Jane Roth
1 ano e 5 meses antes do término
Namorando
____________________Fazia 5 meses que Jane e John se encontravam na cafeteria para tomar uma xícara de café - sem derrubar em nenhum dos dois - e depois seguiam suas vidas, nenhum dos dois tomava uma atitude direta, depois daquele beijo roubado no carro de John em que ele entregou de bandeja para Jane, aquele era o momento deles, sentados de frente a uma janela de vidro que os proporcionava uma vista linda para cidade, eles conversavam, brincavam, contavam piadas que não tinham graça mas mesmo assim os dois riam - não pela piada, mas por estarem alí e gostarem de estar alí, um com o outro - John descobrira que Jane tinha vindo de Nova York, que tinha conseguido uma bolsa em Florença e que sua mãe era a única viva pois não conhecia seus outros parentes.
- então você é de Nova York? - perguntou John.
- sim, nascida e crescida, sangue novaiorquino! - afirmou com toda a consideração.
- e não sente saudades de lá? - perguntou novamente.
- sim, de muitas coisas mas principalmente da minha mãe - disse com uma cara de tristeza.
- eu também, sinto saudades da minha mãe - falou ele entrando no clima de tristeza.
- o que aconteceu com sua mãe? - perguntou ela solidária.
- ela morreu a alguns anos atrás e meu pai um ano depois - falou entristecido.
- eu sinto muito John.
Jane pegou a sua mão e colocou em cima da dele, que logo apertou junto a dela, eles se olharam e seus olhos brilharam como dois adolescentes apaixonados.
Naquele momento John sabia o que deveria fazer - beija-lá - ele que a roubaria um beijo dessa vez, mas ele decidiu que não queria mais roubar, queria aquilo toda hora.
O telefone de John toca e os seus olhos vão para a tela que tinha nome " Marie" - é claros que seria ela, John pensou - ele retirou sua mão debaixo da de Jane e atendeu.
- ei, venha para cá, os acionistas já estão esperando na sala de reunião! - berrou Marie já estressada.
- estou tomando café, já estou indo! - avisou ele e desligou o telefone.
Ele colocou o telefone no bolso da calça e olhou para Jane que estava desapontada por ele ir embora, já que hoje era uma tarde de sábado - que já estava acabando para vir a noite - e não tinha faculdade, queria ela ficar mais tempo com ele.
Mas não podia, pois ele não tinha folga e também nunca marcaram pra se ver em outro lugar que não fosse a cafeteria onde se conheceram.
John se levantou e Jane logo se levantou também, se olharam sem saber como agir até que John teve uma ideia que animou tanto ele quanto ela.
- você toparia jantar comigo hoje em um restaurante? - perguntou ele esperançoso por um sim dela.
Jane não pensou duas vezes, e rapidamente respondeu.
- sim, claros! - falou feliz.
- eu passo no seu apartamento e te pego, ok?
- ah, sim há que horas você vai me buscar? - perguntou ansiosa.
- 20:30 da noite, pode ser?
- sim, sim!
Ele deu um abraço nela forte e foi embora, Jane o observou sair pela porta e tocar sino.
***
Jane chegou em casa com um sorriso estampado na cara, sua colega de quarto não estava - provavelmente porque estava em alguma exposição de arte, ela era fascinada por isso, pensou Jane - ela logo foi direto pro seu guarda roupa de madeira embutido na parede que ficava no seu quarto minúsculo, tinha uma cama de casal que ocupava quase o quarto inteiro e uma escrivaninha do lado da cama onde ficava o abajur e seu despertador - era o melhor lugar que encontrou com as condições que poderia pagar.
Abriu o guarda roupa e vasculhou todos os seus vestidos, até achar um que avaliou como "da pra qualquer ocasião" já que não sabia onde seria o restaurante.
O vestido era vermelho sangue, que ia até seus joelhos, tinha renda vermelha no busto e por todo o vestido, era seu vestido mais caro que tinha, ganhou da sua mãe antes de vir para Florença, até hoje ela nunca tinha usado ele, por isso ainda estava com a etiqueta onde sua mãe escrevera, " tente usar em alguma exposição de arte, só tente", Jane ria toda vez que lia aquilo já que sua mãe sabia que ela não conseguia ficar mais de 5 minutos em uma exposição, não porque odiava arte mas sim porque era entediante e chato, como ela mesma sempre dizia.
Separou o vestido colocando em cima da cama e foi tomar banho.
Não sabia o que viria do jantar ou o que aconteceria nele, mas só de estar com John já era o que ela queria, ela se cuidou e quando acabou o banho foi se vestir, fez a maquiagem e um coque no cabelo e por fim colocou o seu vestido e o seu sapato alto vermelho.
***
John e Jane já estavam sentados na mesa do restaurante a que John reservou mais cedo logo depois que saiu da cafeteria.
O restaurante era super chique coisa que ela não poderia pagar, depois que eles pediram a entrada e logo depois o prato principal estava na hora da sobremesa, o tempo naquela mesa parecia demorar séculos mas para os dois era o que eles queriam, ficar parados no tempo, congelar aquele momento em que conversavam e se divertir juntos num encontro.
Depois de mais uma prosa as sobremesas chegaram em lindas porcelanas floridas.
Quando Jane, deu a primeira garfada em sua torta de maçã enquanto via John tomar seu sorvete, apareceu do lado dela dois homens com smoking tocando violino e logo atrás de John, duas mulheres tocando flauta.
Todas as pessoas que estavam no restaurante pararam de comer para observar o que estava acontecendo e a música continuava tocando ao som dos violinos e das flautas.
John começou a sorrir como um bobo e Jane só ficava mais confusa a cada segundo sem saber o que estava acontecendo, de repente outro homem chegou segurando um buquê de rosas no mesmo tom do vestido dela, ele entregou o para John que recebeu de bom agrado e o mesmo se levantou da cadeira que estava com o buquê na mão, parou diante de Jane e pegou no bolso da calça do terno uma caixinha preta, se ajoelhou e deu o buquê para ela que estava sorrindo de orelha a orelha e logo em seguida abriu a caixinha na frente da mesma.
Ela um anel de compromisso, Jane jamais esperava aquilo, sua expressão era de pura surpresa e felicidade.
- eu sei que é loucura, e a gente não se conhece a muito tempo mas você já sabe tanto de mim e eu já sei tanto de você que é como se nós já formos casados, eu amo passar meu tempo com você e acho que você também consegue me suportar, por isso Jane Roth você aceita namorar comigo? - falou John tremendo de felicidade.
Jane quase não conseguiu falar de tanta emoção.
- eu achei que você nunca iria pedir! - falou e seguiu no chão para abraça-lo e beija-lô.
E assim eles começaram a namorar, um namoro bom, feliz, apaixonante, amoroso, carinhoso, um namoro que quase se foi ao casamento se não fosse por aquele maldito dia.
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Não Deixarei Você Ir Embora
RomansaJohn é um rico empresário que acabou de sair de um relacionamento de dois anos com o amor da sua vida, com isso ele entra em uma depressão pelo término do namoro levando a empresa ao caos sem ninguém para comandar até que um dia ele consegue superar...