Benedict Walker: A Vila do Lobo

Capítulo 2: Uma Prosa Inquietante

Ali sentados naquela cozinha estavam os três. Então o xerife Thomas decide iniciar uma prosa, com a pergunta que todos os moradores da cidadezinha pacata, queriam ter a resposta.
"- Meu jovem, o que lhe aconteceu?" E mostrando o dente que o Doutor retirara das costas do rapaz, dente este cuja a fera  que quase dera um fim a vida do rapaz, viu novamente o rapaz ficar gélido, pálido como se não houvesse uma gota de sangue em suas veias.
"- Rapaz, você está bem?" Perguntara o Doutor Robertson ao garoto, vendo a face assombrada do jovem rapaz loiro, com os olhos arregalados e suas pupilas dilatadas, tirando o verde de seus olhos e dando lugar ao negro de suas pupilas.
"- Rapaz!Rapaz!" Gritou o xerife também preocupado.
"- Jack, ele está entrando em estado de choque!" Diz o Doutor ao Seu velho amigo.
"- Vamos levá-lo para meu bangalô, lá eu posso ajuda-lo." Falou o Doutor preocupado com o jovem Benedict.
O xerife então levanta-se da cadeira e vai até o outro lado da mesa, onde Benedict sentado estava; toca o garoto, e este dá um pulo empurrando a mesa.
"- Meu Deus, era um monstro abominável." Fala o garoto em tom de espanto, e inquieto.
"- Acalma-te Rapaz." Fala o Doutor querendo acalmar o garoto.
O jovem então se acalma, vendo que está seguro naquele local, e senta-se novamente.

Com o passar das Horas, depois de ter se acalmado, o rapaz contara o que tinha acontecido, a ambos, tanto ao Doutor quanto ao Xerife.
Já era noite quando saíram da casa do Médico, estava escuro. O Xerife e o Doutor não acreditam na história do Jovem, que uma fera dessa maneira poderia existir, e mesmo que existisse, seria impossível outra criatura viva a não ser um ser humano correr em pé ou em sua patas.
Na varanda Benedict retira 100$ dólares trocados em notas de 50$ de sua calça, leva ele em direção do Doutor e do Xerife.
"- Se não der para pagar pela ajuda e hospitalidade, eu poderia pela manhã ir ao banco local e fazer uma retirada de minha conta." Falou o rapaz a ambos.
"- Meu Jovem, Deus ajuda quem não busca nada em troca." Diz o xerife.
"- Cowboy, você estava quase morto, meu pagamento é sua vida estar salva." Diz o Doutor que salvara o garoto da morte.
O jovem Benedict então agradece, e diz: "- Serei grato a vocês pelo resto de minha vida. Muito obrigado mesmo. Os senhores poderiam me indicar uma pousada, para que eu possa passar a noite?"
O Doutor então em tom de rigidez fala ao garoto: "- Meu jovem, que conversa de pousada é essa? Você ainda está em fase de recuperação. Você vai ficar comigo o tempo necessário. Fique o tempo que necessitar, minha casa é muito grande e tem muitos quartos, e só moramos eu e minha esposa, a casa fica muito fazia. Pode se sentir a vontade."
O jovem olha para os dois e diz: "- É de bom grado mas não posso aceitar."
O xerife olha para o rapaz e fala:"- Meu jovem, a pousada mais próxima está lotada, se quiser posso lhe oferecer passar a noite na cadeia municipal comigo. Hahaha." Rindo em tom de ironia o xerife completa: "- Mas acho que você não aguentaria passar a noite com aquele velho rabugento e vadio, que é meu hóspede principal."
"- O Javier? Hahahaha" Pergunta o Doutor quase que faltando o ar de tanto rir.
"- Sim. Hahaha."
O Jovem Cowboy então olha para os dois e dá um leve sorriso dizendo:"- Se é assim, e esse tal de Javier é tão irritante, eu aceito, mas, sobre condição de pagar pela minha hospedagem e já que não aceitam meu dinheiro, quero pagar com serviços."
"- Bem meu jovem, Serviços é o que não faltam no meu bangalô de enfermagem." Diz o Doutor.
"- Bem sendo assim, estamos combinados, preciso ir para a cadeia e esticar minhas pernas. Boa Noite rapaz e melhoras, Boa noite, Velho Amigo, Nos veremos amanhã." Diz o xerife que monta em seu cavalo e vai em direção a cadeia municipal.
"- Boa noite, e obrigado xerife." Grita o jovem Benedict.
"- Boa noite, Seu velho Raquítico." Fala o Doutor dando uma risada irônica.
"- Entremos meu jovem, você vai conhecer minha senhora. Vamos Jantar e vamos dormir. Amanhã é um longo dia." Diz o Doutor.
"- Então vamos, e mais uma vez, Obrigado." Fala o Cowboy para o Médico.

Ambos adentram a casa do Doutor fechando a porta, e a noite iluminada pelo luar, deixando o silêncio bater na velha e pequena Vila da Montanha Uivante.

Fim do Segundo Capítulo.