Capítulo 2

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– Então você quer que entremos dentro dessa arvore? _ Pergunta Ivi.

– Sim, é segura.

– Isso é você quem esta dizendo.

– Diga ao lobo para entrar e comprovar.

– E aí ficamos sem proteção e a sua mercê.

– Vag tem razão. _ Diz caminhando para a árvore. – Você é o estereotipo perfeito de sereia.

– Não seja tão critica, Ivi. _ Pede Sonia. – Ele só tem nos ajudado. Pegou seu remédio. _ A lembra.

– Não confio nele. _ Diz tomando a frente dela, caminhando para a árvore. – Ele te olha estranho.

– Você não confia em ninguém. _ Olha para trás para ver se o lobo a seguia. – E isso não é uma reclamação.

– Vou deixar de me preocupar quando eu sentir que estão seguras.

– Vivos? _ Pergunta Guz. – Quer dizer que nenhuma das armadilhas que coloquei para vocês funcionou?

– Gosto cada vez menos dele. _ Diz Ivi a Sonia, que contém o riso.

– Qual o nome do lobo?

– Petri. _ Responde Sonia.

– Por que quer saber? _ Pergunta Ivi.

– Porque é estranho ficar chamando-o de lobo. _ Diz pegando um pedaço grande de casca e caminhando para a entrada. – Sem ofensas, Petri, mas você pode ficar de guarda? _ Olha para o lobo para vê-lo assentir. – Eu vou ficar lá em cima. _ Diz depois de fechar o local por onde entraram.

– Vai nos deixar aqui para morrer? _ Pergunta Ivi.

– Não confia no lobo para protegê-las?

– Confio. _ Diz Ivi. – Só queria saber se ia nos abandonar aqui.

– Se fosse para abandona-los eu não teria tido o trabalho de tira-los do laboratório. _ Revira os olhos.

– Talvez.

– Talvez? _ Suspira. – Eu vou dormir e sugiro que façam o mesmo. Vamos passar a noite toda acordados e andando. É melhor descansarem.

– Obrigada. _ Agradece Sonia, corando quando ele a olha.

– É minha missão. _ Se aproxima dela e do lobo. – Você pode descansar também. _ Diz ao lobo. – Minha audição é muito boa, vou ouvir se algum perigo se aproximar de nós e vou alerta-lo.

– Nossa audição também é boa. _ Diz Sonia a ele. – Ouviremos antes de você.

– Então me avisem se ouvirem alguma coisa. _ Afasta os cabelos dela do ombro.

– O que está fazendo? _ Pergunta Ivi afastando-o da irmã.

– Só queria ver se estava ferida. _ Explica.

– Não estou. _ Diz Sonia. – É a marca do meu acasalamento. _ Diz tapando a marca com a mão e olhando para o lobo.

– São acasalados? _ Pergunta sentindo uma tristeza que não sabia explicar, vendo-a assentir. – Pensei que fosse um ferimento, me desculpe.

– Não faça isso de novo. _ Diz Ivi, interrompendo a irmã. – Petri poderia arrancar sua garganta por tocá-la.

– Ele não parece tão aborrecido quanto você. _ Diz olhando o lobo que não tinha se movido em nenhum momento e permanecia sentado ao lado de Sonia.

– Tente a sorte de novo. _ Ameaça.

– Hostil é uma ótima palavra para descrevê-la. _ Diz começando a se despir.

Metamorfos - Corujas, Lobos e SereiasOnde histórias criam vida. Descubra agora