Cap 10

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Eu acordei sentindo algo em volta de mim, quando abri os olhos vi um braço pequeno e peludo agarrando a minha cintura, sem dúvida era o Ben. "Quem esse pirralho pensa que é pra ter esse tipo de intimidade comigo?". Eu me virei e então vi que o Ben estava acordado me olhando fixamente, eu não conseguia ler sua expressão, estávamos muito perto um do outro, pude perceber que ele estava com o cabelo todo bagunçado e até que ele fica fofo assim. Com esse pensamento eu acabei sorrindo involuntariamente e mordi o lábio tentando conter o mesmo.

___ A quanto tempo tá acordado? ___ perguntei enquanto ele me  encararavam ao mesmo tempo que eu me sentia sendo cada vez mais puxada para o fundo do mar azul que refletia nos seus olhos.

___ A pouco tempo __ Quando ele se pronunciou os meus olhos foram automaticamente para os lábios dele, eu não conseguia tirar os meus olhos daquele ponto específico, por mais que eu tentasse tirar o meu foco daqueles lábios, eu simplesmente não conseguia, ou talvez não quisesse.
Eu comecei a me enclinar pra mais perto dele e pude perceber que ele fazia o mesmo.

___ Pronta pra ir pra casa? ___ Brenda entrou no quarto com uma grande  animação, assim que viu a nossa situação ela se espantou porém continuou sorrindo ___ Desculpa, eu não queria atrapalhar, se você quiser que o doutor te dê alta depois ...

___ Não, não, não, eu quero sair desse lugar o quanto antes ___ falei me ajeitando na cama já ficando sentada na mesma. O Ben também se ajeitou e saiu da cama, ficou proximo a Brenda e tentou disfarçar a vergonha mas era evidente. A Brenda não conseguia parar de rir e isso só me deixava ainda mais desconfortável.

O doutor veio checar a minha perna, receitou alguns remédios e disse que quando eu tirasse o gesso eu teria que fazer alguns exames, depois disso ele me liberou. Eu tive que ser levada até aporta do hospital na cadeira-de-rodas e o Ben foi me empurrando até lá.

___ Estende os braços e põe eles em volta do meu pescoço ___ falou ele se abaixando.

___ Pra quê isso? ___ perguntei o encarando.

___ Se você não fizer isso vai ficar difícil pra eu te pegar ___ disse ele em um tom sedutor.

___ Me pegar? ___ essa frase me deixou um pouco nervosa, acho que pensei besteira. Ele sorrio ao notar minha vergonha.

___ Sim, te pegar, e te colocar dentro do carro ___ falou sorrindo. "Ele tá testando a minha paciência". Eu ergui os braços e passei pelo pescoço dele que pegou as minhas pernas com cuidado e me colocou no banco da frente do carro, ele aproximou seu rosto me encarando com seriedade e eu imediatamente prendi a respiração, ele puxou o sinto de segurança e o prendeu lentamente no encaixe me encarando com um sorriso de canto. Ele então se afastou e fechou a porta do carro, deu a volta e entrou no mesmo.

Ele ligou o carro, pôs o sinto e fomos em direção a minha casa. Ao chegarmos ele me carregou novamente até o meu quarto e me pôs na cama.

___ Obrigado ___ falei tentando me ajeitar na cama e ficar em uma posição confortável, ele pegou um traviseiro e colocou em baixo da minha perna.

___ Eu não vou poder ficar aqui hoje  então a Crystina se prontificou à ficar com você ja que ela mora aqui perto ___ disse ele ajeitando o travesseiro.

___ Eu já falei que não preciso de babá

___ De babá você realmente não precisa ___ falou ele indo até a porta ___ mas de ajuda, sim, você precisa ___ Ele fechou a porta e saiu.

Dois meses, esse é o tempo que eu vou ter que ficar com essa coisa na minha perna,"o que eu vou ficar fazendo nesse meio tempo e como é que eu vou pra escola? Eu não vou poder dirigir". Enquanto eu me perdia em meio a devaneios a porta do quarto foi aberta.

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