Capítulo 2

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Por William Gutierre

Acabei de sair da sala da Liz. Nossa, nem acredito que agora ela está mais perto de mim. Assim ficará mais fácil para criar situações para encontrá-la sempre. Não quero que se assuste comigo. Ela não é do tipo de mulher que costumo pegar e desde que voltei da Inglaterra há seis meses não penso em outra coisa senão conquistá-la. E ela é osso duro de roer. Essa mulher é inatingível, impassível. Cheguei até a pensar que não se interessa por homens, mas quando a vi ruborizar com uma certa investida percebi que estava enganado.

Até hoje nunca tive que correr atrás de mulher alguma, muito pelo contrário, elas vêm matando em cima de mim. E como não sou difícil. Faço-me de desentendido e touché algumas mulheres tem instinto protetor e sempre faço minha cara de maior abandonado ... isso sempre funciona. Não com a Liz que parece não notar meus atributos. Tudo bem sou paciente o destino não a colocou a minha frente por nada. Ela ainda vai ser minha por enquanto vou comendo pelas beiradas e me divertindo com as que querem me proteger.

Quando finalmente voltei para o Brasil depois dos cursos que fizera na terra da rainha. Não esperava que a empresa contasse com uma estagiária tão competente. Tudo bem o me chamou atenção dela de imediato foi sua beleza, mas depois pude perceber seu empenho e dedicação. Nunca vi alguém tão maravilhado com sua profissão. Sei reconhecer isso de longe. Também sou arquiteto adoro minha profissão, mas confesso que no começo embarquei nessa por causa do meu pai. Sou o filho mais velho de um trio de filhos e isso pesou bastante na opinião dele que sempre quis que os filhos seguissem sua profissão ou profissões afins para que todos pudessem assumir o negócio da família um dia. Bom com o César conseguiu indiretamente, pois fez economia e é o responsável por equilibrar financeiramente a empresa, é o nosso chefe da contabilidade. Mas com a Giovana não teve jeito. Ela cursa psicologia e não quer saber da empresa e como sempre teve seus gostos realizados pelo papai. É a única que não trabalha aqui. Às vezes, acho que a admiração que o papai tem pela Liz se dá porque ele a vê como a Van se tivesse cedido a seus apelos quanto a sua profissão.

Bom o fato é que logo quando cheguei, a empresa estava com dois projetos da pesada e estava consumindo a todos. Meu pai sobrecarregado cuidando pessoalmente da supervisão dos projetos, aliás, nenhum projeto sai daqui sem sua supervisão minuciosa. Logo, comecei a pôr em prática o que aprendi ao longo dos cinco anos que passei fora estudando, porém o tempo era curto e os projetos além de grandiosos eram de grandes empresários e um mais exigente que o outro. Trabalhei duro na realização dos mesmos. Como de praxe projetos como esses não deixávamos nas mãos de estagiários, não que não sejam competentes para ajudar é apenas questão de segurança mesmo. Passamos um pouco do prazo de quatro meses em um dos projetos o que nos renderia o maior lucro e maior prestígio, lógico. Estava desesperado sem tempo para nada. E louco, literalmente, para terminar; haja vista trabalhar sob pressão não é o meu forte isso atrapalha minha criatividade. Com medo de pôr em cheque o trabalho convenci papai a abrir uma exceção e delegar algumas funções aos estagiários em alguns pontos específicos para ganharmos tempo. E no ápice do meu desespero deixar passar um dado muito importante para realização do projeto. E quando ele chegou às mãos de alguns estagiários a complicação ficou ainda pior eles não perceberam o erro e o que é pior finalizaram o projeto com o erro ainda maior. Não sei ficaram nervosos pela novidade ou confiaram no que já tinha feito. O fato é que por acaso a Liz que não tinha nada a ver com o ocorrido me salvou. Estávamos na sala de reuniões meu papai, alguns arquitetos do departamento de arte e criação, diga-se de passagem um grupo muito seleto, Liz que colaborou com outro projeto menor com o departamento de arte, que também seria avaliado também na reunião, e eu finalizando os detalhes do projeto em questão. Quando estava expondo o projeto ao meu pai, para que ele supervisionasse, me atrapalhei um pouco justamente na parte que estava me dando dor de cabeça. Havia algo que não batia e não sabia justificar. Ela interferiu:

— Desculpe-me, senhores, como muito respeito isso está errado e se for posto em prática dessa forma causará um transtorno enorme e prejudicará todo o processo de construção.

