capitulo 2

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Samuel

Logo pela manhã vou ao hospital psiquiatra de westford, por ser policial  esposo da Sayuri não precisava marcar o horário de visita

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Logo pela manhã vou ao hospital psiquiatra de westford, por ser policial  esposo da Sayuri não precisava marcar o horário de visita. Meu irmão queria  acompanhar-me mas  eu não aceitei, precisava fazer isso sozinho. Entro no hospital e sou acompanhado por um dos enfermeiros, que levam até o local ela onde está.

_ Sua esposa está aqui. _ diz a enfermeira próxima ao quarto, que tem porta fechada  e tem apenas uma janela de vidro. Nunca imaginei que iria vê-la desse jeito, imaginava vê-la num quarto comum.

_ Ela…

_ Ela é uma paciente agressiva! Ela se machuca e machuca os outros…

Me lembrei da noite que ela me esfaqueou, seus olhos demonstravam furia e medo. Não conseguia me lembrar o antes de disso acontecer, apenas me lembrava dela esfaqueando-me. Passei a mão no meu abdômen, me lembrando de como é a dor de ser perfurado várias vezes.

_ Eu posso entrar? _ Perguntei.

_ Não! Apenas o médico pode… Ela não está em condições de se comunicar com ninguém….

Sayuri estava sentada na cama, abraçando as suas pernas, com a cabeça apoiada aos joelhos. Seus cabelos lisos balançavam com o seus movimentos para frente e para trás, sua pele estava mais branca do que nunca, pálida e seca. Triste!

Ela estava quieta, parecia estar num outro mundo. Me custava acreditar que ela havia piorado assim. Sempre soube que a Sayuri  sofria de transtorno psicotico, mas ela fazia a medicação e na altura estava bem, mas de uns tempos para cá a medicação não fazia mais efeito e começou a piorar. Nunca a vi tão louca como naquele dia que me esfaqueou.

_ Ela é minha mulher, deixa eu entrar …_ Insisti.

_ A sua mulher não é a mesma, essa uma outra pessoa…. _ Sussurrou a enfermeira.

Eu ignorei-a e bati no vidro, queria fazer ela olhar para mim. Chamei o seu nome, batendo no vidro mas com delicadeza. Ela olhou para o vidro e saiu da cama, me encarando com um sorriso. Parecia estar me vendo, seu sorriso era radiante apesar de triste.

_ Samuel,.amor… _ Disse

Não conseguia ouvi -la direito, mas entendi o que ele disse.

_ Sou eu… Sayuri, sou eu…

Ela sorriu e deu-me costas, pôs as mãos na cabeça e abanou negativamente. Eu a chamei mais uma vez e ela voltou a encarar-me, mas o seu olhar mudou. Seus olhos negros mudaram de tom, virou-se para mim.

_ Sebastian… Seu desgraçado! Sebastian… _ Ela correu em direção ao vidro, com toda a força bateu com a cabeça na porta e caiu, voltou a se levantar e começou a bater a cabeça no vidro, várias vezes, sua testa começou a sangrar. Eu me fastei assustado e em choque. Logo entraram enfermeiros e a seguraram, ela lutava e debatia com eles, gritando e chorando. Apenas se acalmou quando lhe deram  sedativos, como se ela fosse um bicho selvagem.
_ Sinto muito  Samuel!

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