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Minha mente estava conturbada.

Pelo menos devia estar.

Eu pensava nos meus problemas do trabalho, nos meus problemas familiares, no Holly, nas minhas plantas, no transito, no tempo...

Até eu entrar no metrô.

Essa era a minha rotina.

Após uma semana eu já havia gravado a estação em que ele sobe. Duas após a minha. As vezes ele sentava ao meu lado, mas era raro.

Eu não sei em qual estação ele desce, no entanto, já que eu desço antes.

Todo dia em que ele entrava por aquelas portas, minha cabeça se esvaziava. Eu deixava de pensar nos meus problemas e me perguntava como ele estava, o que ele havia feito, se ele havia tomado café.... esse tipo de coisa.

E, quando ele não entrava, eu me perguntava se ele estava bem, se havia ficado doente ou havia tido algum problema.

Eu nunca tive coragem de perguntar nada disso a ele.

Passageiro | Th × YgOnde histórias criam vida. Descubra agora