Capítulo três

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Ivy

Eu saio do banho e me enrolo no roupão, penteio o meu cabelo, passo desodorante e creme corporal. Me deito na cama e fecho os olhos tentando dormir um pouco. Ainda sinto arrepios ao me lembrar de algumas horas atrás, aquele homem grosso e sem educação... Eu espero não vê-lo mais, ele exala problema e isso é tudo o que eu não quero.

Estou sozinha em casa, a minha mãe saiu com as amigas dela e disse que volta tarde.

Eu me levanto e fico em frente do espelho me analisando, passo os dedos em meu cabelo e gosto do jeito que está. Tudo bem, eu irei sair! Pra onde, eu não sei. Mas devo achar algum lugar legal.

Eu me troco e passo apenas um pouco de rímel e batom. Eu pego o meu celular e pesquiso alguns lugares pra ir, depois de um tempo, acho um barzinho que está tocando música ao vivo.

__ Gosto disso – murmuro dando uma última analisada em mim e estou bem, pego a minha bolsa e a chave do carro. Coloco o endereço no GPS e dirijo até o bar.

Assim que chego, percebo que está cheio. Dou de ombros e pego a minha bolsa, desço e entro no bar.

Vejo algumas banquetas vazias em frente ao balcão e me sento. Pego o cardápio dando uma olhada nele e não posso me embebedar sendo que estou dirigindo, então escolho algo fraco.

__ Boa noite – eu escuto e levanto a cabeça dando de cara com o barman.

__ Boa noite – respondo educada.

__ Já escolheu? – assinto.

__ Número 18, por favor.

__ Algum acompanhamento?

__ Molho bechamel.

__ Em poucos minutos sairá – ele pisca sorrindo e se afasta. Fico observando o local e os meus olhos se prendem nos quadros.

__ Oi, vi que está sozinha – uma garota diz se sentando na banqueta ao lado da minha, apenas maneio com a cabeça – Se incomoda se eu te fizer companhia?

__ Não, tudo bem. Como se chama? – pergunto a analisando, ela é morena de olhos azuis. Bonita.

__ Sou Victória, e você? – ela estende a mão e eu a aperto.

__ Ivy.

__ Nome bonito – sorrio sem mostrar os dentes – Então, vem sempre aqui? – percebo que ela realmente quer conversar comigo e não vejo problema nisso.

__ Primeira vez.

__ A minha não, eu não aguentava mais ficar em casa – ela diz fazendo careta.

__ Eu vim pela música ao vivo, mas até agora não vi nada – murmuro olhando ao redor.

__ Ainda é cedo, daqui a pouco eles chegam e aqui vai ficar lotado.

__ Mais ainda? – pergunto assustada e ela assente.

__ Qual a sua idade?

__ Dezenove.

__ Eu tenho vinte e dois. Você parece ser mais velha apesar da cara de menininha – dou de ombros – Por que está sozinha?

__ Não há alguém que eu chamaria.

__ Todos os amigos namoram?

__ Eu não tenho amigos – ela me olha espantada.

__ Como não tem amigos? Eu vou ser a sua amiga, melhor amiga, estou te avisando.

__ Eu nem te conheço!

Venus Ivy (COMPLETO NA AMAZON) EBOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora