Five

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Nymphomaniac

Five

Escrita por MrsEloi.

Sakura atravessou a sala de estar da republica masculina como um foguete, as pernas miúdas mais pareciam patas de um dinossauro; não ponderou forças ao empurrar a porta do quarto do Uchiha, encontrando-o estirado na imensa cama de casal, com as pernas apoiadas na parede enquanto curtia uma música de rock no qual não necessitavam de um fone de ouvido pelo volume exacerbado.

— Você ficou maluca? — desta vez, Naruto repousou as mãos nos joelhos – ofegante, a toalha branca ao redor de sua cintura revelava que ele saiu do banho só para atendê-la. Sakura fechou a porta na cara dele, trancando-a por dentro.

— Meu assunto não é com você.

Sasuke arqueou as sobrancelhas quando seus fones foram arrancados de seus ouvidos com brutalidade; abriu um grande sorriso quando suas íris negrumes se contraíram para enxergar melhor a figura flamejante em sua frente.

— Que merda é essa? — Sakura arremessou o papel no colchão, revelando a ilustração de sua pessoa espiando pela janela da biblioteca. No desenho, ela mantinha as mãos entre as pernas meladas pelo seu próprio gozo.

O moreno riu, apreciando o dom artístico do amigo. — Não há mentira alguma aqui.

Para a Haruno, aquilo fora o estopim. Com a ponta do pé, usara a bola de basquete no chão para acertar um bicudo no rosto de Sasuke. Surpreendido e com o nariz ardendo, o moreno perdeu todo o ar dos pulmões quando a rosada o enforcou com o antebraço.

— Escuta aqui, seu merdinha — ela rosnou entredentes. —, eu ralei muito pra chegar até aqui e não vai ser um filhinho de mamãe que irá me avacalhar.

Com as pernas livres, Sasuke golpeou uma rasteira na garota, girando sua silhueta até que desse de cara com o colchão; pressionou os pulsos de Sakura na região lombar, aproximando seus lábios da orelha esquerda da mesma.

— Seria uma pena se minha mãe estivesse morta e toda a figurinha que você criou de mim nessa cabecinha rosa desmoronasse. — ele finalizou em uma pausa, engolindo em seco.

Sakura sentiu seu corpo ficar tenso.

— Você pode se render ou medir forças comigo.

A Haruno permaneceu calada, até sentir o aperto em seu braço afrouxar. Nesse instante, ela o revidou com uma pancada entre as costelas. Sasuke se jogou no chão, urrando de dor.

— Você não é uma garota e sim uma selvagem. — praguejou.

— Garotas precisam ser fortes para sobreviver, Uchiha. — Sakura embolou o papel entre os dedos e jogou em seus pés. — Eu irei mil vezes se necessário, medir forças com você.

Ela destrancou a porta, esbarrando o ombro no peito de Naruto, que a encarou descer as escadas, perplexo.

— Ela não é moleza, dattebayo. — os orbes azuis brilharam ao ver a imagem de Uchiha Sasuke gemendo de algia. — Você precisa de ajuda?

— Vai se fuder!

Sasuke bateu a porta, suspirando. Ele havia descoberto que Sakura possuía um aroma embriagante e natural de cerejeira.

(...)

Sakura conferiu o celular pela milionésima vez. O coração martelava em seu corpo e as pernas estavam bambas. Sasuke era um idiota, porém, exalava sedução. Ele a tratou como uma brincadeira supérflua e afrouxou o aperto quando pensou que estava a machucando; sabia que ela revidaria e mesmo assim não hesitou. Não demonstrou espanto tal como não perdera a calma, quase como se já esperasse por sua reação.

— Por quem tanto espera? — Sasori indagou, sentando-se ao seu lado na calçada. — Desde que comecei a lhe reparar, sempre olha para esse celular.

— Minha mãe. — sussurrou ao se levantar. — Boa noite.

A Haruno caminhou para dentro de casa, mas não deixou de notar que Konan os observava.

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