Prólogo - A desobediência

73 0 0
                                    

________________________________________________________________________________

ATENÇÃO ! A TRADUÇÃO DAS MÚSICAS POSTADAS NÃO DEVERÁ SER LEVADA EM CONTA, UMA VEZ QUE, ESTAS, SÃO APENAS PARA TORNAR SUA LEITURA MAIS DIVERTIDA!  REPRODUZA-AS QUANDO FOR PEDIDO, NO MINUTO SOLICITADO, PARA MELHOR ACOMPANHAMENTO DE DAS CENAS. 

BOA LEITURA! 

________________________________________________________________________________

(REPRODUZA ESTE VÍDEO ANTES DE COMEÇAR A LEITURA E PAUSE ASSIM QUE O PARÁGRAFO ACABAR)

     O relógio marcava quatro e dez da manhã do dia vinte e quatro de Outubro. A rua estava deserta e silenciosa. Mas também, o que poderia se esperar de um condomínio de Mansões com máxima segurança? A rua era larga e  emoldurada com asfaltos, calçadas e casas perfeitamente encaixadas. Quem tivesse a chance de passar por lá, diria que apenas senadores, diplomatas ou famosos moravam ali. Se olhasse para o final da rua, ou pelo menos tentasse, veria a quantidade de casas, de diversas cores, tamanhos e portões haviam. Observando mais minunciosamente, veria também a quantidade de postes que, acesos, iluminavam a rua daquele conjunto de casas.  

Se houvesse alguém com insônia em uma daqueles lindos projetos de arquitetura, teriam visto quando um DODGE CHALLENGER preto, entrou em alta velocidade, com o som no último volume -tocando BYOB do Steve Aoki (Dê   , quando fora deixada em frente ao portão de casa sem controle algum de seu corpo. Ela mesma sentia o cheiro de álcool saindo de sua boca.

-Tchau! - Disse ao sair do carro e fechar a porta, com a voz carregada enquanto carregava sua bolsa e seus saltos- A gente se vê! - Dessa vez, cambaleou e assim que viu o carro acelerar e se afastar, prosseguiu andando em direção inconstante até que conseguiu chegar ao portão.  

     Sentiu suas mãos trêmulas e o peso dobrado de seu corpo quando segurou nas grades para olhar o decodificador e colocar a senha para entrar em casa. A pouca consciência que lhe restava, fazia-a saber que não estava em condição digna caso seus pais a vissem ali. Seus olhos não estavam com a mesma nitidez do que de costume, logo, ela mal conseguia ver os números que estavam ali, a menos de cinco centímetros de seu rosto. Tentou pela primeira vez e ouviu três pequenos toques em sinal de negação e "senha incorreta". Franziu seu cenho e  semicerrou os olhos para conseguir enxergar os números, tentou novamente. Ouviu os mesmos três toques e em seguida ouviu uma voz feminina gravada, vinda daquele aparelho que disse: "Atenção, caso insira a senha incorreta novamente, bloquearemos este dispositivo e acionaremos a central. Em caso de duvidas, entre em contato conosco. Obrigada!".  Ela então deu um soco no aparelho e deu um grito baixo com a dor, foi quando percebeu que estava rouca. "Que porra!" pensou, enquanto sentia sua mão doer na parte de cima dos dedos, balançando os mesmos de leve, na tentativa de amenizar o incômodo, fazendo o mínimo de barulho possível. Longe do que queria, era acordar seus pais. Lembrava que havia feito um trato com eles: poderia ir á despedida de solteira de Jane, sua melhor amiga, se chegasse antes das duas da manhã. Mas, ela nem sentia mais medo, sabia que seus pais não fariam nada, pois, essa não era a primeira vez que chegava bêbada, ou que descumpria um trato que fizera com eles. Então, o que poderia acontecer desta vez, não é mesmo?

     Ela olhou para cima e por um momento pensou se o portão não seria alto, para que pudesse simplesmente escalar e instintivamente sorriu de lado. Claro que isso não daria certo. Não conseguia nem colocar a senha, tentar pular o portão daquele jeito seria uma espécie bem esquisita de suicídio. Se distanciou um pouco do portão para olhar o mesmo, afim de pensar em algo para entrar sem fazer alarde depois de quase cair ao tropeçar numa . Ficou exatamente dez minutos tentando ficar em pé sem se desequilibrar. Voltou para perto do portão e não conseguindo pensar em mais opções, tentou mais uma vez colocar a senha novamente. Dessa vez, foi devagar, e lenta, com os dedos finos e claros rígidos do frio que sentia naquela madrugada. Quando terminou de digitar Conseguindo colocar a senha, entrou pelo portão no momento em que ele se abriu. Foi andando de maneira desajeitada e descalça pela grama que recepcionava quem entrasse por ali. Sentiu seus pés se molhando pela umidade do solo. Estava frio e queria chegar logo na cama, pois, com o tanto de álcool que tinha em seu corpo, era apenas isso que ela conseguiria fazer naquela hora. Tentou acelerar o passo e acabou caindo de joelhos, machucando os mesmos e as mãos. Quando ela olhou pra cima para levantar, sentiu tudo rodar e sem mais controle de seus sentidos, deixou seu corpo cair na grama. Não sentiu tanto o impacto por sentir seu corpo dormente. A ultima lembrança que ela tem desse momento é de ter visto as estrelas no céu e muito rapidamente sua visão escurecer.  

O MELHOR DOS DOIS MUNDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora