Jaeger

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Ano 850

Era para ser só mais uma operação de limpeza nos arredores das antigas ruínas da Muralha Maria, mas os titãs estavam com um comportamento errático, fora do padrão e por isso as baixas estavam além do esperado. Levi chega a tempo de ver mais um de seus soldados a agonizar, estavam com ele Petra, Gunther, Oluo e Erd. Ao longe Lara, Hanji e Moblit estavam tendo alguma dificuldade para lidar com um anormal, era difícil saber se a dificuldade estava na natureza do Titã ou no entusiasmo da Líder de pelotão ao ver aquele espécime rara.

– Lali! Não finalize ele agora, ainda preciso fazer mais algumas observações sobre o comportamento. – Hanji pediu quase babando. Depois da criatura quase pegar Moblit pela segunda vez, Lara decidiu não ouvir mais a mulher.

– Tch! – falou após desferir o giro mortal contra a nuca do Titã, dando um estalo aborrecido com a língua continua. – Sinto muito líder, mas estamos sem tempo para essas merdas e as movimentações estão muito estranhas.

– Nãooooooo ele era tão perfeito! – Hanji falava dramática com os olhos marejados.

– Líder, não podemos ser tão imprudentes! – repreendeu Moblit igualmente aborrecido.

– Não vejo o meu esquadrão – falou Lara já em cima do telhado a fim de ter uma melhor visão, mordendo o lábio inferior em sinal de preocupação.

– O comandante está vindo e a cara dele não está nada boa. – Compartilhou Nanaba aterrissando ao lado da outra. Rapidamente pode avistar a cabeleira loira de Erwin.

– Peguem os cavalos e me sigam, precisamos nos encontrar com o restante e reagrupar. – Ordenou o comandante com algo na voz que Lara não sabia ao certo, mas lhe deu calafrios.

Aos poucos durante o caminho foram achando o restante da tropa e finalmente chegaram onde estava Levi e o restante.

– Levi, vamos bater em retirada. Agora. – Sentenciou Ervin para seu capitão.

– O que?! Não podemos! Começamos e vamos até o fim ou você pretende que meus homens tenham morrido à toa? – esbravejou Levi em revolta.

– Os Titãs estão indo em direção a cidade, exatamente como há cinco anos atrás. – Erwin comunicou para que os demais entendessem a gravidade da situação, o que funcionou, pois, rapidamente o pânico e a preocupação espalhou-se em todos os presentes.

Portão de Trost

Quente muito quente, pesado tão pesado que achou que iria esmagar seus ossos, mas parar agora estava fora de questão. Tudo agora dependia dele, a pedra que carregava não pesava tanto quanto a responsabilidade que tinha em suas mãos, era só fracassar que a humanidade deixaria de existir. Não há margem para erros. No chão parecendo tão pequenos e frágeis podia ver seus amigos lutarem com bravura para abrir caminho a fim de que nada lhe atrapalhasse, aquilo era a força final que precisava, uma carga de adrenalina percorreu e suas veias impulsionado-lhe seguir com o propósito e, com o resto de suas forças jogou o enorme pedregulho assim selando o portão de Trost.

Tombou com tudo, aquele corpo gigante e caído já não lhe obedecia mais. O extremo calor continuava, mas dessa vez acompanhado por uma imensa letargia que ameaçava mergulhar na inconsciência.

- Eren! – uma brisa fria tocou seu rosto e respirando meio engasgado em alívio pode ver seu melhor amigo que tentava lhe tirar daquela estrutura de carne que já se desfazia.

- Armin? – respondeu o moreno com a voz arrastada e os olhos entreabertos.

- Sim, sou eu. – disse o loirinho com um sorriso e olhos brilhantes de lágrimas.

Laços - Ereri | Riren | EruriOnde histórias criam vida. Descubra agora