Cap 25

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Acordei com um anjo sorrindo pra mim, um anjo muito sexy por sinal.

___ Bom dia ___ falou sorrindo.

___ Já está sendo, sabe por quê? ___ exclamei a puxando pra cima de mim sentindo seus cabelos cairem pelo meu rosto.

___ Por quê? ___ perguntou ela sorrindo enquanto eu colocava seu cabelo atrás da orelha.

___ Porque eu acordei com a mulher mais linda do mundo ao meu lado ___ falei e em seguida dei um selinho nela.

___ Eu tenho reparado que você tá ficando romântico demais, carinhoso, educado, isso é bem incomum ___ falou ela com um meio sorriso.

___ Se você não quer que eu seja educado e romântico, tudo bem, eu volto a te apelidar e mal tratar, sem problema ___ falei dramatizando.

___ Não, não é isso, é que eu comecei a lembrar de como a gente era. Vivíamos brigando e discutindo por qualquer coisa ___ nós rimos ao lembrar ___ se alguém me dissesse que eu estaria com você nessa cama hoje, eu não acreditaria e provavelmente xingaria essa pessoa ___ falou sorrindo.

Nós ficamos na cama por algum tempo até criarmos coragem pra levantar. Decidimos voltar pra casa depois do almoço, ela ainda tinha que visitar a sepultura da mãe dela e eu também tenho que visitar a dos meus pais, mas a deles está em Londres então eu decidi que passaria lá quando eu fosse assinar os documentos da empresa.
O caminho de volta foi tranquilo, ficamos ouvindo e cantando músicas aleatórias que tocavam na rádio. Ela vestiu minha camisa e uma bermuda que eu levei, até que ela ficou engraçadinha com as minhas roupas.

___ Eu venho te buscar mais tarde e te levo até a sepultura da sua mãe ___ Estávamos na porta da casa dela. Ela concordou e me deu um beijo singelo de despedida. Depois de entrar eu fui até o carro, após entrar no mesmo eu fui em direção à minha casa. Quando cheguei lá o Jonny estava com a Dolores na cozinha, ela estava escorada na pia e o Jonny estava sentado em uma cadeira do outro lado do balcão, ambos estavam bem sorridentes.

___ Posso saber o motivo desses sorrisos tão luminosos? ___ perguntei passando pelo Jonny indo até a Dolores dando um beijo em sua bochecha.

___ O Menino Jonny estava me contando sobre a namorada dele ___ falou Dolores ainda sorrindo.

___ Namorada? ___ perguntei olhando Jonny que estava com um sorriso maior que o mundo.

___ Não é namorada, ainda ___ disse ele.

___ Espera aí, você e a Crystina? ___ excalmei e ele sorrio mais ainda. Eu não acredito que a Crystina conseguiu mesmo amarrar esse cara ___ Nossa, eu sabia que as mulheres tinham poder sobre os homens, mas não sabia que era tanto. Quer dizer que a Crystina te laçou ___ falei pondo a mão em seu ombro encarando o mesmo com um sorriso alegre.

___ Você não faz ideia. Mas tem uma coisa que tá me tirando o sono ___ falou cochichando. Mós olhamos pra Dolores que entendeu o recado e saiu da cozinha com as mãos pra cima em sinal de rendição.

___ Fala aí, oque tá rolando? ___ perguntei sentando no bando ao seu lado.

___ Você sabe que costumo pegar as garotas mais, experientes ___ eu concordei e ele prosseguiu ___ Bom, a Crystina é uma garota delicada e inocente, no quesito sexo, isso vai ser um problema pra nós dois ___ disse ele coçando a cabeça.

___ Tá, mas você só precisa ir devagar, com cautela. A Crystina é uma garota que precisa de carinho e muito cuidado, assim como toda mulher. Vocês vão aprender a lidar com essa situação juntos, apenas relaxe e converse com ela, vocês vão achar uma solução ___ ele concordou e sorrio aliviado.

___ Valeu irmão ___ disse e eu concordei ___ mas me fala de você e a Elizabeth, tá tudo bem?

___ No momento as coisas não poderiam estar melhores. Mas eu não sei exatamente como as coisas vão estar daqui a uma semana ___ falei com certa angústia.

___ Como assim? Do que você tá falando, ___ perguntou com preocupado.

___ Eu vou contar pra Elizabeth sobre aquela noite


# Elizabeth


Depois de um dia maravilhoso com o Ben. Eu acho que readquiri a força que precisava pra ir até o túmulo da minha mãe.

Quando entrei em casa vi algumas malas no chão da sala e estranhei, mas logo reconheci de quem elas eram.

___ Oque você tá fazendo aqui? ___ perguntei com frieza.

___ Eu só quero conversar com você jujubi.

___ Não me chama assim ___ falei o interrompendo ___ Você me deixou sozinha esse tempo todo. Depois que sai do hospital você sequer ligou pra saber se eu tava bem, que tipo de pessoa faz isso com a própria filha?

___ Eu ainda sou seu pai, então me respeite ___ falou se impondo.

___ Pra se ter respeito é preciso merecer e você não merece. Aposto que não veio aqui pra visitar o túmulo da mamãe ___ falei já sentindo um nó na garganta, olhar pra ele naquele momento só me dava mais raiva e angústia.

___ Você vai comigo pra Nova York ___ disse por fim.

___ Oque? ___ o olhei incrédula ___ Eu não vou a lugar algum

___ Você vai. Tenho muito trabalho por lá e você não pode ficar aqui sozinha por tanto tempo, por isso nós iremos nos mudar pra lá ___ Sem conseguir mais segurar, as lágrimas começaram a cair, não apenas pela tristeza mas também pela raiva.

___ Você já me deixou sozinha esse tempo todo, um pouco mais não vai fazer diferença ___ falei já indo em direção à saída.

Eu saí o mais rápido que pude. "Quem ele pensa que é pra chegar assim do nada e querer que eu vá morar com ele em Nova York?".
Por sorte eu estava com meu celular no bolso. Passei em frente a praça que fica perto do condomínio, sentei em um banco e chamei um uber. Eu precisava falar com o Ben.
Assim que o carro chegou eu entrei no mesmo e fui em direção a casa do Ben. Ao chegar, eu abri a porta e chamei por ele.

___ Ben?! ___ chamei adentrando a casa.

___ Oi menina Eliza, o Ben não está ___ Dolores respondeu vindo até mim. Ao perceber o meu estado ela ficou preocupada ___ Tá tudo bem?

___ Eu não sei ___ falei enxugando as lágrimas que insistiam em cair novamente ___ o Ben vai demorar muito?

___ Acho que não, o pai do menino Jonny recebeu alta do hospital e o menino Ben foi levá-lo até lá ___ falou se aproximando com cautela.

___ Então eu vou esperar no quarto dele, tudo bem? ___ perguntei enxugando as lágrimas.

___ Claro, se precisar de alguma coisa pode me chamar que eu vou correndo ____ falou sorrindo e concordei ___ tem certeza de que não quer conversar com a titia aqui? ___ perguntou com um sorriso atencioso.

___ Desculpa Dolores, mas eu preciso muito falar com Ben primeiro

___ Não me diga que você está grávida!? ___ exclamou com espanto pondo a mão na boca.

___ Não, não é nada disso Dolores ___ ela então suspirou em alívio pondo a mão no peito. Eu sorri. Dolores é uma senhora muito gentil, mas eu preciso falar com o Ben antes de qualquer outro. Eu conheço o meu pai, se ele realmente estiver obstinado a me levar pra Nova York, então eu não tenho escolha.

Subi até o quarto do Ben, adentrei o mesmo e fui até a cama. Eu estava cansada então me deitei e fiquei encarando a janela aberta; a brisa que passava, tocava meu rosto trazendo tranquilidade. Ao me aconchegar na cama, pude sentir o cheiro do Ben no travesseiro, isso me fez lembrar do dia incrível que tivemos juntos. Chega a ser interessante o fato de a pessoa que eu mais odiava, hoje ser a que mais amo.

Meu celular deu o alerta de bateria fraca, oque me fez sair de meus pensamentos. Eu então me levantei a procurar um carregador, e vi um em cima da cômoda, eu me aproximei e peguei o carregador, mas notei que eu lado do mesmo havia um envelope alaranjado. Eu então o peguei.

___ Será que é o contrato da empresa dos pais dele? ___ perguntei a mim mesma.

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