The New Seven

Peter

 
 

Estava dormindo tranquilamente em meio aos meus lençóis macios quando a porra de um raio de sol decide entrar pela janela e bater na minha cara. Acabei por acordar contra a minha vontade por conta disso. Suspirei e virei o meu rosto de lado no travesseiro e fiquei a me observar pelo espelho que tenho ao lado de minha cama.

Meus cabelos loiros estavam desarrumados e caíam por cima dos meus ombros formando cachos, meus músculos estavam relaxados e aconchegados junto a cama. Falando em cama, eu já estava ficando pequeno para aquela. Minha cabeça já estava batendo na cabeceira e meus pés praticamente saíam para fora dela. Acho que sou um pouco maior do que a maioria dos garotos da minha idade.

Então o meu momento de reflexão filosófica matinal — em resumo, eu acordo e fico me olhando no espelho enquanto viajo em pensamentos porque minha alma ainda não acordou de verdade — é cortado com uma voz melodiosa me chamando para descer. Era a Lindsay, ou, como prefiro chamar, minha adorável mãe. Mas o chamado dela não apenas me de meus pensamentos, mas também acordou... a minha parceira? Se assim posso dizer. Bem ao meu lado, em meio às cobertas, uma garota da minha idade de pele escura e cabelos negros cacheados se mexia.

Essa é a Gwen, minha amiga desde... que nascemos, eu acho. Gwen era filha da amiga da minha mãe. A melhor amiga da minha mãe. Elas eram tão juntas que tiveram filhos quase que simultaneamente, sendo que Gwen era semanas mais nova que eu. 

As nossas mães eram tão inseparáveis que quando minha mãe decidiu se isolar do mundo com um bebê, a amiga dela, Bridgette, juntou as malas e elas vieram juntas, então eu meio que cresci com essa garota do meu lado.

Gwen logo abriu os olhos e me olhou.  propósito, ela tinha olhos lindos. Eram azuis, mas tão azuis que chegavam a fazer alemães nazistas terem inveja dessa pérolas.
Não, calma, nos não somos namorados, apenas fodemos as vezes. É, temos uma porra de amizade colorida, chame como quiser. 

Gwen e eu tivemos desde nosso primeiro beijo até a nossa primeira foda juntos, mas a gente não se ama, apenas matamos nossas vontades, e isso era maravilhoso, porque a gente se entendia super bem, tanto na vida real quanto na cama. E essa, era mais uma das manhãs que ela acordava do meu lado. Nós dois, juntamente nus após uma longa noite de sexo.

Ela me encarou mais um pouco até dizer "bom dia" com sua voz de sono. Eu retribui o bom dia, e então uma de nossas conversas cotidianas acontecia enquanto ela se levantava e se arrumava. 
—Já está tarde, não? — Ela perguntou enquanto se sentava na cama e esfregava os olhos. 
—É, você perdeu o ônibus - Respondi. 
Ao contrário de mim, o esquisito isolado com a mãe no mato, Gwen ia à escola e tinha amigos. 
—Merda... — Ela xingou e se levantou para se arrumar. 
Eu apenas sentei na cama e fiquei observando ela.

Alguns detalhes sobre a Gwen: ela era uma garota popular, líder de torcida, muito linda e com uma puta de uma bunda enorme. Ah, ela é super legal também. 

—Você usou camisinha essa noite? — Ela começou o interrogatório. Não que ela ligasse muito por ficar ou não grávida, mas ela gostava de se prevenir em todas as coisas.
—Uhum — Concordei. 
—Cadê as pílulas? — Perguntou enquanto mexia no criado-mudo ao lado da cama. 
—Minha mãe arrumou o quarto de novo, acho que estão no banheiro — Respondi com calma enquanto me sentava com toda a preguiça do mundo. 
—Porra — Ela se dirigiu ao banheiro, abriu a segunda gaveta pegando os comprimidos e em um gole só os engoliu sem água mesmo. 
Logo ela estava toda arrumada, linda e maravilhosa, como se nem tivesse cavalgado a noite toda. Se despediu de mim com um selinho rápido e saiu do meu quarto na esperança de chegar para a terceira aula.

E eu? Bem, eu ainda estava pelado sentado na cama coçando o meu saco. 
Ouvi Gwen passar pela cozinha e cumprimentar minha mãe, que a respondeu com todo o carinho. Nossas mães sabiam que a gente fodia às vezes, por isso acreditavam que éramos um casal de pombinhos apaixonados — outras pessoas também tinham uma enorme fé nisso. Não queríamos estragar a alegria delas dizendo que na verdade éramos apenas gatos fazendo sexo no telhado, então mantínhamos isso como verdade absoluta.