::: Capítulo 11 :::
"Pessoas incríveis são sufocadas pela hipocrisia da sociedade."
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: 13 de junho de 2020 :
O fim da noite correu e logo o sol amanheceu. Em algum momento Ana havia caído no sono, mas acordou em sua cama, Teddy ao seu lado, mirando-a como se a contemplasse.
A morena sorriu para o mesmo e o puxou para seus braços, tendo resmungos exigentes sobre "papa" e "zenho".
Pela primeira vez em muitos meses, Ana não acordou preocupada com o mundo que precisava segurar nos ombros.
Lá fora, mais uma vez o dia estava ensolarado, o sol dando beijos de luz pela rua, tornando o clima quente.
O dia estava feliz. E Ana podia dizer que refletia aquilo.
Ela mirou o chão ao lado da cama e se lembrou dos lábios de Christian sobre os seus, as mãos dele em seu corpo... Tocando suas cicatrizes sem qualquer problema, preocupado apenas.
Ana era nova demais, nao entendia se a vida era curta ou longa para nós, mas sabia que nada do que se vive tem sentido, se não tocar o coração das outras pessoas. E Christian havia tocado o coração de Ana, e nem mesmo encontrar Jack no balcão da cozinha quando desceu, fez com que a garota ficasse menos feliz.
E nem quando ele a encarou com os olhos raivosos provavelmente pelo café ainda não estar pronto ou por Teddy estar em seu colo, brincando com seu ursinho de pelúcia e balbuciando contente com a chupeta na boca.
_ Você só está perdendo pontos comigo, Anastasia - ele murmurou num tom grave, juntando as mãos no mármore.
Ana colocou Teddy na cadeirinha própria dele e se pôs a pegar os ingredientes para o café.
_ Me desculpe, senhor - ela respondeu.
_ Desculpas e mais desculpas - ele comentou. - Qualquer dia você não vai mais conseguir dizer essas palavras... Ou qualquer outra.
Ana engoliu em seco.
Fez o café o mais rápido que conseguiu, antes que Teddy perdesse o interesse em seu ursinho e pedisse colo. Jack odiava quando ela fazia qualquer coisa para ele tendo o bebê no colo. Em sua concepção hostil e egoísta, era injusto ela dividir a atenção com Teddy quando era ele quem ela tinha que servir.
Ana pôs a mesa e se preparou para Teddy assim que viu os olhos dele sobre si, o ursinho esquecido no balcão da cadeirinha.
_ Nem pensar, você vai comer agora. Como quer que eu aprecie o café da manhã sem você como companhia? - Jack falou e deu um gole em seu café preto matinal.
Ana mordeu o lábio inferior e deu seu próprio celular a Teddy, qual já estava estrategicamente mostrando um desenho qualquer no visor.
_ Vai estragar esse menino, ele não tem idade para celular, nem você tem - Hyde comentou.
Ana colocou seu prato e pôs suco no copo. Teddy já estava cheio de sua mamadeira das 6h, entao tudo o que ele tinha para ter agora era manha.
Ana engoliu a panqueca sem ao menos mastigar, tomou o suco praticamente num gole, e Jack ao menos deu uma garfada em seu ovos mexidos com bacon.
_ Você anda comendo demais ultimamente - ele falou, fazendo Ana parar o garfo no meio do caminho para a boca e encará-lo. - Não vai me inventar de ficar gorda agora, não é?
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50 Tons de Uma Cicatriz
Fanfiction::: Descrição ::: Ana teve sua vida virada do avesso após a perda de seus pais. E agora tendo que morar com o único parente vivo, Jack Hyde, perceberá que o medo pode fazer você ultrapassar os limites até mesmo da sanidade.