Capítulo II

3.2K 215 15
                                    


Victória era quem cuidava de minhas sobrinhas nos dias que minha irmã precisava e também nas férias escolares. No início minha irmã ficou um pouco apreensiva, quando Victória começou trabalhar para minha irmã Sophia tinha apenas 10 meses, como Camile precisava trabalhar e não queria que Sophia fosse para uma escolinha por ser ainda muito novinha, ela resolveu seguir a indicação de uma amiga sua da faculdade. Quando Victória foi apresentada, minha irmã a achou muito nova, mas sua amiga garantira que era muito responsável e precisava trabalhar por ser mãe solteira de uma menininha um ano e pouco mais velha que Sophia. Depois de um tempo Camile se tranquilizou porque minha sobrinha sempre corria para Victória toda vez que ela chegava e sempre chorava quando ela ia embora, minha irmã tinha trabalho quando era hora de Victória ir e o mesmo acontecia com Alice. Victória era uma jovem linda, de 29 anos, alta, negra, com um corpo tão esbelto que faria qualquer homem cair de joelhos aos seus pés, os cabelos eram um pouco abaixo dos ombros e ela os usava cacheados bem cheios, linda! Sempre me encantou seu jeito, muito batalhadora e dedicada, ainda por cima mãe solteira, o canalha do pai pelo que minha irmã tinha contado, assim que soube da gravidez se mandou e não quis saber da filha, era um bastardo filho da puta. Ela, no entanto, não costumava fazer-se de vítima, trabalhava duro para manter a filha e se manter, ela estudava, faculdade de ciências contábeis. Apesar de saber da atração que sentia por ela, não podia correr o risco de perder Manuela de vista.

- Sim, digo, não! Não exatamente um problema!

- Humm... desculpe senhor, mas não estou entendendo.

Merda! Eu sempre me atrapalhava quando ia falar com ela.

- Eu preciso que você cuide de uma menina para mim enquanto resolvo alguns assuntos. Não posso dar muitos detalhes por telefone, mas ela precisa ser vigiada o tempo todo em que eu não estiver com ela. – falei para ela, pois, tinha a impressão de que Manuela fugiria na primeira oportunidade – Será que a poderia cuidar dela para mim?

- Claro que sim! Será um prazer!

- Ótimo, então posso pedir para um dos meus motoristas te buscar em 20 minutos?

- Senhor Gabriel, como hoje é sábado eu não tenho com quem deixar Isabela, teria algum problema eu levá-la? Ela não irá me atrapalhar em nada eu prometo! Eu pensei em deixa-la aqui, mas...

- De maneira alguma! – a cortei, pois é claro que não deixaria que ela largasse a filha, uma menina de dez anos sozinha – Você pode trazê-la, ela poderá fazer companhia para Manuela.

- Certo, então estaremos prontas em 20 minutos.

- Obrigado! Nos vemos daqui a pouco.

Depois de falar com Victória, liguei para Antônio Xavier, um dos advogados do escritório do meu cunhado e também um antigo e grande amigo meu.

- Gabe! Tudo bem? – Saudou-me Antônio como de costume.

- Antônio, estou com um problema! – Disse sem rodeios.

- Ok! Vamos ver o que podemos fazer.

- Certo! Vou te explicar o que aconteceu. - Expliquei detalhadamente tudo para Antônio desde o momento que encontrei Manuela até agora.

- Gabe, a primeira coisa que você precisa fazer é levá-la para registrar um boletim de ocorrência, como hoje é sábado, não poderá fazer mais do que isso! Ela precisará fazer exames de corpo delito para confirmar suas suspeitas de espancamento e provavelmente irão encaminhá-la para uma casa de acolhimento.

- Nem fodendo vou deixar Manuela em um orfanato Antônio! Precisa ter outra opção! Eu prometi que iria protegê-la e que ela ficaria comigo até tudo se resolver. – Esbravejei com medo de não poder estar com Manuela, esse sentimento estranho havia tomado conta de mim desde o primeiro momento que a vi.

SÓ FALTAVA NOS CONHECERMOS (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora