Seventeen | O jantar

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C O L E

Estava chegando perto da casa de Camila, sinceramente, eu estava um pouco nervoso sobre o modo que eu entraria lá, tinha ensaiado várias vezes na frente do espelho, como eu falaria com ela. Chega a ser estúpido o quanto eu quero impressioná-la.

Estaciono o carro a porta de sua casa, e já posso vê-la esperando em frente a mesma com suas mãos entrelaçadas, e assim que desço meus olhos sob seu corpo me amaldiçoo mentalmente, puta merda! Como é perfeita.

Puxo o freio de mão deixando o carro ainda ligado, e respirei fundo antes de sair do veículo, me perguntava várias vezes o por que de eu estar tão nervoso enquanto caminhava até Camila, afinal, era somente uma noite de jantar de mais um aniversário do meu irmão. E por isso o por que de minhas mãos soarem, e o fato de eu estar sentindo minha garganta fechar ser desconhecido é uma tortura.

E aquele sorriso...

Puta que pariu.

Eu paro o mundo só para poder ver ele por mais um minuto.

E eu realmente tinha parado. No momento em que meus ouvidos voltam a ouvir meu nome sair dos lábios vermelhos da pessoa que tanto insiste em ficar dentro dos meus pensamentos, eu acordo. Foco meus olhos na mesma, que tinha uma expressão de confusão, sorrio. Era linda até confusa.

— Terra chamando Cole!! — Ela dizia com um sorriso, porém ainda mantinha a expressão confusa.

Sorrio, colocando as mãos no bolso, eu fiquei um pouco atordoado, mas ao mesmo tempo, ela sorriu com confusão, o que me fez rir junto.

— Tá tudo bem? — Diz ela. 

Ela parece tão nervosa quanto eu, a pergunta era porquê.

— Uh... É... Quero dizer... Tô, n-não... — Ela ri, enquanto eu paro de falar.

— Aquele é o seu carro? — Ela diz olhando-o.

— É sim... Nosso pai comprou depois que nós nos formamos... Eu e o Dylan...

Ela assente. — Vamos? — a mesma pergunta.

Assinto com a cabeça, era complicado o quanto ela me deixava nervoso somente com um mero olhar, eu tento, juro que sim, mas tirá-la da minha mente é um desafio constante, daquele que me distrai o tempo inteiro, e que explode meus sentimentos toda vez que eu penso num só sorriso seu.

Eu pareço um louco apaixonado.

E eu acho que eu sou esse louco.

Camila andava com uns saltos finos, e isso desencadeava em vários tropeços no caminho até o carro, e toda vez que ela errava um passo, eu ria, e recebia um olhar maldoso e irritado da mesma. Cheguei até a pensar em como seria ver essa mesma raiva na cama. E no mesmo instante me amaldiçoo por pensar sobre.

Camila abre a porta do carro e se senta no banco ao lado do motorista, entro no carro no mesmo instante, e dando a partida, volto a andar com o carro pelas ruas em direção a minha casa.

O caminho todo foi um silêncio total, mas mesmo assim, Camila parecia inquieta, eu percebia que a mesma esfregava seus dedos um no outro, uma mania que talvez indicasse nervosismo ou ela estava ansiosa com alguma coisa.

Preferi não arriscar, então não perguntei, porém eu sabia que tinha algo errado, só não sabia o que.

Assim que chegamos, faço questão de abrir a porta para a mesma, ela sempre cora com algo do tipo, era a característica que eu mais gostava nela, ao mesmo tempo queria conhecer outros lados dela, e foi aí que eu percebi que eu não sabia de nada sobre Camila Mendes.

Assim que entramos na casa, Camila é recebida com abraços por minha mãe, e meu pai, calorosos e gentis com Camila como sempre, até chegar na vez de Dylan, que a pega no colo assim que Camila mostra seu presente.

Talvez,

Mas só talvez...

Eu tenha ficado com ciúmes.

Quando começamos a comer, foi quando ambos começaram a conversar mais, Camila sempre soube como alegrar Dylan, não é atoa que eles se chamam de "Os melhores dos melhores". Particularmente, eu não conseguia tirar os olhos dela.

Ela sabia como desencadear um sorriso meu somente pelo seu sorriso breve.

E puta merda,

Isso não tem preço.

Mais tarde nossos pais decidiram nos deixar sozinhos, Dylan ainda não havia encontrado seu "par perfeito", então éramos só eu, Camila, e Dylan em um sofá, com ambos jogando um jogo tosco de pixels, que mesmo sendo um tédio ambos disputavam toda vez, e Camila sempre perdia apesar de jurar que "dessa vez" ela ganharia.

— Dylan sai daquii!! — Ela dizia movendo o controle para o lado, empurrando Dylan que gargalhava com sua atitude. Confesso que eu também.

— Mas eu não tô fazendo nada! — Ele diz rindo.

Mais algumas risadas e finalmente pela primeira vez Camila havia ganhado o jogo, fazendo meu irmão fazer uma carranca ao vê-la comemorando vitoriosa.

— CHUPA. — Camila saiu dançando pela casa em comemoração.

Eu só ouvia Dylan falar que a havia deixado ganhar, fazendo-a parar de dançar e fechar a expressão no mesmo segundo, Dylan gargalhou alto, e assim fez Camila também. Eu estava ocupado demais sorrindo feito um bobo a cada movimento que a mesma dava.

— Aí... — murmura Dylan com a mão no maxilar. — Eu vou no banheiro, já volto.

Camila assente sorrindo, quando voltou sua atenção a sala, notou o silêncio repentino, eu queria puxar assunto, mas acho que eu estava envergonhado demais para isso.

Então foi quando Dylan voltou que o clima ficou melhor, ambos colocaram uma série de comédia para ver. Camila ficou entre nós dois, e quando eu vejo sua cabeça cai sobre o ombro do meu irmão. Sortudo, penso ao ver sua expressão para mim.

E quando a noite terminou, os dois se despediram com um abraço, e eu fiquei encarregado novamente de levá-la de volta a sua casa — o que não era um problema para mim.

Quando chegamos, Camila estava prestes a sair do carro, quando por um impulso, minha mão segura seu pulso. A mesma volta a sentar no banco, fechando a porta em seguida.

— Cole-

E eu a beijo.

x

*não me matem*

decidi fazer um pov do cole porq sim rsrsrsrs

capítulo grande que voc quer @? ent toma

um beijo light pra qm quiser, e eu amo vocês <3

NUDES | colemilaOnde histórias criam vida. Descubra agora