Qual o seu preço?

4. Pergunta inconveniente

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Angustiada pelo que presenciou logo ao acordar e pelo fato de chorar pela primeira vez desde que descobriu sobre toda essa nova situação, Minji foi diretamente para o hospital para cuidar de seu pai e tentar distrair a mente.

Depois de muita discussão, a garota conseguiu convencer sua mãe para que ela fosse descansar em casa, já que a mesma estava com olheiras imensas e arroxeadas.

Sozinha e inquieta, conversava constantemente com todos os médicos e enfermeiras que encontrava e sempre a mesma resposta lhe era dada: "Ele acordará em breve, tivemos que medicá-lo com remédios fortes, por isso ainda está desacordado."

Depois de um bom tempo perambulando pelo hospital, cantando músicas reconfortantes para seu pai, pensando que isso poderia o confortar um pouco, também comprou alguns chocolates e todos os tipos de gostosuras das máquinas que ficavam nos corredores para saciar sua ansiedade.

Já cansada de andar sem rumo, se sentou na cadeira de visitantes, bem ao lado de seu pai, e permitiu-se fechar os olhos por alguns minutos.

Não soube dizer quando tempo havia cochilado, até que seu pai acariciou a sua bochecha delicadamente, a sua resposta imediata foi de susto, abriu seus olhos bruscamente e pulou da cadeira:

— Eu não dormi! Ele acordou? — Ela perguntou zonza.

— Sim, eu acordei minha menina. — O Sr. Park respondeu delicadamente e depois sorriu genuinamente. — Na verdade, acordei já tem mais de uma hora...

— O que? Porque você não me acordou? — Ela checou seu relógio — Céus eu dormi por horas! O mais importante, você está bem? — Perguntava enquanto coçava seus olhos para enxergar melhor e enquanto se sentava novamente.

O homem assentiu sorrindo e colocou sua mão no rosto da filha:

— Você estava tão pacífica, e eu não quis ser a pessoa a qual tiraria mais a sua paz.

— Pai... não fale isso... e eu sinto muito por toda essa situação, sinto mesmo. Imagino que não esteja sendo fácil para você. — Ela não conseguiu encarar o mais velho, não queria que ele se sentisse culpado. Então, olhou para suas próprias mãos e segurou para que seus olhos não começassem a lacrimejar. — Pai, eu não tenho boas notícias...

O homem pegou as duas mãos dela e acariciou, como se já soubesse que nenhuma notícia a partir de agora seria boa.

— Não sei se o senhor está pronto para ouvi-las — Continuou e olhou para o fundo dos olhos de seu pai, tentando entender sua dor um pouco. — Pelo menos não por mim... ou não agora...

— Pode dizer, está tudo bem — O mais velho apertou carinhosamente as mãos da filha, como sinal para que ele pudesse prosseguir. Percebendo a hesitação da garota, ele reafirmou — Está tudo bem mesmo.

Minji encarou seu pai, olhou diretamente em seus olhos e suspirou.

— Bom, o ridículo do Jeon Jungkook passou em casa mais cedo dizendo que cancelou a sua parceria com a Jeon's. Ele é um monstro! Como pôde fazer isso justo agora? Ele não vai nos ajudar! Não vai mover um maldito dedo idiota dele. Eu odeio ele por isso e sempre imaginei que....— Ela disparou.

— Filha! — O homem a interrompeu de forma brusca, assustando-a — Tudo bem querida. — Amansou sua fala, percebendo que havia exagerado — Você não entende de negócios, ele não está errado. Na verdade, nesse tempo desde que acordei, conversei com meus antigos acionistas e advogados. Todos cancelaram as parcerias, não é produtivo ser parceiro de uma companhia falida, isso gera gastos para a sua empresa. Ele não está errado.