Passaram-se uma... Duas... Três horas... E logo chegaria às 20h.
Na casa paroquial, Anthony estava a se arrumar, já havia deixado todo o jantar pronto. Ele parecia nervoso, ou talvez apenas indeciso, pois olhava para suas roupas (que não eram lá muito diferentes uma das outras), escolhia uma e depois tirava chegando à conclusão de que não estava bom. No fim, o padre optou por escolher uma blusa azul marinho e uma calça preta, ambas sociais.
Já Sophia, estava pronta antes da hora. Ela estava ansiosa, olhava para o relógio impaciente. Vestia-se de um vestido simples e branco, alguns acessórios de prata e sapatinhos poucos altos, já que não gostava muito. Seus cabelos vermelhos estavam soltos e em contraste com seus olhos.
− Vamos, querida? - uma voz familiar vinda da porta perguntava.
Era Mary, mãe de Sophia. A jovem havia pedido para que sua mãe a levasse, pois não sabia dirigir e não queria andar pela cidade sozinha à noite. Sua mãe de muita boa vontade aceitou levar a filha, um pouco orgulhosa talvez, pois seria o primeiro "encontro" da menina. Porém, Sophia não dissera onde seria o jantar e nem quem iria encontrar.
− Sim, claro.
Sophia levantou-se e segui a mãe até a garagem. Entrou no carro em silêncio, enquanto sua mãe abria o portão de sua garagem. Assim que entrou no carro, Mary virou-se sorridente para a filha e perguntou-lhe:
− Então, aonde vai ser?
− Na casa paroquial. - Sophia pronuniou as palavras rapidamente, pensando que assim passariam despecebidas por sua mãe.
− Na casa paroquial? - o truque de Sophia não havia funcionado e o sorriso de sua mãe se desfez - E com quem irá se econtrar na casa paroquial, minha filha?
− Só me leva lá, mãe. - a menina desejou do fundo do coração que sua mãe deixasse aquilo para lá.
− Eu quero saber com quem você vai se encontrar. - insistiu Mary num tom protetor - Quero saber se é alguém de confiança.
− É o padre Anthony. - proferiu a menina baixinho.
− Padre Anthony?! Mas por que ele a chamaria para jantar?
− Mãe, só liga o carro e dirige. - Sophia já estava impaciente, pois provávelmente já estava atrasada.
Mary havia se ofendido um pouco com o modo que a filha falara com ela, mas ignorou este fato e simplesmente ligou o carro e saiu em direção à casa paroquial. Foram 15 minutos que pareceram uma eternidade para Sophia.
Na casa paroquial o clima era menos tenso que no carro de Sophia, porém era mais ancioso. Padre Anthony caminhava de um lado para o outro e olhava no relógio frenquentemente, enquanto pensamentos viam em sua cabeça. "Para de nervosismo, Anthony."; "Por que eu a convidei para jantar mesmo?"; "Deus me perdoe, mas ela é linda!".
A campanhia soou e despertou o padre de seus pensamentos. Para alívio de Sophia, sua mãe havia a deixado em paz, nem sequer esperou para ver a cara do padre. Então a porta se abriu e a jovem respirou fundo.
− Como é bom vê-la, achei que teria que comer tudo sozinho. - disse o padre em um tom brincalhão, que arrancou uma risada da jovem.
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O Padre
RomancePadre Anthony muda-se para uma paróquia desconhecida e é logo recebido por uma bela jovem que lhe desperta sentimentos que um sacerdote se auto censuraria. Mas... Seria padre Anthony um sacerdote assim?