lábios e eu fecho meus olhos com tal sensação

- Me chame de Elizabeth - digo me aproximando ainda mais, me divertindo com sua fúria

- Me chame de sr. Sprouse - sussura no meu ouvido. Arfo com a sua voz rouca ao pé do meu ouvido

Seus lábios encostam no meu devagar, me dando um selinho. Repete o mesmo movimento, dessa vez aprofundando o beijo

- Você beija bem Elizabeth - ele diz encerrando o beijo

- Você também Sprouse

Ficamos nos olhando por um tempo. Seus olhos são muito profundos e atraentes

- Quantos anos a moça tem? - o de olhos verdes pergunta me levando a uma parte mais afastada da sala

- Bom eu tenho 17, e você, 40? - brinco de novo. O mais engraçado é ver ele todo estressado

Achei engraçado o fato dele se irritar fácil quando chamado de velho, apesar de que ele seria um velho muito bonito

- Eu tenho 22, só pra criança saber - ele diz sorrindo. Nota mental: o sorriso dele é muito lindo

Ele deve ter achado que eu ficaria ofendida, mas sinceramente, eu já estava alcoolizada o suficiente pra conseguir achar graça naquilo

Eu dei uma gargalhada alta e depois sorri. Ele me beijou outra vez, um beijo muito calmo

- Que tal um pouco mais de privacidade? - ele sussura sugestivo no meu ouvido

- Que tipo de privacidade? - questiono curiosa

- A privacidade do meu quarto - ele diz me dando um selinho

Eu gargalho de novo, mas dessa vez, de uma forma irônica

- Desculpe Sprouse, eu não sou qualquer puta que você acha e come em casa - digo saindo de perto dele. Antes que eu me afaste completamente, me viro e digo uma última coisa

- A propósito, meu nome não é Elizabeth - pisco para o mesmo

Sua expressão é de confusão e raiva, acho que eu deixei o gato irritado

Saio dali rindo, me divertindo do modo que o deixei furioso e o efeito que tive sob ele

Vou em busca da Cheryl para irmos embora, afinal, tinhamos aula no dia seguinte

Atencioso sr. SprouseOnde histórias criam vida. Descubra agora