Meu papai e eu nos olhamos sem entender nada daquilo. Ela não conhecia o projeto como tinha coragem de afirmar isso com tanta certeza.

— Por que você acha isso minha jovem? – Meu pai perguntou porque eu só sentia uma raiva surgir de dentro de mim incontrolável. Queria ver mesmo se enxergaria em pouco tempo o que não consigo ver há meses.

— Aqui. – Ela apontou para o ponto central o erro está aqui esse desenho. Foi calculado errado e se acompanharmos perpendicularmente a esse extremo chegará a uma base inexistente. A escada ficará fora da estrutura térrea. Por isso acho que deve ser refeita antes de passar para o departamento de contabilidade para não acarretar num prejuízo de custo que será muito grande devido ao material que pelo que vejo aqui é do mais alto padrão de requinte.

Ela foi dizendo isso e o estava com a cara de poucos amigos como só de olhar em poucos minutos ela percebeu isso e eu que construí não percebi.

— Muito bem. – Meu pai suspirou – não podemos ignorar nenhuma hipótese. Wil verifique isso e assim que consegui confirmar ou não a teoria da senhorita Elizabeth me informe.

Passei o dia inteiro observando o projeto desde o início e realmente ela tinha razão o projeto estava com um erro grotesco e eu não tinha visto e os outros estagiários contribuíram consideravelmente no erro. Preciso falar com papai e resolver logo isso, mas de uma coisa é certa quero a Elizabeth na equipe.

Nossa parceira deu tão certo que o projeto ficou perfeito e convenceu de primeira o Dr. Avelar, que é superexigente, o que não era para menos além de projetar ela teve uma arguição perspicaz na defesa do nosso trabalho que se tornou impossível não se contagiar com sua confiança.

Depois disso como já era de intenção do meu pai que assumisse a vice-presidência da empresa e a Liz ficou com meu cargo o que era mais justo a acontecer. Meu pai ficou realmente impressionado com seu desempenho tanto no projeto quanto na apresentação e quando viu seu currículo e com alguns contatos na universidade, na qual já deu aulas há alguns anos, descobriu os sucessos de projetos desenvolvidos no campus e que tinha terminado há pouco sua especialização e que se encaixava com as exigências da empresa e a promoveu.

Depois de passar quase dois meses em sua companhia comecei a observá-la e ela é um misto de beleza e competência impressionante. Gamei logo, porém não encontro um jeito de chegar nela sem sofrer algum processo de assédio sexual. Acho que devo ir pelo caminho oposto se quero conquistá-la. Ela me parece ser daquelas mulheres sensíveis, que sonham encontrar o cara certo, de se conhecer primeiro... românticas. E de uma coisa é certa se tenho que mudar para ficar com ela, eu talvez possa mudar ou muda-la. Troco qualquer uma mulher que possa pegar por ela.

E os primeiros passos para conquistá-la já foram dados. Redecorei toda a minha antiga sala só para agradá-la e lhe mostrar o quanto o seu conforto é importante para mim e o quanto sei reconhecer sua personalidade. E fiz questão de mostrar-lhe que sou responsável pela decoração da sala e como todo cavalheiro beijei-lhe as mãos com a minha melhor cara de inocente. Isso sempre funciona. Mais tarde vou dar mais um passo. Convidarei para um happy hair no fim do expediente quem sabe a Liz aceita sair mais tarde para comemorar nossas promoções. Acho que se formar um grupinho para esse fim ela aceitaria. Acho que vou ter que ligar para a recepção e convidar a suas amigas.

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