14.

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Neymar

Ao passar pelo quarto de Coutinho noite passada, encontrei-o dormindo junto à minha irmã mais nova.

Aquilo me irritou, e muito.

Na manhã seguinte, os encontrei juntos mais uma vez...

PUTO... Era a palavra que me descrevia naquele momento.

Em seguida, Ainê deu um show sem motivo algum.

Na verdade confesso...
Eu tinha certa culpa no cartório.

Fui grosso, mas não era pra tanto.

–O que deu nela? Questionei Philippe

–Não sei... Mas e aí, tudo pronto pro aniversário do Davi!? Ironizou ele

–Porra, o salão. Pontuei caindo em mim
–Fiquei de ver isso em fevereiro, merda.

–Engraçado, já estamos em Abril. Philippe usou da ironia mais uma vez.

–Vai ser filha da puta na casa do caralho. Respondi irritado

–Eu filha da puta? Acho melhor rever seus conceitos no quesito. Finalizou me deixando sozinho na cozinha... com a maior cara de tacho.

Philippe

Conheço Ainê como a palma da minha mão, e sei que existia um bom motivo por trás do tom grosseiro na discussão com Neymar.

Meu coração se partiu quando a encontrei tentando conter as lágrimas em silêncio, enquanto fazia suas malas para o Brasil.

Ao perceber minha presença ali, ela rapidamente tratou de enxuga-las com o dorso da mão, em um ato desesperado.

Encostei a porta atrás de mim, e me sentei à ponta da cama.

–Não sei porque ainda se chateia com as coisas que seu irmão diz... Disse sincero

Ainê suspirou sentando-se ao meu lado.

–Não me chateio com o que ele diz, mas sim porque tenho de me igualar à ele.

Maldita,
Ela era boa demais pra esse mundo...

Tentando conter um sorriso genuíno, amparei gentilmente sua cabeça com minha mão até a sinuosidade de meu ombro.

–Ai Ainê, de que planeta você veio cara...

–De um mil vezes melhor que esse, você pode ter certeza. Respondeu com um riso singelo

–Viu, já tá até rindo de novo. Pontuei com um sorriso no rosto

–Mas não muda o fato da festa do Davi estar arruinada. É tudo culpa minha...
Carol não deveria ter confiado isso à mim.
Exprimiu triste

–Chega pro lado. Empurrei-a para o meio da cama tomando o notebook de suas mãos.

Com uma rápida pesquisa, encontrei alguns salões disponíveis em Santos para a data.

–Olha esse espaço aqui... é bem bonito. Grande e bem localizado, pertinho da casa dos seus pais, o que acha? Pergunto virando a tela do aparelho em sua direção.

–É lindo.

Rapidamente disco o número do lugar em meu celular. 

–Olá, boa tarde. Tudo bem!? Gostaria de reservar o espaço pro dia 24/08.

–Quem fala!? Preciso verificar a agenda, mas provavelmente já existe uma reserva pra data.

–Philippe Coutinho...

–O JOGADOR!? A voz do outro lado da linha exprimiu espantada.

–Sim, ele mesmo. Ri da situação

–Tudo bem, reservado! Respondeu imediatamente

–Muito obrigada! Agradeci risonho

–Eu quem agradeço! Finalizou desligando a chamada em seguida

–E aí!? Ainê perguntou ansiosa

–Hm... reservado.

–Sério? Não sei nem como posso te agradecer! Disse como um alívio.

–Na verdade, tem uma coisa que você poderia fazer por mim... Sugeri aproveitando-me da situação

–Como sempre querendo se aproveitar da bondade alheia! Vai depender, nada de absurdos Philippe...

–Me acompanha no jantar em comemoração a final da Champions?

Um silêncio pairou pelo quarto.

–Não sei não... não estou muito bem com o meu irmão, acho melhor não ir depois dessa discussão. Confessou desanimada

–Por favor Ainê! Você me deve essa.

–Saiba que vai ser a primeira, e última vez.
Cedeu ela

–Isso! Disse saltando da cama –Hoje mesmo vamos comprar um vestido!

–Bom isso sair do seu bolso mesmo!

–Sou o camisa onze da seleção brasileira, mais respeito por favor.

–Pra que eu mude de ideia não demora muito viu.

–Desculpa, indo embora antes que seja tarde demais! Digo saindo do quarto

Let me go | Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora