Se dissesse que nenhum dos dois ficou pensando no, digamos encontro, seria uma mentira, eles ficaram pensando, mais do que deviam, e ainda ficavam repetindo "Eu posso ser amiga dele!" e "Eu posso ser amigo dela!". Eles sentiram algo no início, negaram, ficaram amigos e queriam que funcionasse, mas todos sabem, DESTINO É DESTINO!
Jonathan só iria começar a trabalhar na segunda-feira, e ainda era quinta, haveria um bom tempo ainda, assim ele ficou em casa, relaxou, pensou em quem não devia, saiu, pensou e pensou, ele queria ligar para ela desde de manhã, mas não queria assusta-lá, então esperaria até de noite, ele tinha planos, um bom plano para os dois, "Como amigos, como amigos!" ele repetia em sua cabeça.
Luna fez sua rotina do dia, acordou, "arrumou a casa", saiu para escola, deu uma tonelada de informação para sua amiga, contou tudo, cada pedacinho de sua noite, mas vocês sabem como são as amigas, elas olham para você com aquela cara, que só Deus sabe decifrar e diz "Ele esta afim de você! Porque você não aproveitou!? Ele é gatinho!?". E isto só piorou a situação de Luna, que tentava esquecer, tentava ser amiga, tentava se proteger, e evidentemente ela já estava vendo que não ia conseguir ir muito longe.
O dia quase passou voando para os dois, ambos de caso secreto com o celular, o olhavam a cada minuto, para ver se havia uma mensagem, chamada, ou sinal de vida. Era agonizante. Chegando ao final da tarde, Jonathan resolveu que já não podia esperar mais.
Luna estava cozinhando uns biscoitinhos de chocolate que ela amava e sua avó a ensinou, a ajudava relaxar e se distrair, tinham acabado de assar, só faltava tirar da forma. Quando seu celular tocou, ela largou tudo, forma, biscoitos e já ia saindo correndo, quando por uma distração encostou o pulso na forma e sentiu tudo ficar quente, dolorido, vermelho e ardente.
"Puta merda!" - Ela gritou sem perceber que já tinha apertado à chamada do celular - "Desculpe, É... Não é culpa sua!".
Jonathan ficou tenso por um momento do outro lado da linha, tentando entender - "Aconteceu alguma coisa? Estou atrapalhando?".
"Não... Não é culpa sua, e sim aconteceu, me distrai com a forma de biscoitos que acabei de tirar do forno e me queimei feio no pulso quando fui atender o celular... Nada demais!". Uma grande mentira, ela estava segurando para não gritar enquanto jogava água fria no braço.
"Nenhuma queimadura é nada demais, e ouço por sua voz que está doendo, e que você esta lutando contra. Não minta para mim que odeio mentiras, me diga como está Luna?" - Era um tom de autoridade, mas de certo modo suave.
"Você tem que parar com essa leitura de mente" - Ela tentou desviar do assunto.
"Estou indo aí, já que você não vai falar, vou ver por mim mesmo! 10 minutos...".
Gritando assustada com a presença dele em sua casa e sua reação ao ver a queimadura, ela exclamou - "NÃO! Não precisa! Estou bem, pode ficar aí" - Mal sabia que ele já estava a caminho.
"Oh baby, vou passar em uma farmácia no caminho, e já chego, deixe a porta aberta e não coloque nenhuma dessas besteiras caseiras que dizem ajudar, eu vou estar ai em 9 minutos agora!".
Luna não teve nem tempo de argumentar, falar que já tinha um remédio, que estava bem e que não precisava, pois ele desligou rápido e não deu tempo para isso. O que restou? Ela sentou-se no sofá com uma toalha, gelo e a porta destrancada esperando.
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Um Presente para Nós (DEGUSTAÇÃO)
RomanceUm clichê apaixonante. Ele, um advogado frustrado com a vida que resolve largar tudo e seguir seu sonho. Ela, uma garota sozinha no mundo querendo dar a volta por cima e crescer na vida. O destino junta os dois em uma comemoração solitária. O desti...