14 - Conhecendo Charlotte

153 12 9
                                    

Depois de um Inverno não muito rigoroso, em Pemberley tudo se mantinha na mesma. Bem tudo, tudo...não. Segundo Mrs. Reynolds, Darcy estava muito mudado: mantinha-se durante muito mais tempo em Pemberley, começara a comer na cozinha tal como Mrs. Darcy, e sempre que tinha como se escapar de alguma viagem fazia-o. Dizia que a razão de todas estas mudanças era Lizzy, que ela o tinha feito renascer das cinzas, tal como uma fenix.

Lizzy não gostava muito de ouvir aquilo, sentia-se envergonhada, sem nem perceber o porquê. Georgiana era outra que andava feliz por Pemberley, sempre estivera rodeada por perceptoras a vida toda, contudo, depois de Lizzy ter aparecido nas suas vidas parecia que o irmão achara que não havia mais razão para isso. E esta agradecia, porque ela adorava a companhia de Lizzy, e o sentimento era mais que reciproco.

Fitzwilliam era agora parte da família, estava a trabalhar muito para conseguir erguer um tecto e algo com que trabalhar para finalmente ter junto de si Alice Gardinner. Segundo Mrs. Gardinner, esta andava tão feliz, sempre à espera que Darcy enviasse Fitzwilliam a Londres. Nessas viagens ele sempre passava por casa dos Gardinner para além de ver o seu amor, ele apreciava muito as conversas com Mr. Gardinner que se tornou não apenas em seu futuro sogro mas como alguém em quem Fitz podia contar como um pai.

Estávamos em plena primavera, a altura do ano que Lizzy mais gostava, em que tudo começava a renascer. Assim como a fenix, que de um momento para outro renascia das cinzas, também Lizzy se sentia a renascer com o verde da relva, as folhas das árvores, as flores do jardim...tudo renascia como magia. Numa das idas de Darcy a Londres, Lizzy resolveu ir com ele, não era muitas as vezes que o fazia, mas quando ia Darcy sempre a fazia conhecer novos locais.

No segundo dia em Londres, resolveram ir visitar os Gardinner. Lizzy apesar de ser feliz em Pemberley sentia saudades de todo o reboliço de casa, e estar nem que fosse por umas horas na dos tios lembrava-lhe a sua infância e juventude. Assim que chegaram foram recebidos por Mrs. Gardinner, que assim que entraram lhe deu a melhor notícia que Lizzy podia receber: o nascimento de Charlotte, sua sobrinha.

- Recebemos a notícia ontem, por isso penso que quando regressares a Pemberley terás lá uma carta de Jane.

- Estou feliz por ela...por Mr. Bingley...- apesar de verdadeiramente se sentir feliz pela irmã, não conseguiu evitar em sentir uma desapontamento por ainda não ter tido o privilégio de sentir uma vida a crescer dentro de si.

- Lizzy, em que pensas? Porquê dessa carinha triste em vez de estares feliz pela tua irmã?

- Tia...- e uma lágrima cai-lhe pela sua face, por muito que ela tentasse evitar...- não quero que pense que não estou feliz por Jane. Estou muito...mas...algo aqui dentro me aperta, me sufoca, me faz...

- Lizzy, um dia também tu vais sentir essa alegria...eu sei que sim. Apenas ainda não foi o momento...confia Nele, apenas Ele sabe a hora.

Por muito que quisesse dizer alguma coisa, ela não conseguia, então apenas assentiu e continuaram a falar de como Mrs. Gardinner iria ter saudades da sua Alice, no dia que esta finalmente saísse de casa e seguisse a sua vida. Era algo normal, os filhos cresciam e ganhavam assas, era o curso normal da vida. Porém, era duro para um pai e principalmente para uma mãe ver os filhos voarem. A visita acabou por terminar apenas após o almoço, já que Lizzy e Darcy partiriam para Pemberley no dia seguinte bem cedo.

 A visita acabou por terminar apenas após o almoço, já que Lizzy e Darcy partiriam para Pemberley no dia seguinte bem cedo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(HIATUS) A Simplicidade da Paciência #ConcursoStarOnde histórias criam vida. Descubra agora