~C.1~

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Cate

-- Cate, não me desobedeça, você não vai a feira amanhã, olha só para seu estado! -- minha mãe aponta para mim, deitada na cama.

-- Mas, mãe! Você vai precisar da minha ajuda! -- insisto, ela não pode ir sozinha -- Não vai conseguir carregar as coisas.

-- Não se preocupe com isso, posso pedir ajuda para Fiona. E você está doente, nem pense que vai ir. -- sem mais nem menos ela dá as costas e sai do quarto.

Lá vai ela incomodar os outros.

Fiona é mãe de Catherine, que por acaso é minha melhor amiga.

Uns minutos depois, o sono me vêm e com isso acabo por dormir, amanhã será um longo dia.

•••

Eu estava na floresta de Farlane, ela está escura e coberta por neblina, minha cabeça dói, e dói muito, tanto por fora quanto por dentro.
Caminho dentre as árvores, mas logo paro quando ouço um grito de uma garotinha, ela grita e da risadas, mas logo para de rir e começa a chorar, ela grita de novo, ri de novo e chora mais uma vez, seu grito/risadas/choro ecoa por toda a floresta.
Logo mais afrente encontro um par de olhos azuis brilhantes, eles são enormes, logo acompanha por um sorriso inteiro azul igual aos olhos, logo se espalham pelo ar.
Estremeço, estou com medo, muito medo.
Mais afrente avisto uma mulher, não uma mulher qualquer, ela estava com um capuz branco, mas com a cabeça reta, seus cabelos loiros estavam a mostra, seus olhos amarelos me encaram, seguido por um sorriso, ela aponta para mim e logo em seguida caminha para dentro da floresta e some de minha vista.

°°°

Acordo com o barulho de porta no andar de baixo, minha mãe fala com alguém. Quem será a essa hora da tarde?
Olho para o relógio que está pendurado na parede acima da minha porta. 6:25 da tarde.

-- Amiga? -- Catherine coloca a cabeça pra dentro do quarto, minha mãe deve ter fechado a porta quando estava dormindo. -- Posso entrar? -- ela pergunta já entrando.

-- Já entrou mesmo. -- falo e sorrio, me ajeito na cama e ela fecha a porta, logo se senta aos meus pés -- Tudo bem? Qual o motivo da visita? -- pergunto e ela me olha se fingindo estar ofendida.

-- Nossa, não posso visitar mais minha melhor amiga? Credo. -- rio da careta que ela faz.

-- Claro que pode sua boba, mas me diga, com saudades ou só se sentiu com um peso nas costas por não me visitar?

-- Ai, para de ser chata, claro que eu tava com saudades! -- ela me olha e sorri.

Retribuo o sorriso.

-- Hum, pensei que já tinha esquecido sua amiga. -- faço um biquinho e ela solta uma risadinha.

-- Claro que não. -- ela deita ao meu lado de barriga para cima, fitando o teto. -- Ah lembrei -- ela apoia a cabeça na mão e me encara -- Temos uma próxima aventura...

Dou um sorriso, adoro nossas aventuras.

-- Mas, essa depende se você vai aceitar, ela é meio perigosa. -- ela volta a fitar o teto.

-- Então fala logo.... -- encaro o teto também.

-- Eu estava pensando em ir a floresta... -- arregalo os olhos e a encaro -- Mas estou com medo do que possamos encontrar lá... - a interrompo.

-- Você tá louca? -- quase grito e é a vez dela arregalar os olhos -- Você sabe o quanto é perigoso!

-- Eu sei! Mas queria saber se as lendas são reais... -- fala um pouco triste por eu achar a ideia absurda.

-- Catherine, lendas são lendas! Não existem, as pessoas falam para nos assustar e não chegar perto daquele lugar.

-- Eu sei disso, mas eu queria tanto! Por favor vamos! -- ela me olha e junta as mãos.

-- Não Catherine, nós não vamos quebrar as regras. -- minha voz sai mais ríspida.

Que e idéia mais absurda de quebrar as regras, além de quebrar as regras, nós corremos o grande risco de desaparecer ou mesmo se perder, se duvidar, podemos até morrer!

Continuamos em um silêncio constrangedor até ela o quebrar suspirando.

-- Okay. -- ela simplesmente diz, solto um suspiro de alívio -- Se você não for comigo, eu mesma vou sozinha -- ela levanta da cama.

-- OQUE? -- me dou conta do que ela disse, arregalo os olhos e levanto também.

-- Isso mesmo que você ouviu! Se você não vai, eu vou sozinha. -- ela cruza os braços, levanta uma sombrancelha e me encara.

Ela me olha com um olhar desafiador. Ah, ela está me desafiando.

-- Você não está falando sério. -- afirmo e ela cemi-cerra os olhos.

-- Tô sim. Se fosse você, não duvidaria...

Capaz que eu ia deixar ela ir sozinha! Aff, odeio quando ela joga seus truques.

Suspiro derrotada, no final eu sempre cedo. Oh céus, quando vou conseguir ser dura o suficiente para dizer um não?!

-- Okay, Okay. Eu vou junto -- ela descruza os braços e sorri, logo ela está saltitando pelo quarto -- Maass... -- ela para e revira os olhos, escuto ela resmungar "Aff, felicidade de pobre dura pouco!", apenas rio -- Se acontecer alguma coisa, qualquer coisinha, você tem a culpa de tudo.

Ela revira os olhos mais uma vez.

-- Aff, tá bom! -- sorri -- Agora, você volta para cama que você tem que melhorar até domingo. -- ela me empurra para a cama.

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2019 ⏰

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