No Êxtase da Libertação.

Prólogo - Bruce Norton.

SENTIMENTOS

Meus olhos estavam turvos e as lágrimas enchiam minha face, a dor que eu sentia no meu coração só reforçava que as últimas vinte e quatro horas da minha vida foram realmente verdadeiras, e que a cada momento que eu fechava meus olhos a imagem de Catherine estirada ao chão e o sangue minando para a relva baixa fazia meu mundo girar instantaneamente.

Isso e só mais um ponto que mostra o quão egoísta eu pude ser, levando ela para a luxúria dos cassinos, deixando que os inimigos chegassem tão próximos de nós, abalando nosso paraíso, levando nosso mundo a um estado de calamidade destruidor tanto para mim quanto para ela.

Eu estava deitado em sua cama no seu  apartamento, mesmo com a reforma suas roupas de cama ainda tinham seu cheiro doce e único, eu inalava profundamente, e sussurrei para o escuro:

Eu te amo Catherine, fique viva por mim.
Eu te amo Catherine, fique viva por mim.

Meu coração se acelera a cada vez que eu pronuncio, e uma nova onda de dor e angustia me toma.

Mais uma vez sussurro meu mantra, fecho meus olhos e me entrego nas memórias para relembrar nossos bons momentos, em minha mente eu ainda ouço sua risada sinto o calor do seu corpo em meus braços.

Nesse espaço de tempo que estamos juntos ela demonstrou para e eu demonstrei para ela que estamos unidos e vivemos um pelo outro, a chama que foi acesa entre nós não pode ser apagada – eu rolo um pouco na cama – Sentindo seu cheiro maravilhoso, nossa vida estava entrelaçada de todas as maneiras que eram possíveis, havíamos nos entregado verdadeiramente para vivermos um amor intenso e único, que se superava a cada dia e a cada momento se descobria mais forte.

Deduzi que não poderia viver em um mundo sem Catherine, eu era dependente dela e creio que eu tenha o mesmo efeito sobre ela, eu só podia enxergar um futuro ao seu lado, porque dentre do as coisas meu futuro era ela, algo predestinado pela vida, escrito nas estrelas.

Nesse momento eu sou um homem dono de um amor capaz de circundar todo o mundo e ainda há de faltar espaço, eu sei que errei ao deixá-la tão vulnerável, mais nada seria capaz de nos abalar, eu sinto toda vez que aperto sua mão, que ela responde a minha presença, somos corpos conectados projetados um para o outro.

 O Amor nos leva a isso, a uma dependência irrevogável, porém o amor também lhe traz algo além dessa dependência, o amor lhe traz um renascimento, e neste momento eu estaria pronto para me libertar de tudo que me atrapalhasse a seguir a minha vida, ao lado da minha mulher, estava na hora de construirmos uma família.