O sangue do Negro

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27/03/2019

"Levanto minha fonte
De frente do fronte
Do monte enxergo o coração da cidade

Orando para que o sossego  me encontre
Me encontro na trilha do fone
Meus olhos só enxergam vaidade

De um mundo que perece pela vastidão
De um povo que se acostumou com a solidão
Na fila do banco do busão
Ninguém se fala ou se falha pela união

Estamos em crise
Política, econômica, social
Onde o engravatado que rouba tem autoridade
E o favelado pela polícia é tratado como um animal

Mas a propaganda diz que 'nois' é tudo igual
E nesse caso, muitos de 'nois' nem olha no espelho
Porque é o sangue do branco e do negro que corre no beco é tudo vermelho

A miséria não escolhe raça
Porque eles 'acha' que é a nossa raça
E quando vê essa raça de tapinha nas costas
Em ano de eleição, quem assiste tudo não se abraça

O povo sofre, hipocrisia rola
Os nobres quer os anéis de sola
Pensam que é só ter samba no pé"

Não autoral

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