Alone

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5 De fevereiro 1996

Já faz um tempo desde a última vez que escrevi aqui pois, as coisas tinham acalmado encontrei uma menina que me entendia mais que a minha própria família, daquelas que mandava bilhetes pra tentar me animar todos os dia, com ela eu me sentia importante, e isso era o que importava, ela me ensinou a dar valor às coisas que muitos não dão, a tentar ver que o copo está sempre meio cheio. Não importa o caos que estava minha vida quando ela chegava tudo se acalmava, e nós duas meio que nos tornavamos uma. Eu sei foi tudo tão espontâneo que parecia que éramos feitas uma para outra. Eu pensei que ia ter um porto seguro, talvez ela seria um motivo para viver. Mas parece que até o mundo já está me rejeitando. Estávamos nos beijando no quarto dela e a mãe dela chegou em meio a todos os gritos e xingamentos. Os olhos dela me mostrava o ódio que eu via no mundo. Para que toda essa intolerância? Sim como era de se imaginar ela se foi. Os pais dela mudaram de cidade. A mãe dela disse que eu fui um câncer na família deles. Contaram para minha família e agora todos me olham torto, minha mãe me deu um tapa no rosto. Está tudo se acabando é como se o mundo dissesse sai garota não te quero em mim. Mas o que mais me dói e que agora estou sozinha de novo, eu minhas Giletes e os remédios que roubei na farmácia e como em um passe de mágica o que estava me dando motivo para viver me fez ter força para fazer o que eu já queria há muito tempo.

Relatos De uma Suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora