Cap. 8 - Um Bom Dia

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Jonathan e Luna dormiram tranquilamente à noite, nem um movimento impróprio, nenhum peso na consciência. Somente estavam cansados e relaxaram. Eles não iriam admitir, mas fora a melhor noite de suas vidas, ele, sem a pressão que sempre pairava em sua cabeça, e ela, esquecendo que algum dia já teve problemas.

Já se passavam das 10 horas de sábado. A luz iluminava e brilhava no quarto, refletindo o emaranhado de pernas e braços em torno de lençóis. Jonathan com seu esculpido peito descoberto e os lençóis repousando em seu quadril, Luna virada para Jonathan deitada em seu braço musculoso.

Poucos minutos passaram e Jonathan acordou, vagarosamente abriu os olhos, desejando que não tivesse sido apenas um sonho, tal desejo, mostrou-se real, ao abrir os olhos e ver Luna relaxada dormindo em seus braços, queria puxá-la para seu peito, abraçá-la, manter-se por perto, mas não seria nas palavras dela "civilizado", o que ele apenas pode fazer foi esperar a melhor oportunidade que tivesse para sair da cama sem acordá-la.

Jonathan não queria que se assustasse com sua presença, ele explicaria quando ela acordasse. Até lá, faria o café.

Luna não demorou muito para acordar, maravilhosamente bem ela acordou, levantou-se da cama, foi no banheiro, tirou a camiseta e a calça de ontem, abriu a janela e deixou a luz entrar, indo se preparar para um banho. Por alguns minutos ela achou que foi tudo um sonho e um sonho muito bom. Mas foi por alguns minutos. Quando olhou para o braço queimado, os travesseiros desarrumados. Caiu a ficha. Mas para ter ainda mais certeza ela sentiu o cheiro de Jonathan em sua cama. "Merda!" – Ela falou baixinho.

"Bom dia para você também Baby!" – Encostado no batente da porta, ele ficou tentado pela visão dela pela manhã e estava com um sorriso de menino no rosto o que só piorou a situação.

"Você está aqui! Não foi um sonho! E ainda sem camisa!" – Luna falou com desespero, querendo uma explicação, mas com medo de qual poderia ser. Percebendo que estava só de calcinha e sutiã na frente de um quase estranho ela tentou rapidamente se cobrir, mas era pouca mão para muita pele.

Eles ficaram por um momento em silêncio se olhando, ele embevecido na imagem dela de lingerie em sua frente, e ela, não muito diferente, contemplando seus músculos e peito.

Saindo de seu frenesi Jonathan começou – "Sinto muito... Não queria constrange-la, ou insinuar qualquer coisa, ou te desrespeitar sei lá, não sabia que você estava assim..." – Ele não pode não passar os olhos por seu corpo e respirar um pouco um tanto alto – "Eu juro que só vim pegar minha camisa, eu me dei conta agora que estava sem, e que era melhor colocá-la... Sinto muito mesmo, não teria entrado se soubesse que estaria assim Luna..." – Buscando outra respiração – "Deusss... Isso é loucoooo...".

Luna quase conseguiu um sorriso pela declaração dele e em como ela percebeu a sinceridade em sua voz, ela estava nervosa, mas não era algo para surtar, já que ela já se lembrara da noite passada – "Não... É... Eu me esqueci completamente de ontem e tudo. Só esqueci..." – Suspirando – "Nossa eu esqueci... Eu ia tomar banho, e você aqui, e... Sem camisa... Eu aqui assim!" – Outro suspiro – "Eu vou tomar meu banho antes que esta situação fique pior!" – Ela girou rápido indo em direção ao banheiro, e Jonathan pode pegar um vislumbre de sua bunda. Ele suspirou. Mas foi alto... E ela pode ouvir...

"Nosssaaaa... Nem vou perguntar!" – Ela bufou entrando no banheiro.

Ela apenas trancou a porta indo esquecer tudo com uma água fria, nem mesmo queria pensar.

E ele soltou outro suspiro, afirmando para si a mesma frase de sempre "Amizade cara, se controle, não estrague tudo!". Voltando para a cozinha Jonathan sentou-se no balcão com sua xícara de café e seus pensamentos longe, esperando por ela, já até imaginado sendo mandado embora e xingado, ele sabia que Luna não era como as outras que se jogavam em cima dele e babavam em sua beleza, ele sabia que Luna tinha uma inocência e que não via a gravidade nas coisas simples, ele sabia que estava errado acima de tudo, e isto o perturbava, porque mesmo sendo um tanto quanto safado, Jonathan era um homem íntegro e sério.

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