NUDES | colemila

Eleven | A desculpa perfeita.

C A M I L A

Entro na sala com um óculos escuro bizarro, enquanto carregava alguns livros junto a minha mochila, depois daquela festa todos nós ficamos com uma ressaca do caralho, e ninguém estava em clima de estudos, incluindo o Sr. Sprouse.

E é aí que você me pergunta: Por que diabos um professor se embebedaria com seus alunos?

Simples.

Cole e eu sempre nos conhecemos dês de pequenos, graças a minha grande amizade com seu irmão gêmeo, Dylan, acabamos virando pequenos colegas. Cole e Dylan passaram a adolescência inteira ao meu lado, quando mais tarde receberam a oportunidade de fazer uns estudos de dois anos em que ambos se formariam mais cedo.

Obviamente ambos aceitaram.

E com muito peso, tivemos que nos despedir, e dês de então eu não sabia mais nada sobre, Dylan e Cole Sprouse.

Quando de repente, em um belo dia lá estava ele. Escrevendo no quadro se apresentando como nosso mais novo professor.

Foi um choque na hora.

Começamos a fazer tudo juntos, e Madelaine já sabia de toda a história, eu tinha uma queda por Cole dês de sempre, mas quando ele retornou do nada, todo aquele sentimento que eu havia enterrado voltou como um balde de água fria.

E os semi-nudes foram a única alternativa para fazê-lo me notar.

E agora eu estou aqui. Na mesma sala que Cole, sabendo o que ele sente por mim, e pela suposta "garota dos nudes", o que no caso, sou eu também.

Madelaine falou a verdade quando digitou que eu fodi tudo.

Realmente não sei por quanto tempo vou continuar com isso. Talvez até criar a coragem necessária pra contar toda a verdade.

Graças aos óculos eu podia olhá-lo sem problemas, estava trocando mensagens de texto em seu celular, eu cogitei na possibilidade de ser para o número onde eu mando todas as minhas fotos, porém logo a descarto quando não sinto meu celular vibrar.

Ele sorria de vez em quando o que me fazia sorrir junto, eu não queria somente ser fodida por ele, pois depois de suas mensagens eu claramente pude ver o óbvio a minha frente. Eu realmente gostava dele, e não era só fisicamente.

Logo todos os outros alunos chegam, e sentam em seus respectivos lugares, enquanto Cole somente guardava o celular ajeitando sua gravata sobre o pescoço. Como eu ainda tiro notas boas com uma distração dessa?

Todo aquele barulho parecia mil vezes pior por conta da ressaca, eu ouvia tudo em mais de 75 decibéis, meus ouvidos doíam, porém mais ainda por saber que terei de aguentar tudo aquilo até o final do dia.

Madelaine aparece usando óculos escuros também, e ao seu lado, Ashleigh Murray, ela é muito nossa amiga, sempre andamos juntas e conversamos sobre como tem sido cansativas os trabalhos de final de ano, prestes a nos formar e a tendência está sendo piorar.

Ashleigh ao contrário de Madelaine não sabe nada sobre as mensagens e fotos trocadas com nosso professor, mantive tudo em segredo, apesar de confiar em Ashleigh, ainda sinto que nossa amizade não chegou nessa fase, talvez quando chegar a hora, ou tudo der certo eu conte.

Madelaine se senta a uma cadeira ao lado, e Ashleigh do outro lado, seria aula de física, e eu sou péssima nessa matéria, minhas notas caem a cada dia mais, terei de dar um jeito disso, sem problemas.

O resto da aula foi normal, Mad, e Ash conversaram comigo a todo o tempo, somos aquele trio de garotas que riem de suas próprias piadas internas, e mesmo que não estejamos mais no colegial, sinto que isso não vai mudar nunca.

Ao final, Madelaine e Ash tiveram que ir sozinhas, me deixando lá para ir só até minha casa. Filhas de uma mãe feiosa. Tomara que atolem o sapato na lama.

Quando estou colocando a mochila nas costas sinto um toque sobre meu ombro, me viro naturalmente e vejo Cole paralisar, poucos segundos depois voltar a raciocinar direito.

— Huh... Camila precisamos conversar sobre a sua nota. — Ele diz severamente.

— O que aconteceu? — Questiono mesmo sabendo sua resposta.

— Nota vermelha em física em praticamente o ano inteiro, não pode ficar assim ou terá que repetir o ano letivo se quiser se formar. — Cole afirma como se estivesse tentando dar um conselho.

— Eu não entendo física, e é provável que eu nunca entenda, então... O que eu faço? — Pergunto já preocupada.

Nem na puta que pariu eu iria repetir tudo de novo.

— Tenho uma ideia, preciso de três trabalhos sobre, se você conseguir me entregar todos os três antes da próxima semana, suas notas sobem. — Ele diz novamente em um tom amigável, caminhando até a saída.

Ajeito minha mochila nas costas já pensando no o que faria nesse mio tempo, quando o vejo dar meia volta.

— Ah, e se precisar de ajuda... Pode... Sei lá, me ligar. — Ele diz parecendo inquieto.

Achei a desculpa perfeita.