Kapitel zwei

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Heeeeey, voltei \o/

Eu ia atualizar so amanhã de manhã, porém eu sei que vou acabar me enrolando e esquecendo, então... aqui estou eu!

Obrigada por TODOS os comentários e também pela forma interessante como vocês reagiram, principalmente por gostarem da minha pequena aula de história kkkkkkkkkk vocês são demais. Espero que gostem desse capítulo também e saibam que, as coisas vão ser tratadas aqui da forma mais fiel e necessária possível. Infelizmente muitas coisas aqui aconteceram e logo logo vocês vão começar a entender. 

Já peço até desculpa por certas cenas (não são pesadas, apenas tristes)

Boa leitura e bons surtos!

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Lena pode visualizar o letreiro dos Campos de Marte assim que Elka virou à direita na estrada de terra que cortava uma enorme floresta. Podia sentir o cheiro de terra molhada, de grama cortada e também de resquícios de cinzas. O campo de Auschwitz não ficava tão distante e ainda era o maior da de toda a Polônia. Não sabia muito sobre outros, porém já havia escutado seu pai comentar sobre pequenos campos na Alemanha e mais ao norte do território polonês. Seu olhar se voltou para os laboratórios que ficavam ao fundo, escondidos atrás dos grandes muros de um lugar que tinha chaminés. A Luthor imaginou que fosse ali que fizessem as fogueiras, queimando algo que ela não fazia ideia do que era. Ou do que poderia ser. Dois militares fizeram o carro parar na entrada. A brisa úmida e fria fazia com que eles usassem casacos não tão grossos e tivesse seus rostos cobertos por uma fina camada de suor.

Do lado de dentro, várias casinhas ficavam dispostas uma ao lado da outra, em fileiras bem organizadas e milimetricamente posicionadas. Haviam dois prédios maiores, um com as chaminés e o outro que estava com as duas portas grandes trancadas. A lama se misturava com a sujeira, alguns sacos de lixo estavam amontoados nos cantos e exalavam um cheiro forte. Lena tapou o nariz e segurou a ânsia de vômito, agachando no colo de Annika e esperando Elka terminar de mostrar a autorização — que foi assinada por um responsável que, na verdade, era cúmplice daquele grupo de mulheres. Assim que passaram pelo portão principal, os dois carros estacionaram próximos a área onde os prisioneiros eram obrigados a trabalhar. O serviço era totalmente braçal e sem sentido. Na verdade, era só uma forma de mantê-los ocupados e sob controle.

Elka e Annika ajudaram as outras meninas a descarregarem o carro, enquanto observavam um outro grupo chegar. Irene explicou a mais nova nova integrante que todas agiam pelo mesmo propósito, mas que tinham trabalhos diferentes.

Em pouco tempo, vários prisioneiros dos Campos de Marte foram aparecendo. Um a um, se aproximando cautelosamente e um pouco tímidos com a presença das mulheres. Elas já eram conhecidas, no entanto entendiam o receio deles.

— Tente não olhar demais, okay? — Annika pediu a Lena, que ajudava a organizar as ataduras sobre mesinha de madeira — e não precisa ficar com medo.

— Porque eu teria medo? — arqueou a sobrancelha — o que eles...

Ao virar-se para frente, encontrou uma figura completamente diferente do que esperava. O homem não tinha fisionomia humana, muito pelo contrário. Nada nele parecia humano, ou normal. A menina engoliu seco e deu alguns passos para trás, esbarrando numa das caixas e derrubando as garrafas de álcool no chão. Ela o encarou incisivamente, sem nunca desviar o olhar e deixar de notar como, mesmo no escuro, sua pele era verde. Como as folhas nas árvores. Como seus olhos. Aliás, o homem tinha olhos vermelhos e orelhas pontudas, assim como o que parecia ser chifres que estavam ligados a pele da cabeça. O medo do desconhecido escalou sua garganta com pressa e suas mãos suaram frio, deixando-a completamente sem reação.

Feld von MarsOnde histórias criam vida. Descubra agora