✳ Park Choon-Hee é amante da arte, mas para ela, Kim Taehyung é a mais bonita e instigante obra prima. ✳
-Iniciada: 20.12.2018
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#47 em 'kth' (29.12.18)
#38 em 'kth' (28.01.19)
#17 em 'kth' (30.01.19)
Uma semana de passou desde o ocorrido. Eu não sei o que sinto. Realmente, gosto do Taehyung, mas eu não sei se ele ainda é apaixonado na Jisoo.
Tudo indica que sim, mas quem sou eu para tirar conclusões precipitadas, certo?!
Hoje, eu e ele iremos à tal exposição que ele me convidou. Fico grata por ele ter me pedido para ir, já que sou uma verdadeira fã das obras de Vicent Van Gogh.
As cores dramáticas e expressivas que ele usa, incorporadas em pinceladas impulsivas. São características únicas que me atraem de verdade.
Parada em frente ao Museu de Arte de Seul, esperando por Taehyung. Atrasado como sempre, já era de se esperar.
Checo o horário, vendo que ele estava 20 minutos atrasado. Pondero mandar uma mensagem desmarcando e ir para casa. Mas, subitamente, o garoto de mullet aparece atrás de mim, me abraçando e chamando por mim.
-Você veio cedo, Heee!
-Eu não vim cedo, você quem atrasou! -Aponto para os ponteiros do meu relógio de pulso. -Exatamente, 20 minutos.
-Calma, Choon-hee. O que deu em você? -Ele perguntou assustado, e só então eu percebi o tom de voz que usei. O quão a sério eu estava levando aquilo.
Eu entendo que não dá para descontar meus sentimentos nos outros, mas eu estou totalmente frustrada com a possibilidade de não ser correspondida.
-Desculpa, eu- -Suspirei, rendida. -Desculpa.
-Quer conversar? -Ele perguntou.
Sinceramente, queria.
-Não, eu estou bem. Vamos? -Dei um sorriso fechado, que foi correspondido com outro. Ele acenou com a cabeça e nós adentramos o espaço, lado a lado.
Passamos da entrada e seguimos um corredor, até chegar ao salão principal, onde a exposição ocorreria. Assim que alcançamos a enorme sala, Taehyung segurou minha mão e me puxou bruscamente até uma parede, onde alguns quadros estavam expostos.
E lá estava a minha grande obra de inspiração para como artista. E, ainda de mãos dadas, afirmamos juntos.
-A noite estrelada.
Nos encaramos, surpresos. Acabamos rindo de nossas caras.
-É a minha obra favorita. -Explicou-se.
-A minha também. Olha essas pinceladas e essa harmonia entre as cores. O sentimento sombrio e reconfortante que ele consegue passar. -Encaro o moreno, que já me olhava. -É encantador.
Eu tive a certeza que Taehyung iria me beijar, ali, naquele exato momento. Me aproximei também, calmamente. Nossas respirações fortes se misturaram, a ponta de seu nariz tocou o meu e ele tocou com sua mão quente, apesar do frio que fazia, por conta do ar condicionado, o meu rosto.
E, sem muitas delongas, nossas bocas se encontraram. Eu já tinha estado bem diversas vezes, mas eu nunca me senti tão leve como agora. Seus lábios são macios e têm gosto de bala extraforte. Sua mão leve, tocando minha pele, enquanto ele deixava selinhos ao fim do nosso primeiro beijo. Ele me olhou nos olhos e deixou um sorriso totalmente sincero escapar.
Eu estava entorpecida, extasiada com aquela mistura de sensações, e lá no fundo, uma sementinha de esperança germinava.
Talvez, nós poderíamos ter algo. E eu esperava que tivéssemos, sim.
-Vamos, Hee. -Me ofereceu, novamente a mão. A aceitei de bom agrado e seguimos pelo salão juntos, analisando bem os quadros, rindo de coisas aleatórias e compartilhando conhecimentos e curiosidades sobre alguns quadros.
Depois que andar quase tudo, minhas pernas já estavam cansadas. Aquela sala era grande demais. Eu me sentei em um banco para descansar, enquanto Tae afirmou que queria olhar mais alguns quadros. Entediada, peguei meu materiais de desenho que sempre carrego comigo.
Tinha algo que eu queria desenhar. Foi no momento em que paramos em frente a um quadro peculiar, onde Taehyung ganhou um card igual ao mesmo e resolveu tirar uma foto.
O lápis apontado em cima da folha e os detalhes fluindo soltos em minha mente. A lembrança do nosso beijo, misturada aos rabiscos. Cada traço muito bem pensado e trabalhado.
-Já acabei, Hee. Podemos ir. -Ele para, olhando o meu caderno. -O que é isso?
-É você. Gostou?
-Acho que você trabalhou muito o surrealismo, eu estou muito lindo nesse desenho. -Ele riu, após o próprio comentário.
-Pode apostar, Taehyung. Nenhum desenho vai beirar a perfeição que você é. -Olhei para ele sorrindo, enquanto dava o caderno de desenhos em suas mãos, para que ele observasse melhor.
-Você é o próprio surrealismo, Park Choon-hee!
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Tá, não ficou lá essas coisas, mas eu me esforcei de verdade.
