Depois da tempestade, vêm a calmaria ou bruxaria?

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Adallind estava aos prantos em seu quarto. Chorava o terror de estar noiva de Mikael quando na verdade amava Diego, que inexplicavelmente a deixou. Foi horrível ter de aguentar aquele jantar ridículo e todas aquelas pessoas rindo e se divertindo mesmo sabendo que era um casamento forçado. Tio Joseph disse que vai ficar alguns meses na casa dourada para cuidar dos interesses de sua sobrinha, já que a mesma estava sendo coagida a fazer coisas que não queria. Queria ver Jane, queria conversar, queria desabafar, queria Diego ali para abraçá-la e dizer que vai ficar tudo bem. Sua mãe sabe Deus aonde foi, logo após o jantar sumiu. Tio Joseph foi dormir e a vovó, bom, a vovó era a vovó. Jamais aceitaria algo que não fosse do interesse dela. "Bruxa maldita" pensou Adallind, com rancor.

- Olá minha doce noiva, vejo que seu escândalo de choro já diminuiu. Eu te ouvi do andar abaixo. Pensei em vir aqui te consolar, se é que você me entende.

Mikael chegou, malicioso como sempre, sorrindo com uma cara deslavada. Pouco interessava o motivo da tristeza de Adallind, os interesses dele eram outros. Estava apenas de cueca samba canção, sem camiseta, seu peitoril forte estava à mostra. O cabelo estava jogado de um jeito sexy, seus olhos faíscavam.

- Por favor Mikael, quero ficar sozinha. - Disse Adallind.

- Infelizmente não posso, minha noiva deve se sentir feliz. Pensei em tomarmos um banho juntinhos, o que acha?

O rubor subiu pelo rosto de Adallind, ela sabia exatamente o que ele estava pedindo e ruborizou ao pensar estar na banheira com aquele sujeito. O que Diego pensaria? "Ah, pro inferno com Diego, ele escolheu me deixar." Pensou, irritada.

- Acho que será uma ótima idéia. - Disse com convicção, com um sentimento de vingança, algo que depois lhe pareceu meio infantil.

Surpreso, mas ainda sorrindo, Mikael se dirige ao banheiro e Adallind ouve o barulho da torneira ligando e a banheira enchendo. Um perfume adorável dos sais de banho inundaram o quarto. Mikael voltou ao aposento, fechou a porta do quarto e foi em direção à Adallind que rapidamente ficou nervosa. Estava de babydoll branco, não estava preparada para algo assim. Ele nem pestanejou e a pegou no colo, olhando fixamente seus olhos. Adallind não sabia o porquê concordara com isso, mas não conseguia tirar os olhos dos dele. Sentia algo estranho sempre que ele estava perto, algo intenso, selvagem e hipnotizante.

- Não se preocupe meu amor, não vou despir você, ficará com esse lindo pijama e eu tentarei me controlar ao máximo. - Disse Mikael, ao pé do ouvido de Adallind.

Ao terminar a frase que mais parecia um sussurro sensual, Mikael mordiscou a orelha de Adallind e beijou seu pescoço suavemente. Um estranho formigamento na área fez Adallind estremecer. O menor toque de Mikael a fazia tremer. Ele a colocou na banheira e sentou-se logo atrás, acolhendo a pequena jovem entre suas pernas. Fez um coque solto e aproveitou o clima. A água estava quente e deliciosa, Mikael fazia massagens em seus ombros e seus braços, quando lentamente desceu pelas suas costas, no momento em que foi subir, direcionou suas mãos hábeis aos seios de Adallind.

- Mikael, não... - Sussurou Adallind.

- Calma amor, é só uma massagem, mas se não quiser eu irei respeitar. - Disse ao pé do ouvido de Adallind, seguido de beijos no pescoço.

Sem mais objeções, ele continuou subindo e quando chegou quase a encostar em seus seios, parou e voltou às costas.

- Espera - disse Adallind voltando-se para Mikael - não disse que ia fazer uma massagem?

- Você tem razão, está muito cedo pra isso e não quero que seja assim.

Adallind sentiu vergonha. Talvez o defeito fosse ela, talvez ele não achasse ela bonita o bastante.

A Ordem da Magia: Contos de XadiaOnde histórias criam vida. Descubra agora