Valiente - Juliantina

Capítulo 30

Bom dia, pessoal!!
Obrigada pelos desejos de melhora!! 🤗 Estou um pouco melhor!! Conseguir terminar o capítulo e espero que gostem!!
Boa leitura 😘
Beijos e um bom final de semana

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“Quando a gente conversa contando casos besteiras. Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos e eu nem sei que hora dizer me dá um medo. É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano … É que eu preciso dizer que eu te amo tanto”.

Preciso dizer que eu te amo - Cazuza

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Ambas já tinham terminado o jantar e seguiram para a varanda.

- Tem certeza que quer ficar aqui? – A loira pergunta.

- E porque eu não iria querer? – Sorri.

- Quer que eu te recorde o que falou quando chegamos? – Levanta a sobrancelha.

- Não precisa – Ri – Mas, eu gostei daqui de verdade e o céu tá bonito para contemplarmos um pouco.

- Eva Carvajal querendo curtir um momento simples da vida? – Debocha.

- Você ainda vai se surpreender mais vezes comigo – Pisca.

Se sentaram uma ao lado da outra no degrau de madeira que tinha na entrada.

- Sabia que quando era pequena eu tinha mania de sentar e olhar para as estrelas? – Olhava para o céu lindo – Eu gostava tanto que aprendi todas as constelações – Sorria – Minha mãe foi quem me ensinou e quando ela morreu passei a não fazer mais – Suspira – Eu não conseguia, porque isso me lembrava dela e então o tempo foi passando e acabei deixando pra lá – Dá de ombros – Não fazendo mais.

Lúcia olhava para a morena admirando seus traços.

- Sente fala dela? – Pergunta e Eva se volta para olhá-la.

- Mais do que tudo – Confessa suspirando – Arrisco a dizer que até mais do que meu pai – Abaixa a cabeça.

- Ei – A abraça de lado e Eva deita a cabeça em seu ombro – Aposto que ela deve se sentir orgulhosa da mulher forte que você se tornou e que de onde ela estiver está cuidando de você.

- Eu realmente espero que seja assim – Suspira.

- Está sim – Afirma – Mas vamos deixar de falar de coisas tristes – Aperta seu braço – Não é dia pra isso.

- Você está certa – Se afasta um pouco para olhá-la – Me conta mais sobre você? – Pede – Como foi sua infância? Sua mãe e … - Lúcia a interrompe.

- Não tenho muito o que falar – Suspira – Minha infância foi bem complicada e minha mãe não foi esse anjo que a sua foi – Engole em seco e Eva franzi o cenho.

- Se não quiser falar tudo bem – Toca em sua perna – Mas se quiser – A olha sorrindo de canto – Estou aqui!

Lúcia suspira pesadamente e pensa um pouco antes de decidir falar sobre a sua família.

- Minha mãe tinha um bordel na nossa casa – Eva olhava atenta para a loira – Todos os dias tinha música alta, bebida, mulheres e homens transitando de um lado a outro. Sempre me trancava no quarto e não saia até que fossem embora – Morde o lábio ainda era difícil falar sobre esse assunto, havia muito mágoa em seu peito e as lembranças por mais que quisesse esquecer continuavam vivas em sua cabeça – Um dia, estava com muita fome e resolvi sair do quarto pra pegar uma fruta. Minha mãe brigou comigo e mandou de volta para o quarto – A morena continuava séria sem mostrar reação alguma – Mal entrei e ela veio até mim ao lado de um homem horroroso – Lúcia já sentia seus olhos marearem e Eva engoliu em seco já imaginando o que a mulher ao seu lado falaria – Ela me vendeu pra ele como seu eu fosse uma de suas putas – Voz embargada – No outro dia eu sair da casa dela jurando pra mim mesma que ninguém nunca mais me usaria – Fecha sua mão com força – Desde de então não falo com ela e nem a vejo.