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Ainê

É claro que a noite passada renderia belas ressacas aos que beberam como loucos na noite passada... (moradores de casa.

Acordei cedo e, sabendo que não teria companhia por um bom tempo, comecei a preparar o café da manhã.

Em especial, para Davi.

O aniversário do pequeno estava por vir e mal pude curtir sua estadia na Espanha desde que chegara.

–Oi dinda. Disse o garoto num tom de desânimo, enquanto ainda coçava os olhos sonolento.

–Bom dia! Exclamei ao receber um beijo molhado na bochecha, mas antes, tive de me abaixar um pouco para que isso acontecesse.

O dia estava ensolarado, e Davi me fizera um pedido o qual não poderia negar...

Um dia todo na piscina.

Confesso que não sou a maior fã da combinação água+sol... Mas assim que terminamos o café, parti em direção ao closet à procura de um biquíni.

Vestida adequadamente para aquela tarde ensolarada, encontro meu afilhado já na piscina.

–Se você não passar filtro solar vai ficar parecendo um camarão, e não vai ser nada legal... pra você, porque vou rir bastante! Digo a beira da piscina

–Fala sério tia. Reclamou ele

–E alguma vez você já me viu fingir seriedade? Se não vier volto pro meu quarto, e você fica aqui, sozinho. Ameaço e a criança obedece imediatamente.

Assim que termino de espalhar o produto pela pele do menino, começo a espalhar bronzeador pela minha. E ao finalizar, deito-me na espreguiçadeira mais próxima a fim de terminar meu livro da vez enquanto o bronzeador faz efeito.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, presa na trama intrigante estampada naquelas folhas de papel, mas certamente soube quando meu transe foi interrompido ao escutar um estrondo alto.

Um idiota esparramando água por todos os cantos ao pular na piscina, inclusive em meu livro.

E quando estava prestes da gritar, o idiota (até então desconhecido) me arremessou em direção à piscina.

A esse ponto tinha certeza de que o idiota era Coutinho.

Quando retornei a superfície, para minha surpresa ou não, Philippe gargalhava enquanto Davi gravava tudo.

O riso era inevitável uma vez que eu estava totalmente encharcada e meu livro completamente destruído.

–Não podia ter esperado eu terminar de ler? Indaguei a Philippe

–Relaxa, compro quantos livros você quiser. Disse ao me puxar pela cintura para si. –Mas com uma condição... vai ter que aceitar sair comigo. Completou sorrindo depravadamente

–Prefiro baixar o PDF. Ao revirar os olhos, pontuei tentando desvencilhar-me dele.

–Ai Ainê... um dia você ainda vai revirar os olhos na minha cama. Pronunciou como um sussurro ao pé de meus ouvidos, afinal, Davi ainda se fazia presente.

Philippe tinha diploma e era mestre em causar-me arrepios.

Ri sem graça me apressando para sair da área externa da casa.

Ele era mestre também em ser sem noção.

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ainee.s

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Nadine.gonçalves: Saudades meus amores!!!

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