- Vamos, Lucas, precisamos continuar...
- Sim senhora, já está tudo pronto. Vamos lá.
E assim entramos em mais uma memória...
- Normani? - Ela sai do quarto, onde iniciou a memória e desce até a sala. A seguimos.
Chegamos no escritório, onde Dinah encontra a Normani...
- Você saiu para cortar o cabelo cedo assim? O que está fazendo aí? - Dinah pergunta a Normani.
- Coelhos. Você viu o coelho que deixei pra você?
- Vi.
- Me fale sobre aquele coelho.
- Hein?
- Descreva o coelho.
- ... Hum, era amarelo.
- O que mais?
- Meio gordinho.
- E?
- Bom... É só um origami de coelho. Não sei mais o que descrever.- Ela fecha os olhos um pouco, e logo depois volta a me ignorar.- ... Você está agindo estranho, Normani. Tem alguma coisa errada? Mani?
Ela apenas ignora Dinah e volta a fazer seus coelhos de papel, concentrada.
- Não sei quanto a você, Ally, mas estou sentindo um dé jà vu reverso.
- Eu acho que sei qual a doença dela, mas isso aqui é bem estranho, mesmo se for o caso.
- Você acha que ela tem...?
- Você acha? - Trocamos olhares.
- ... Talvez. Quem sabe? Mas como você disse, nossa cliente não é ela. Vamos resolver logo o que vai pagar nosso salário.
- Então, este foi o dia que ela começou a fazer o coelhos?
- Acho que sim... Preparada para voltar um pouco mais no passado?
- Sempre.
E então, o ornitorrinco de pelúcia que estava na mesa onde Normani estava fazendo os coelhos nos levou para uma memória ainda mais antiga.
Esta, nos levou para uma estrada onde o ornitorrinco que nos trouxe até aqui estava dentro de um carro azul. Caminhamos por ali e percebemos que estávamos no mesmo lugar onde a casa de Normani e Dinah estava construída. Mas não tem nada aqui.
- A casa ficava aqui, não é? - Pergunto ao Lucas.
- A casa que nunca deveria ter existido.
- Sério, qual é a atração que as pessoas têm por lugares altamente perigosos?
Caminhamos para cima, achando a montanha de onde dava para ver o farol, lá estavam Dinah e Normani, sentadas no banco. Está noite e o farol está funcionando ainda e ao que parece, eles estão na metade da vida adulta.
- Foi por isso que você se aproximou de mim? - Normani pergunta a Dinah, que olha para frente um pouco perdida.
- Foi.
- E agora?
- Acho que é só uma parte de tudo. Olha, isso faz muito tempo, Mani. Não... Não faz muita diferença agora, mas a Mila pediu pra que eu te contasse a verdade. Eu não devia ter estragado a memória do nosso primeiro encontro assim.
Normani não diz nada, olha para os lados, ignorando o que diz. Sai do banco que está sentada e pega uma pedra no chão. Dinah a observa confusa e pergunta:
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To The Moon - Norminah version
RomanceAlly e Lucas trabalham em um lugar que realizam desejos. Mas não é qualquer desejo e não é em qualquer pessoa. São desejos que podem ser realizados apenas na memória de uma pessoa em leito de morte, no caso, uma pessoa bem idosa. Então eles são cham...