− Desculpa, minha mãe custou a me trazer. – disse Sophia envergonhada.
− Tudo bem. Vamos, entre.
Anthony deu passagem para Sophia entrar e assim ela fez, adentrou a casa paroquial e olhou tudo a sua volta. A jovem pode notar uma grande e estreita escada a frente da porta, provavelmente esta levaria ao segundo andar, logo ao lado da esquerdo da escada havia um corredor escuro, mas tão escuro que era impossível ver o que havia no final dele. Já do lado direto podia-se ver uma sala.
− Não é muito grande, mas é confortável. – disse Anthony, fechando a porta – Vem, Sophia.
Anthony então segurou a mão da jovem, o que fez com que ela corasse, e direcionou-se para o lado direito. Passou então pela sala, puxando a menina, e logo já estavam na sala de jantar, a mesa estava posta para dois, mesmo sendo uma mesa grande, os lugares eram próximos. O padre soltou a mão da jovem e puxou uma cadeira.
− Sente-se. – disse ele sorrindo e esperou Sophia se sentar, assim que ela o fez, empurrou a cadeira para frente – Vou buscar nossa comida.
Então Anthony se retirou em direção à cozinha, o que deu uma chance para Sophia olhar cada detalhe da decoração. Não havia nada muito exagerado, a toalha da mesa tinha um bordado que lembrava a toalha do altar da igreja, os garfos eram de prata e os pratos ainda não estavam ali, nada fora do normal. Mas uma coisa chamou a atenção de Sophia, o jantar seria a luz de velas, era nítido isto, e havia também uma garrafa de vinho tinto sobre a mesa, juntamente com duas taças.
Depois de alguns minutos, Anthony retornou a sala de jantar com dois pratos feitos na mão, colocou um na frente de Sophia e um a frente de seu lugar. Em seguida ele pegou um acendedor e acendeu as velas, logo sentou em seu lugar, próximo a jovem.
− Espero não ter exagerado. – disse o padre fixando o olhar em Sophia.
− Talvez um pouco, padre. – ela olhou para seu prato.
− Por favor, me chame de Tony.
− Certo, Tony. – disse ela testando o falar.
Anthony sorriu para ela, então pegou a garrafa de vinho e abriu a mesma com um saca-rolha, serviu as duas taças, colocou a garrafa sobre a mesa novamente e olhou novamente para a jovem.
− Eu acho que já é maior de idade, estou certo ou me enganei?
− Está certo sim.
E assim se iniciou o jantar, Sophia e Anthony responderam algumas perguntas sobre a igreja vindas de ambo. A conversa não passava desse assunto, os dois mantinham-se profissionais. Assim que o jantar terminou, o padre pegou a garrafa de vinho e as duas taças, levantou-se e disse a Sophia:
− Vem! – ele a chamou – Espero que não tenha hora para chegar em casa, porque vamos começar a conversar de verdade agora.
Anthony encaminhou-se para a sala e Sophia o seguiu, logo os dois estariam sentados no carpete de frente para a mesinha de centro com as duas taças cheias.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Padre
RomansaPadre Anthony muda-se para uma paróquia desconhecida e é logo recebido por uma bela jovem que lhe desperta sentimentos que um sacerdote se auto censuraria. Mas... Seria padre Anthony um sacerdote assim?