[06] Écoutez dans vos rêves

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"Podemos facilmente perdoar
uma criança que tem medo
do escuro; a real tragédia da vida
é quando os homens
têm medo da luz."
— Platão

"— Platão

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devaneios por _emmagrant

#DomineTeuMestre 🥀

"— Tens medo da morte, Jeongguk? — falou branda ao passo em que deslizava seus dedos por minhas madeixas escuras. Seu sorriso era turvo à minha visão, contudo, sabia bem de quem era a tal voz suave e adocicada.

Minha doce Joo-hyun.

— Tenho se tu não estiveres comigo... — proferi e logo afundei meu rosto em suas vestes grossas e tão perfumadas. Seu cheiro de lírios fazia-me sentir em um eterno campo de rosas; com seus carinhos ia até o paraíso; com sua voz podia ter certeza de que estava diante de Deus. — Senti falta do teu cheiro... — Afaguei minha destra em sua cintura, acariciava a epiderme aquecida pelo pano robusto de seu vestido.

— Agora não precisarás mais sentir-se sozinho... Mon lis... (meu lírio) — Continuou aos sussurros com a voz já falha por possíveis lágrimas. Afastei-me de seu corpo para ergue-me do grande sofá em que nos encontrávamos.

Acalentei suas bochechas mornas com as pontas dos dedos, sentindo-os umedecer com suas lágrimas. Seu rosto ainda encontrava-se em um grande borrão; tentava de todas as formas buscar em minha memória como eram suas feições e como era o gosto de seus lábios. Tomado por tal desejo, encostei meus lábios secos aos, tão molhados pelo choro, dela.

— Pois estarei aqui para tout le temps... (todo o sempre) — Terminou a frase com o mesmo tom sussurrante.

Quando afastei meu rosto do dela, o borrão havia desaparecido, e lá estava o maxilar bem marcado, os olhos de pálpebras declinantes e os lábios tão polposos e estranhamente apetitosos.

— O sempre ao teu lado me parece curto... Jiminnie — completei sua frase. E antes mesmo que o acastanhado pudesse matutar suas palavras, o retive para a continuidade do beijo afoito."

Abri subitamente meus olhos, porém continuei imóvel, espreguiçado no mesmo imensurável sofá de poltronas pomposas e confortáveis de meu sonho. Logo ao meu lado estava a bacia de madeira com a água ainda morna; pouco mais à frente a visão turva do tronco do demônio apareceu. Estando apenas com suas vestes cobrindo suas pernas, o restante de seu corpo estava nu, exposto à quentura das velas ao redor da pequena sala.

— Quem és Joo-hyun? — interpelou-me com o timbre áspero. Deslizei meus dedos por meus fios ainda úmidos do banho recém tomado. Descobri que havia ficava no mínimo uns dois dias berrando como um débil, tudo efeito da transformação maldita em que havia sido exposto por Jiminnie, o tal do homem que dizia-se ser meu criador. — Observará que há algumas pinturas de uma mulher deslumbrante por toda a mansão do arrozal.

DRINK FROM ME ༌ JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora