Six | Festa

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C A M I L A

Faz dias que eu disse para Madelaine sobre as mensagens e ela continua perguntando sobre, eu sei que é só curiosidade, mas para dizer a mais pura verdade eu já cansei de não ser correspondida, e isso tem me deixado louca.

Cole tem sido o professor mais estressante de conviver, não que isso atrapalhe meus sentimentos, mas não ajuda em nada no meu dia-a-dia na faculdade, tudo tem sido tão intenso, e eu precisava mais de uma festa do que realmente desejava.

Eu conversava sobre isso com Madelaine, já que ela conhecia a maioria dos alunos, e professores daquela faculdade, as vezes quando o dia é muito cansativo, ninguém diz muita coisa, porém a necessidade de diversão é enorme quando estamos tão perto da reta final.

Fiquei preocupada quando Cole me disse que Lili havia traído ele, Lili não era uma má pessoa, mas eu percebia o jeito que Cole a olhava, era pura paixão eu não tenho como negar isso, passar por um término tão conturbado deve tê-lo arrasado de formas destrutíveis.

Eu entendo, porém ele é um cara reservado, e consegue ser profissional quando deve, mas além de tudo isso tem os sentimentos a flor da pele como qualquer outro jovem de vinte e cinco anos.

E bom... Eu realmente não sei o que estou fazendo aqui, Travor me convenceu a largar um pouco essa vida de estudante para tentar manter a cabeça sã, bebidas, piscina, três da manhã e uma longa lista de caras que eu beijei no lugar.

Não ajudou, eu amo o Travor assim como amo Madelaine, mas as vezes me dá uma vontade de bater na cara daqueles dois, eles tem muitas ideias idiotas, mas essa foi a gota d'água, por que ambos sabiam das mensagens, e de repente decidiram que era uma ótima ideia por Cole Sprouse, e eu na mesma festa.

Nós sempre fomos amigos, já que Dylan e eu éramos como os irmãos da vez, porém eu sempre sentia algo a mais por Cole, mesmo quando ele começou a namorar ou a sair com outras garotas me contando como foi "incrível" a noite deles juntos eu ainda sentia.

Eu me repreendo até hoje por isso, pareço patética.

Mesmo assim eu to aqui, desejando ser a menina que conversava com ele enquanto riam, na verdade, não, queria estar em casa atualizando séries que eu venho acumulando, é, seria bem melhor. Assim eu não ficaria do lado de dentro de um balcão bebendo na garrafa como uma troglodita bêbada.

Mas é a vida.

— Camila você 'tá me deprimindo. — Ouço uma voz familiar, quando me viro vejo que era Travor.

— Cara, eu sou a deprimida aqui. — Falo bebendo mais um gole. — Queria voltar no tempo e dizer não pra essa festa ridícula.

Travor ri, enquanto me olha beber todo o liquido da garrafa.

— Você só diz isso por que está aqui bebendo igual uma idiota, você devia estar dançando, ou conversando com algum cara da facul. — Ele bebe um gole da bebida que estava em sua mão.

— Você é tão preciso Travor. — Ele se orgulha. — Quer ser mais preciso? Vai, e senta ali no sofá. — Digo sorrindo.

Travor me olha com repreensão.

— Camila você vai morrer sozinha. — Travor espragueja.

— Temos algo em comum. — Revido, e o mesmo mostra o dedo do meio.

Uma linda amizade.

. . .

Eu já não tinha nenhuma noção do que estava acontecendo ao meu redor.

Tudo girava, eu estava me sentindo enjoada, mas ao mesmo tempo estava agitada e queria continuar dançando sozinha.

Era provável que algumas garotas já tenham rido da minha dança desengonçada, estava cambaleando pela pista sem conseguir formar um passo sem dar uma tropeçadinha, eu ficava irritada toda vez que meu salto não colaborava comigo e torcia meu pé a cada passo.

Eu estava bêbada, em uma casa que não era a minha, nem a de Madelaine, nem a de Travor, para dizer a verdade não consigo me lembrar qual é, então somente caminho devagar até a cozinha, queria pegar mais algumas bebidas, ainda não eram o suficiente para eu me jogar nos braços de alguém e me fingir de bêbada maluca.

Estava prestes a abrir o freezer quando sou barrada por uma mão segurando a porta do eletrônico com força, me viro com birra para espraguejar quem quer que fosse, mas sou calada quando vejo Cole a minha frente, fazendo meu sangue gelar instantaneamente.

— Cole, o-o que está fazendo? — Pergunto com a mão na porta do freezer.

— Cuidando para que você não saia por aí pensando que está no céu, correndo em cima de um arco-íris. — Ele fala e eu começo a rir.

Rio bastante até meus olhos saírem lágrimas, eu não sabia do que estava rindo, mas na minha cabeça era realmente engraçado seu argumento.

— Camila? Do que está rindo? — Ele pergunta com expressão estranha. Ótimo Camila, agora ele te acha uma maluca surtada.

— Não é que... — Tento alcançar o ar perdido. — Nada.

Cole me olhou com uma cara de quem quis rir de minha condição atual, eu era uma troglodita bêbada, que queria se embebedar mais ainda.

— Venha. — Ele começa a andar para fora da casa. — Cami!

Puta merda, como eu amava quando ele me chamava assim...

Sigo o caminho que o mesmo estrava trilhando, quando do nada sinto meu sangue ferver ao sentir o toque de sua mão segurando minha mão. Caminhamos mais um pouco até chegarmos perto o suficiente de uma carro estacionado ao portão, e logo solto sua mão.

— Que isso? — Paro antes de cruzar o portão.

— Eu vou te levar para casa, não está com a chave? — Ele diz parecendo óbvio

Eu estava, mas não perderia essa oportunidade de negar.

— Não.

Ele suspira parecendo não saber o que fazer, e logo olha para mim novamente.

— Ta bem, eu vou te levar até minha casa. — Ele diz voltando a segurar minha mão.

— Cole eu não... 

— Não resista Cami, você está a um ponto de cair no chão sem saber se está realmente no planeta Terra. — Ele diz, então continuo a caminhar.

Entramos no carro sem dizer uma palavra, indo em direção a casa dos Sprouse's.

NUDES | colemilaOnde histórias criam vida. Descubra agora