"Bem-vindo a América, otário"

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Depois de uma cansativa viagem internacional da grandiosa Inglaterra a América, Kim Jun-myeon, conhecido em sua empresa como Suho, saia do aeroporto e finalmente chegava no Queens, Nova York. Não podia deixar de notar que a cidade era mesmo linda, suas luzes e cores elegantes e chamativas de restaurantes, hotéis e cafeterias mostravam que ela estava apenas alguns poucos passos atrás de sua terra natal. Os boatos não eram falsos.

Seus olhos brilhavam desde a sua vista de dentro do Boeing 767 na primeira classe. Naquela noite de abril, ainda ameaçava chover, apenas com algumas genuínas gotas de água que caíram pelo céu, as luzes ofuscavam sua visão de baixo, mesmo que ainda longe do chão.

Ele teria de encontrar algum hotel para passar a noite, logo chamou um taxi ainda na frente do aeroporto e zarpou rumo ao hotel The Freeport Inn and Marina, que de acordo com o motorista, era o melhor e mais perto da região, o rapaz sem opção e conhecimento prévio não discutiu e comprou a corrida. Enquanto andava pela cidade, não conseguia acreditar que estava lá mesmo, claro que a viagem havia sido feita unicamente com o objetivo de trabalho, mas talvez ele possa aproveitar um pouco dela, já que não é todo dia que eventos como esse ocorrem.

O homem de terno e camisa preta passava nos mais diversificados bairros da cidade dentro daquele taxi. Suho sempre foi muito detalhista com as coisas ao seu redor para datilografar em sua Olivetti quando chegasse em casa em uma espécie de diário, colocando em um caderno de registros que chamou-o de ''Anotações diárias para um dia meus filhos lerem''. Contudo, o inglês não contava que andando por aquele lugar, ele encontraria uma das pessoas que mudariam seu destino para sempre.

Finalmente chagara no hotel, e ainda dentro do automóvel, Suho pode analisar que aquele lugar era um daqueles típicos hotéis americanos que aparecem nos filmes, como um filme que o homem assistiu alguns anos atrás, porém na hora ele tentou lembrar de seu nome, mas esqueceu. Ele observou que o hotel estava relativamente vago, apenas com alguns poucos carros, no mínimo uns seis, ele conseguiu identificar um Honda preto e de dois Thunderbird, um vermelho e um preto com detalhes de fogo, logo pensou que aqueles três carros fossem de estudantes que passariam a noite no hotel. O motorista parou na frente da placa do estabelecimento, cobrou os seus $8,2, esperou o viajante pegar suas malas e seguiu a pista. Dirigiu-se até a recepção para fazer o check-in e reservar um quarto, mas teve que esperar um pouco devido a pequena fila que formara no lugar, então sem muito opção ele avisou para o último da fila para guardar lugar para ele, que assentou positivamente com a cabeça em seguida. Pode esticar um pouco das pernas no carro, porém continuara cansado, logo avistou uma cadeira que dava visão para o corredor. O lugar era no máximo aconchegante, mesmo acostumado em hotéis de luxo, ele teve que aceitar que talvez tenha sido enganado por aquele taxista. O lugar havia pelo menos 8 pessoas, uma familia de um homem que estava na fila e sua mulher e seu filho pequeno que brincava de carrinho de joelhos na cadeira, e mais alguns adolescentes universitários. As paredes eram de cor azul marinho e azul claro, combinando com as cores da placa na frente do hotel. O cheiro de cigarro pairava pelos ventiladores do lugar, incomodando o rico, que ironizava pelo fato de ter uma placa de ''não fume'' pregado em uma das paredes. Olhando para o lado pode ver que havia um longo corredor com cinco portas, então virando para esquerda e provavelmente dando em uma escadaria e mais um longo corredor, se seus anos de experiências nesses lugares estiverem certos.

Então ele o viu.

Suho teve a visão de um homem saindo de um dos quartos mais distantes daquele corredor. Ele vestia um sobretudo negro que cobria sua camisa branca e gravata vermelha e parte da calça preta suja. Ele saia apressado de seu quarto com um cigarro acesso em sua boca, talvez estivesse com pressa ou com raiva o suficiente de deixar seu manto no quarto ou algo do tipo, mas seu semblante não podia deixar dúvidas que estava furioso. Depois de fechar bruscamente porta de seu quarto, batia os pés contra o chão e aproximava-se gradativamente da recepção e do europeu. Em uma distância de uns 25 metros de distância, ele pode ver seu rosto com melhor clareza. Seu coração parou de uma hora para outra, talvez ele nunca tivesse sentindo algo tão estranho em sua vida, mas enquanto ele caminhava, o rico não deixava de olhar para o homem devido a sua beleza divina, e começou a pensar se alguma mulher já tinha feito ele sentir aquilo. Com o passar da noite ele descobriria que não. Finalmente o rapaz desconhecido chegara na recepção e pronto para dar uma bronca em uma das atendentes, começou a encarar o inglês que também o encarava, e percebendo isso, olhou para outro canto, envergonhado com aquilo, era nítido que ocorria de suas bochechas estarem um pouco rosadas, mas se continuasse encarando poderia ficar semelhante a uma pimenta. O homem de sobretudo dirigiu novamente seu olhar para uma das recepcionistas. Começou a dizer um tanto alto sua bronca:

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2019 ⏰

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''O Último Homem Solteiro em Nova York''Onde histórias criam vida. Descubra agora