"A distância faz ao amor aquilo
que o vento faz ao fogo:
apaga o pequeno,
inflama o grande."
— Roger Bussy-Rabutin
devaneios por _emmagrant
#DomineTeuMestre 🥀
Os olhos escarlates dele tremeram contra a luz baixa da vela; o calor brando que exalava da cera aquecida batia contra a minha face. A pouca iluminação fazia sombra contra o seu rosto, permitindo que apenas o lado esquerdo da faceta fosse visto, porém, ele sabia que mesmo sem a claridade, eu poderia ver os seus lábios sendo massacrados por suas presas expostas; sabia por conta do cheiro de orquídea que proferia do líquido acarminado, este que escorria perigosamente por seu queixo e pescoço.
Toquei com a ponta dos lábios a maçã de seu rosto. Logo estava deslizando com a ponta da língua sobre o rastro de seu sangue. Quando a primeira gota tocou a minha língua, um estranho arrepio percorreu por minha espinha, estremecendo todo o meu corpo.
Afundei as unhas contra a carne de seus braços e apoiei-me ali para continuar a deslizar vagarosamente por sua pele lívida. Todo o seu cheiro adocicado fundiu-se com o de cera derretida, aguçando-me os sentidos, criando-me a necessidade de perfurar ainda mais a epiderme de Jiminnie com as presas; todavia, consegui conter-me, permitindo que o seu cheiro único me entorpecesse como um bom enrolado de fumo. Seu tronco nu mostrava cada veia arroxeada, tão bem como suas pernas desviadas que agarrava-me como um bicho preguiça pela cintura.
Por longos minutos Jiminnie fitou-me, entranhando em meus pensamentos como uma serpente, arrastando-se pelas laterais do labirinto que formei para impedir as suas invasões mentais. Era sempre impossível, conseguia dominar minha sanidade, como se fosse a primeira vez; como se todos os dias fosse a primeira vez em que ele invadia os meus pensamentos. E dentro destes, ele sussurrou:
"Afunde em mim o teu caralho... Deixe-me extasiado com o barulho da tua foda... Domine o teu mestre."
Revirei o pescoço de um lado para o outro, tentando afastar sua voz da minha cabeça. Ouvia as articulações endurecidas estalarem conforme cada movimento. Seus lábios fartos ainda eram mordidos, agora de forma diferente, provocava-me com seu olhar felino que deixava-me de pernas bambas. Nossas respirações pararam assim que voltei a olhar no fundo do marasmo carminado de suas orbes — nem ao menos podia escutar as batidas surdas dos nossos corações.
E então o puxei em um movimento rápido demais para que ele premeditasse, não conseguindo deixar-se de se entregar ao beijo intenso que tomei de seus lábios volumosos. Seus pequeninos dedos agarraram ferozmente os fios dos meus cabelos, puxando do couro cabeludo cada fiapo. Aos poucos, o gosto suave e açucarado do seu sangue fundiu-se ao meu, nossas presas agarravam com facilidade a língua do outro, raspando contra as papilas gustativas e arrancando o sangue dali. Quando Jiminnie voltou a respirar, estava ofegante, com o corpo febril abaixo do meu. Seus gemidos manhosos logo ecoaram por meus ouvidos, na medida em que roçava seu membro contra o meu e sentia o pulsar de suas veias contra o meu inchaço.
Apoiei-me na cabeceira da cama de madeira maciça, e sem deferir muita força contra o objeto, ele partiu-se em dois. Senti o leve pinicar das farpas nas minhas palmas, porém, nada fez-me abandonar os olhos felinos do demônio, apenas deixei de encará-lo para observar sua boca entreaberta. Quando me voltei para os seus olhos, ambos já estavam fechados. E mais um gemido manhoso foi dado, aquecendo todo o meu corpo. Era como se houvessem jogado fluido em meu corpo e acendido uma única chamusca.
O respondi com um rosnado entredentes, trincando meu maxilar com uma força sobrenatural. Deslizei meu corpo no seu, roçando meu membro contra as bandas de suas nádegas, e ali o provoquei, simulando leves estocadas, alternando com algumas mais fortes que faziam o seu corpo mover-se sobre os lençóis acetinados.
Sua destra apanhou o meu maxilar, apertando os ossos do meu queixo com os dedos de sua mão, descontando ali a fúria que sentia ao ser provocado. Um breve sorriso esboçou-se em meu rosto, e seus dedos arranharam com as unhas, levemente avantajadas, os meus lábios. Prendi com os dentes superiores dois dos seus dígitos, o que permitiu que ambos afundassem para dentro da minha boca. Sugava o indicador e o médio com afinco, reconhecendo o gosto único que Jiminnie tinha; o gosto mais delicioso que havia degustado — e só estávamos falando dos seus dedos.
