3. Como faz para não me iludir?

2.6K 346 11
                                    

Hello, hello!

Boa leitura!
[18.03.20]

1.021 palavras

*-*

JIMIN

Sentei-me alarmado.

Senti uma leve tontura, pela minha tentativa imediata de levantar e fechei os olhos por conta da luz forte.

Depois, de modo mais devagar, os abri novamente.

— Jimin? Jimin, você está conseguindo me ouvir? — senti algo ser colocando sobre meu nariz e boca, aspirando um ar gelado e assim entendendo que era um aparelho respiratório.

Fechei os olhos de novo.

Deviam ser umas 03 horas da manhã quando parei de dançar. Eu estava ficando seriamente tonto, sentindo a conhecida fraqueza junto a uma agonia nos músculos e a boca seca.

Desliguei o som, após ouvi passos distantes, pois fiquei preocupado com alguém querer me levar ao hospital, no entanto, claramente não tinha feito diferença já que, horas depois, lá estava eu naquelas condições novamente.

Respirei fundo.

Lembro de ter pego uma garrafa de água, mas o líquido só me deixou mais tonto e ofegante. Sentei no chão, tentando regular a respiração e, então, me arrastei até a parede, forçando-me a segurar a consciência, pois meu corpo todo tremia, como se fosse colapsar de vez.

Um embrulhar no estômago quase me fez vomitar a pouca comida que eu havia ingerido durante o dia e tentei erguer a cabeça. Minhas pernas pesavam, me causando uma horrível necessidade de me esticar.

Era nesses momentos, em que meu corpo entrava em total estado de alerta, que eu ficava com medo de acontecer algo ruim e irreversível.

Escorreguei pela parede até ficar deitado e pressionei meus olhos, desesperado para pelo menos controlar a respiração.

Peguei uma balinha perdida no bolso do short, a puxando com dificuldade, abrindo a embalagem com os dentes e a colocando na boca com a esperança de que a pequena dose de açúcar me fizesse ficar estável o suficiente para ao menos sair dali.

Deixei o doce ser dissolvido, tentando manter a calma e, felizmente, logo senti meus batimentos cardíacos mais calmos, o cérebro não tão nublado.

Cerca de uns três minutos depois, eu ainda não sentia que minhas pernas estavam prontas para me erguer, mas ouvi passos de novo e entrei em pânico, me virando de lado.

Ouvi a voz de Jungkook me chamando e, de repente, não soube se ficava aliviado ou surtava de vez. Não ia receber sermões nível Jung Hoseok, mas tinha questões mais profundas com relação ao mais novo.

Questões sérias, como o fato de que ele estava tornando impossível eu esquecer minha paixão inconveniente.

Depois da conversa, sobre nosso desentendimento, eu havia reunido esperanças de que algo mudaria em mim, ele tinha deixado claro que me via como um irmão mais velho, tinha se desculpado pela falta de respeito e eu reconheci erros da minha parte.

Discutir com ele me deixara pior do que saber que existiam sentimentos indevidos em mim e como o tempo afastado havia se provado inefetivo, nada melhor do que me esforçar para manter uma relação saudável.

O que teria sido perfeito, se ele não tivesse decidido ser mais afetuoso.

Jungkook estava, completamente, disposto a não deixar nossa relação se quebrar outra vez, chegou a me falar com todas as letras que minha companhia o deixava feliz e isso, claro, mexeu comigo, muito mais do que o recomendado.

A cena parecia até repetida, ele sendo o lado insistente, mas fugir não era mais uma opção, então eu recorria ao velho truque de ri e fazer graça da situação.

Exatamente como fiz deitado no chão daquela sala de dança, ri e me mantive descontraído até estar deitado num colchonete, segurando com toda força um grito de desespero.

Expirei com pesar, tirei o aparelho do meu rosto e segurei a mão de quem quer que fosse ali do meu lado. Concentrei-me em puxar o ar para dentro de meus pulmões e o soltei devagar.

— Jimin?

— Eu estou bem. — foi a primeira coisa que eu disse ao ver tantos olhos voltados a mim.

Ouvi suspiros de alívio e um dos dois paramédicos que estavam ao meu lado, pós um estetoscópio sobre meu peito, checando os batimentos cardíacos e outros sinais.

— Tem certeza? Você perdeu a consciência por um segundo.

— Eu estou bem. — repeti, negando para mim mesmo a leve tortura que sentia.

Depois com ajuda me ergui do colchão, o qual estava deitado e no segundo seguinte, Hoseok entrou na sala, parecendo jogar ao chão uma mala muito pesada ao me ver de pé.

— Você-

— Eu dou conta de fazer o show. – respondi antes que perguntasse. Ele se aproximou, massageando meus ombros de leve e me guiando para fora.

— Tem total certeza disso?

— Claro, hyung. — sentei-me na cadeira próxima a sua, recebendo olhares aliviados do resto do time e aguentando um Taehyung muito nervoso, prestes a me obrigar a ir para casa.

Já com a maquiagem sendo retocada, bebi uma garrafa de água, intercalando com exercícios para controlar minha respiração e olhei através do espelho para Jungkook, que conversava ao canto com Namjoon.

Pude entender que falavam de mim e que Namjoon dizia algo sobre não esperar que sempre tomem a decisão certa. Sem dúvidas, se referindo a minha liberação para o show e com certeza me incluindo no pacote por eu ter dito que dava conta, quando ainda estava tentando me pôr em equilíbrio.

No entanto, por estar focado demais no maeknae, eu decidi não me preocupar com isso, a cada dia passado qualquer coisa que não fosse aquele sentimento me consumindo por dentro, parecia ser insignificantemente pequena.

*-*

Votem e comentem se possível, obrigado por ler!

Beijos!

Beijos!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
When Love Comes | Jikook [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora