Suspiro é uma palavra leve para o que acabei de retirar do meu peito.
Eu sinto que estou sufocando.Sabe aquele momento em que sua mente faz referência a mil formas diferentes de assassinar alguém sem fazer barulho?
Então A causa dos meus problemas é...
"Bom apetite." Lexi diz. Ela teve a ousadia de se sentar a minha frente.
Eu penso: como alguém pode causar tanta raiva?
"E Ryan?" Desvio meu olhar de Lexi para olhar para meu pai. "Você já viu seu melhor amigo de infância?"
"Já pai. Ele está enorme." Respondo.
"É! Foi essa mesma impressão que tive quando o vi."
"Ele cuida muito bem da sua saúde física." Lexi diz comendo um pedaço de carne. Porque ela não enfia o garfo no- "E além do mais, senti muita falta dele. Eu nem sei porque nunca tinha vindo ver ele antes."
"Aléxia.. Eu não entendi no momento sua decisão repentina de passar um tempo aqui." Meu pai diz.
"Nem eu. Ela devia ficar na casa dela." Resmungo. Meu pai olha para mim curioso. "Digo.. Para fazer companhia pra tia Tamires. Ela deve estar triste pela mamãe." Ele assente e eu reviro os olhos quando ele volta o olhar para Lexi.
"Ah, eu achei que a priminha Sol não devia ficar sozinha. Digo, vocês acabaram de se mudar para a cidade Com a tia Sum no hospital, em coma, eu achei que a minha companhia fosse boa." Ela diz sorrindo santinha para papai. Que imediatamente sorriu agradecido. falsa.
"Boa companhia pra mim ou pra Ryan?" Pergunto sorrindo. Ela olha para mim, me fita, e sorri.
"Obvio que é pra você prima. Pra quem mais seria?" Ela pergunta.
"Boa tarde." Ryan cumprimenta aparecendo na sala. "O seu carro já está pronto tio." Ele diz e meu pai assente.
"Onde o senhor vai?" Pergunto comendo o brócolos. Ele levanta-se da mesa e veste o casaco que Ryan trouxe. Depois, sem olhar para mim, responde.
"Vou resolver uns assuntos do escritório."
"Vai voltar tarde? Posso esperar você para jantar?" Pergunto tentando achar o olhar dele.
"Acho que você não devia fazer tantas perguntas prima. Ou vai acabar descobrindo o que não quer." Lexi diz e eu olho para ela.
"Alexia!" Meu pai a repreende.
"E posso saber que horas eu dirigi a minha conversa com meu pai pra você?" Pergunto calma e sorrindo. A expressão irritada assume o controle da sua cara. Agora sim consegui ver algo verdadeiro nela.
"Não precisa se irritar priminha. Só estava dizendo que-"
"Não diga porque ninguém precisa de ouvir o que vai dizer. Priminha." Disse.
"Só estava sendo objetiva." Ela falou.
"Pois fique com sua objetividade porque ela realmente não me interessa." Disse e ela pegou seu copo de água para beber. Eu voltei minha atenção para meu pai.
"É ótimo ver que vocês estão se dando tão bem." Ele diz. "Solange, eu não sei que horas vou voltar então não me espere para jantar, ta bem?" Ele diz. Eu assinto e volto a olhar para meu prato. "Até amanhã." Ele diz saindo. Eu suspiro.
"Não fique assim. Depois eu venho conversar com você." Ouço a voz do Ryan mais próxima do meu ouvido. Eu assinto novamente. Ouço seus passos se tornarem cada vez mais silenciosos e depois ouço a porta sendo aberta e fechada pela segunda vez.
"Você é realmente irritante." Lexi diz. Sua voz típica de choro falso. "Conseguiu fazer com que seu pai, o homem que considero meu pai também, tivesse uma péssima impressão de mim. Está contente?" Eu olho para ela.
"Será que você não vê o meu sorriso de orelha a orelha? Porque pergunta se estou contente quando pode ver o meu sorriso largo e honesto?" Pergunto a ela. Ela se assusta quando bato a palma das minhas mãos na mesa com alguma brutalidade. Levanto da mesa antes que ela me veja chorar.
Eu não queria passar a imagem de chorona para ninguém. Mas eu não consigo entender porque meu pai não respeita a minha mãe ou a sua família. Meu pai simplesmente não esconde que está com outra mulher. Mesmo com o coma de minha mãe.
Não que ele tivesse de ficar solteiro para sempre, mas ele que respeitasse a minha mãe e a sua saúde.
E como se isso não bastasse e fosse motivo suficiente, Lexi está me tirando do sério.
Cada vez que soluço, eu sinto mais raiva de mim mesma. Por chorar por um motivo tão besta.
Por isso não acredito em filmes, ou livros de amores de infância. Isso não existe! E a prova viva disso é meu pai.
O quarto não me acalma. Nada me acalma. Pego minha mochila e desço as escadas de dois em dois degraus. Passando por Lexi no final delas.
Descalço minhas all star e sento na borda da piscina com águas quentes - o sol aqueceu suas águas. Molho meus pés nelas, suspiro e tiro o meu caderninho castanho.
Não tentando apontar quaisquer erros.
Mas ouvi os sussurros,
Não tentando apontar você.
Apenas tornando os fatos claros, que eu encontrei.A pequena cachorrinha deita-se ao meu lado, interrompendo minha atenção ao meu caderno. Eu sorrio ao vê-la.
"Tudo seria mais fácil se eu fosse como você." Sussurro. Fecho os olhos e respiro fundo. Esquecendo totalmente da vontade de chorar e sentindo o ar ficar mais leve de se respirar.
"Ele é idiota." A voz de Ryan me faz limpar as lagrimas rápido. "Eu já vi você chorar. Porque tenta esconder?" Eu suspiro.
"Ele? Ele quem?" Pergunto.
"O garoto que não vê que está chorando por ele." Ele diz e eu dou risada.
Ele realmente acha que estou chorando por um... homem?
Bem... eu estou. Mas não é o que ele está pensando.
"Não tem garoto nenhum." Digo sorrindo fraco. "Ela me irrita. Me incomoda." Falei calma olhando para a cachorrinha. "Eu fico com raiva de mim mesma por sentir o que sinto por ela. Ela faz eu esquecer quaisquer ensinamentos que tive da minha mãe e quaisquer regras que tenho comigo mesma. Esse tipo de sentimento ruim... eu não tenho. Eu não costumo ter por ninguém." Falei e olhou para ele. "Eu simplesmente a quero longe, Ryan." Disse. Houve silêncio entre nós.
Ele se mexeu desconfortável e abriu a boca para falar umas duas vezes, mas não disse nada.
Quando eu desviei o olhar, ele finalmente falou:
"Eu sei. Você não sabe esconder tão bem como ela." Ele disse e o ouço suspirar. "Isso me magoa." Junto minhas sobrancelhas em confusão e olho para ele."Te magoa?" Pergunto. Porque isso o magoaria?
"Porque você é minha melhor amiga. É como uma irmãzinha para mim." Desvio o olhar para a piscina. "Sabe.. você não se dar bem com a garota que eu gosto é triste de se ver." Ele diz e eu assinto.
De repente, eu senti a amargura de ser rejeitada sem nem sequer ter me declarado. Meu estômago parecia querer sair pela minha boca, enquanto meu coração parou por meio segundo. Como devia processar? A quem culparia?
Ele gosta da Lexi?
[...]
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Isso é tão Solange! [NA AMAZON]
Teen Fiction[+16] * LIVRO CONCLUÍDO * Eu vou contar uma história que há muitos viveu uma adolescente: Solange. Em 1994, Solange estava se mudando de Texas para Nova Iorque, a cidade grande, com seu pai. A menina sempre viveu na fazenda de sua mãe com os seus...