Relationship

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SEOUL, 2013

Já eram quase duas horas da manhã, os meninos estavam quase caindo de bêbados, tirando o Johnny e o Ten, até mesmo Lucas estava alterado, não que ele já não fosse doido em seu estado normal, mais ele estava mais doido do que antes.

— Devemos ir embora. — Johnny fala ao ver Taeyong dormindo na espreguiçadeira e Ten grunhi ao perceber que terá de carregar o amigo.

— Eles só nos dão trabalho. — Ten olha a situação de Mark que estava junto com Lucas perto da piscina e em um súbito tropeço do chinês, o mesmo caí na piscina e Mark vai junto. — Falando em trabalho, cadê o japonês?

— Yuta? Ele sumiu?

— Eu nem percebi que o Yuta não estava aqui. — Johnny fala e Ten dá de ombros.

— Deveria ir procurá-lo? — Pergunto recebendo uma afirmação com a cabeça dos outros dois.

Então saio a procura do japonês. Já fazia quase meia hora desde a última vez que o vimos. Ele poderia estar atracado com alguém ou apenas sozinho e desmaiado em algum lugar. Procurei na cozinha, no banheiro, na sala e em todos os comodos inferiores, então deduzi que ele pudesse estar no andar de cima que acredito ser aonde os quartos ficavam. O pior que pode acontecer é eu flagrar ele em um momento íntimo e isso seria constrangedor. Espero que ele apenas esteja bêbado e desmaiado.

— Yuta? — Chamo no corredor vazio cheio de portas. Então começo a abrir uma por uma acabando por não ver ninguém em nenhum dos quartos. Até chegar na porta do quarto de Lucas, era óbvio que era o quarto dele pois tinha uma placa que estava escrito "Lucas" seguido de "só os bonitos podem entrar" — Yuta? — Abro a porta e vejo o mesmo sentado no tapete ao pé da cama assistindo televisão e chorando. Espera, chorando? — Você tá bem? — Pergunto e ele me olha por um segundo e depois retoma sua atenção à televisão.

— Esse filme é muito triste. — Ele fala e pelo seu tom de voz dá para perceber o quão bêbado ele está.

— Você por acaso é do tipo que depois que bebe fica depressivo? Por essa eu não esperava. — Murmuro e ele então deita no chão e eu reviro os olhos. — Não acredito que vou ter que te carregar!

Era só o que me faltava!

— Por quê está escuro? — Ele pergunta com os olhos fechados e eu o puxo pelos braços para levanta-ló.

— Deve ser por quê você está com os olhos fechados? — Falo já brava por ele ser pesado e o cretino ainda ri. Poderia até achar fofo, se eu não estivesse queimando de raiva por dentro. — Por quê exatamente eu tenho que passar por isso? — Reclamo e ele apenas se senta novamente olhando para o nada. De repente parece que ele está sóbrio de novo.

— Se eu fosse o Taeyong aposto que não estaria reclamando. — Ele fala com um tom de voz amargo e eu franzo o cenho e riu de seguida não acreditando.

— O quê? Por quê está falando esse tipo de coisa?

— Estou mentindo? — Yuta questiona e eu o olho atônita pelo fato dele estar sendo tão infantil.

— Por quê exatamente está bravo?

— Não estou bravo! Vá atrás do Taeyong, eu nem sei por quê você gosta tanto assim dele sendo que nem o conhece. — Ele resmunga e eu cruzo os braços.

— Você deveria apenas admitir. — Falo e ele me encara com o semblante sério. — Admita que está com ciúme.

— Por quê eu iria admitir algo tão óbvio?

— Yuta, você é muito genioso. E eu também não consigo te entender. Disse que eu não fazia o seu tipo. — Falo sendo debochada e ele bufa.

— Eu devo estar bêbado.

Roommate - Nakamoto YutaOnde histórias criam vida. Descubra agora