Samuel
Logo pela manhã vou ao hospital psiquiatra de westford, por ser policial esposo da Sayuri não precisava marcar o horário de visita. Meu irmão queria acompanhar-me mas eu não aceitei, precisava fazer isso sozinho. Entro no hospital e sou acompanhado por um dos enfermeiros, que levam até o local ela onde está.
_ Sua esposa está aqui. _ diz a enfermeira próxima ao quarto, que tem porta fechada e tem apenas uma janela de vidro. Nunca imaginei que iria vê-la desse jeito, imaginava vê-la num quarto comum.
_ Ela…
_ Ela é uma paciente agressiva! Ela se machuca e machuca os outros…
Me lembrei da noite que ela me esfaqueou, seus olhos demonstravam furia e medo. Não conseguia me lembrar o antes de disso acontecer, apenas me lembrava dela esfaqueando-me. Passei a mão no meu abdômen, me lembrando de como é a dor de ser perfurado várias vezes.
_ Eu posso entrar? _ Perguntei.
_ Não! Apenas o médico pode… Ela não está em condições de se comunicar com ninguém….
Sayuri estava sentada na cama, abraçando as suas pernas, com a cabeça apoiada aos joelhos. Seus cabelos lisos balançavam com o seus movimentos para frente e para trás, sua pele estava mais branca do que nunca, pálida e seca. Triste!
Ela estava quieta, parecia estar num outro mundo. Me custava acreditar que ela havia piorado assim. Sempre soube que a Sayuri sofria de transtorno psicotico, mas ela fazia a medicação e na altura estava bem, mas de uns tempos para cá a medicação não fazia mais efeito e começou a piorar. Nunca a vi tão louca como naquele dia que me esfaqueou.
_ Ela é minha mulher, deixa eu entrar …_ Insisti.
_ A sua mulher não é a mesma, essa uma outra pessoa…. _ Sussurrou a enfermeira.
Eu ignorei-a e bati no vidro, queria fazer ela olhar para mim. Chamei o seu nome, batendo no vidro mas com delicadeza. Ela olhou para o vidro e saiu da cama, me encarando com um sorriso. Parecia estar me vendo, seu sorriso era radiante apesar de triste.
_ Samuel,.amor… _ Disse
Não conseguia ouvi -la direito, mas entendi o que ele disse.
_ Sou eu… Sayuri, sou eu…
Ela sorriu e deu-me costas, pôs as mãos na cabeça e abanou negativamente. Eu a chamei mais uma vez e ela voltou a encarar-me, mas o seu olhar mudou. Seus olhos negros mudaram de tom, virou-se para mim.
_ Sebastian… Seu desgraçado! Sebastian… _ Ela correu em direção ao vidro, com toda a força bateu com a cabeça na porta e caiu, voltou a se levantar e começou a bater a cabeça no vidro, várias vezes, sua testa começou a sangrar. Eu me fastei assustado e em choque. Logo entraram enfermeiros e a seguraram, ela lutava e debatia com eles, gritando e chorando. Apenas se acalmou quando lhe deram sedativos, como se ela fosse um bicho selvagem.
_ Sinto muito Samuel!
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Noites Insanas (Degustação, Brevemente na AMAZON)
Storie d'amoreSinopse: "Nunca poderei explicar o que realmente aconteceu naquela noite... só lembro de eu estar deitado no chão, enfrentando um olhar felino da minha mulher... Nunca estive tão vulneravel" confessou um homem em choque se sentido traído pelo amor...