IV

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   Ela levantou os olhos pretos como o céu que brilha estrelado todas as noites,suspirou e passou seus olhos por toda extensão de seu corpo. Cada célula,cada detalhe,cada mínima coisa que pra ela,era defeito.

Seus olhos se encheram de lágrimas por não ver nada de diferente,nada de especial,ela é tão feia.

Cílios pequenos,unhas pequenas,corpo não tão magro e nem tão gordo,cabelos batia no ombro,duas ou quatro pintas na bochecha,ela era tão feia,ela podia ouvir os burburinhos das pessoas de sua escola.

Ela deixou uma lágrima escapar quando cada palavra a tocou e ela se virou saindo do espelho,como um ser tão feio não morreu ainda?

Esse era seu maior pensamento,e parecia que todos pensavam assim,por que,além de feia fisicamente,sua personalidade era feia.

Mas ela não sabia.

Que seu cabelo tinha um ondulado tão lindo,como as ondas dobradas pelo mar.

Seus cílios era separados como os de uma boneca.

Seus dedos pequenos como os de um bebê,e suas unhas,perfeitas.

Seu corpo,muitas meninas o queriam. Mas ela o tinha e isso fazia as outras ferver de raiva.

Uma voz doce como aquela música que trazia uma nostalgia boa a ela.

Seus olhos como o céu ao anoitecer,o brilho que ele emitia,por mais triste,ainda era o mais bonito.

Ela não era capaz de ver isso,pois tudo que a falaram penetrou em sua mente de forma dolorosa e brusca.

Mas ela sempre foi única,criada tão precisamente como a canção mais linda que já ouvi.

𝗩𝗼𝗰ê é 𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora