Desde sempre me pego olhando para ele. E quase caio da cadeira por me inclinar tanto assim, só para ter um visão melhor dos seus movimentos, seus poucos sorrisos, seu simples jeito de ser.
Quando os professores estão se esguelhando para ensinar algo, enquanto alguns alunos se matam para prestar atenção no quadro tão chato, eu estou o observando. Principalmente quando ele começa a desenhar em seu caderno.
E é daí que vem os melhores desenhos feitos por uma mão tão macia. Quer dizer, eu nunca a toquei, o que me deixa totalmente frustrado. Não contenho um bufar bem audível e um revirar de olhos, me debruçando na carteira.
A melhor hora é o intervalo. Ele não sai para nenhum lugar, não troca muitas palavras com ninguém, não pense que é tímido ou que fica nervoso quando alguém puxa assunto. Ele só é calado, reservado, fechado. E quem fica nervoso aqui sou eu, quando nossos olhares se cruzam.
Sempre traz algum lanche de casa. Eu, particularmente, achava isso bobagem, a comida daqui é maravilhosa; por que alguém gastaria dinheiro para comprar lanches, quando poderia ter bons e de graça?
É que ele não gosta de sair. Prefere ficar em seu casulo, em silêncio enquanto escolhe qual biscoito comerá primeiro. E eu, o bobão apaixonado, fica na espreita observando os faleros caírem na mesa escolar. O som do seu mastigar.
E nada mais fala, somente me oferece seu lanche. Eu sempre nego com a voz gaga, recebo uma risada tão gostosa que me faz sentir fome. Arrasto minha cadeira para perto daquele moreno tão lindo, vendo o rosto que admiro desde...hmm, desde sempre. Meu sorriso quadrado e peculiar aumenta quando o dele se abre. Comemos besteiras até o sinal bater, o que me deixa muito frustrado o resto do dia; até hoje não tive coragem para pedir seu telefone. E nem chegar perto de quem já o tenha.
Me sinto impotente. Minha paixão por esse garoto só cresce e, por mais que eu negue para o mundo todo que não gosto de garotos, meu coração sempre dá com a língua nos dentes. Sempre me entrega.
A hora da chamada sempre chega, e meus olhos castanhos brilham para uma só direção. Fico mais ansioso para que chegue suas vez, tanto que eu esqueci de responder na minha hora.
- Jeon Jeongukk.
- presente.
A voz doce acaba-se em menos de um segundo. E mais uma vez meu coraçãozinho bobo sorri, mesmo que por poucas palavras.
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Jeongukk? Presente! jjk + kth (Taekook)
Fanfiction" - Jeon Jeongukk. - presente. A voz doce acaba-se em menos de um segundo. E mais uma vez meu coraçãozinho bobo sorri, mesmo que por poucas palavras. " Onde Taehyung gosta do seu colega de sala, Jeongukk, mas nunca teve coragem para dizer.