Sedento Por Seu Amor

Capítulo 3

Marcella

Conhecer Lis foi maravilhoso, nos tornamos amigas, aliás, mais que isso já que ela está namorando meu irmão e hoje estamos saindo para ter uma noite das meninas. Criei coragem e voltei a Florença depois de anos, acompanhada por Susan e vamos nos esbaldar na boate que meu irmão é sócio.

Estou decidida a me divertir e mais uma vez tentar seguir em frente sem pensar que um dos donos dessa boate é o James e que com certeza ele estará conosco esta noite já que seus outros amigos vão estar presente. 

Infelizmente a visita que ele me fez em Paris não foi como pensei quando me pediu uma chance. Ele parecia tão decidido, mas foi bom não ter me iludido, talvez por minha culpa não tenha dado certo: eu não me abri o suficiente. 

*

A noite seguia tranquila, estava dançando com um carinha e logo nos beijávamos, porém uma mão forte me tirou dos braços que eu estava. Ser arrastada praticamente a força por James para um corredor que não conheço e sentir seu peito inflar com raiva está me tirando do sério.

Eu estava na pista de dança, numa boa, curtindo a noite, quando fui interrompida por esse ogro que agora me empurra para dentro de uma sala. Parece ser um escritório. 

— James, me larga. Que saco!

Estou com raiva dele, mas acho que a bebida está fazendo seu efeito em meu cérebro e me deixando mais corajosa para falar tudo que eu quero.

— Marcella, você estava se esfregando naquele homem na pista de dança e ele tinha a língua dentro da sua boca.

— Claro, estávamos nos beijando e a língua faz parte da equação. Ou não? — ironizou. 

Em seus olhos vejo fúria e desejo misturados.

— Você é minha, Marcella.

Gargalho.

— Para com esse ciúme ridículo, eu não sou sua e você não é nada meu, James. NADA — esbravejo. 

— Para de dizer que não sou nada seu, la mia perla.

Ele se aproxima, dou um passo para trás. Estou furiosa! 

Cerro os olhos. 

— Você não é... Para de tentar me proteger, isso é ridículo. Eu fico com quem eu quiser e a hora que EU quiser. Agora, me deixa sair daqui.

Tento afastá-lo da porta para que eu possa sair do escritório, mas ele me prende em seus braços e não tenho para onde fugir.

— Que merda, Marcella. Eu sou, sim, seu. Quantas vezes já ficamos, Cella?

— James, trocar alguns amassos não significa coisa nenhuma quando não existem sentimentos além do prazer do momento. Eu e você não somos nada, bem longe de conhecidos, visto que um dia fomos bem mais que isso. Para de bobagem e me deixa ir embora de uma vez.

Empurro seu peito e ele segura meus braços me empurrando de volta, nos levando agarrados até o sofá do escritório, caímos deitados. Seus olhos estão furiosos e seu aperto cada vez mais forte. Seu peito está arfante. Sinto sua ereção em minha barriga me chamando para o pecado.

Eu e James já ficamos várias vezes. A primeira vez aconteceu de surpresa. Éramos dois jovens que conviviam e já tinham dividido as brincadeiras de infância, já tínhamos dividido colégios. Me apaixonar por ele foi uma consequência, ele foi meu amor da adolescência, é meu primeiro e único amor até hoje.