Proferi um movimento mais forte contra a sua entrada, e seu gemido alto inundou o quarto parcialmente escuro da mansão do arrozal. Sabia que meu ponto fraco eram as suas lamúrias necessitadas; me deixavam louco como uma besta. E esta besta despertou.
Sem controle sobre os meus próprios pensamentos, sendo dominado pela voz sussurrante de Jiminnie em minha cabeça, deslizei com a ponta do meu membro em sua entrada que logo arqueou em resposta.
"Foda-me, Jeongguk... Foda-me..."
Afundei vagarosamente, permitindo que a entrada dele me desse passagem. Suas costas arquearam logo após o seu corpo afundar-se no colchão macio. Park adorava a besta dominando a minha sanidade tão bem trabalhada; gostava de provocá-la como uma criança provoca a mãe até levar uma boa surra. E o demônio controlador de mentes adorava levar boas surras.
O interior apertado e quente dele me engoliu com perfeição, e após alguns bons segundos, Park deixou seu membro tocar a minha barriga enquanto permitia que eu o invadisse ainda mais fundo. Sentia suas unhas afundarem na carne das minhas costas, arrastando a epiderme grossa dali. Apenas queria que ele quicasse com mais força, mais necessidade e mais rapidez contra o meu caralho.
Rosnava raivoso contra a sua pele esbranquiçada, e ele continuava a dar seus gemidos manhosos e provocativos.
"Goze para mim... Deixe-me sentir o cheiro de lírios de sua porra..."
E como um estalo em meu cérebro, fui tomado pela onda sobre os meus músculos, eriçando cada pelo do meu corpo. E como todas as outras vezes que tive o prazer do orgasmo, tudo em minha volta pareceu explodir em milhares de partículas. Como se cada canto daquele quarto tivesse diminuído ao tamanho de uma ervilha, apertando-me entre os ossos. Como se tivesse bebendo a primeira gota de sangue pela primeira vez.
Era uma sensação única, intensa demais para que o seu corpo não quisesse mais e mais. Podíamos fazer aquilo durante horas, senão dias, porém, algo logo assombrou os meus pensamentos, fazendo-me agarrar Jiminnie pela cintura e o apertá-lo contra minha pele nua.
— Jiminnie-ssi... — O chamei abafado entre a dobra do seu pescoço, aspirando todo o seu cheiro de orquídea e canela.
Ficamos em silêncio após a minha fala. Não conseguia ouvir a voz dele em minha cabeça; era um completo silêncio no quarto que antes tinha o som de seus gemidos deliciosos.
— Irei lhe esperar o tempo que for... Afinal, tenho toda a minha eternidade para fazer isso...
E ele não disse uma única palavra. Sua resposta veio entre os seus braços que apertaram-me desesperadamente. Seu peito voltou a subir e descer de forma lenta e calma. Me permiti respirar profundamente após algum tempo sem fazer isso.
Pela primeira vez em anos, entendia o que era deixar-se entregar a quem ama. E eu amava Jiminnie além da nossa ligação sanguínea; além de toda a história de pacto sagrado entre imortais. Ele não era só o meu mestre: Era o ser que mais amara em toda a minha vida. E estava disposto a esperá-lo por toda a existência.
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❗️Essa é uma história inspirada no livro "Entrevista com o Vampiro", escrito por Anne Rice. Não é uma adaptação, O ENREDO É MEU, SOMENTE MEU, EXCLUSIVAMENTE DA MINHA CACHOLA, EXTRAÍDO DO MEU BRAIN, apenas existem algumas características similares ao livro.
❗️Esta fic era, inicialmente, uma oneshot chamada "Perpétuo como Lilium", ou "Lilium" para os íntimos (ou seja todxs). Tá postada no meu livro "UM TIRO - Coletânea de oneshots". Não precisa ir lê a oneshot pra entender esse livro, mas você certamente vai amar ler, e eu vou amar você amando 💗 (alguns acontecimentos em questão irão rolar aqui nesse livro).
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DRINK FROM ME ༌ JIKOOK
Fanfiction[CONCLUÍDA | LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] DRINK FROM ME: APENAS UM VAMPIRO PODE AMAR PARA SEMPRE. ** DEGUSTAÇÃO DO LIVRO NO FINAL DA FANFIC. Quando um vampiro ingere o sangue de outro, torna-se ligado àquele por toda a eternidade, criando as...